Em meio a pandemia da Covid-19
ficou percebido em todo o mundo a necessidade de investir em estudos e
pesquisas para salvar a população. Desde a busca por vacina até estratégias eficazes
e inovadoras adotadas no dia a dia. No Ceará, estado da Região Nordeste do
Brasil, o momento também vem servindo para revelar a genialidade
encontrada dentro das
instituições de ensino pública que, muitas vezes, não contam com o devido
investimento.
Um grupo composto por médicos,
pesquisadores, professores e alunos do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e da
Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveu um software voltado para
garantir a segurança sanitária nas cozinhas e nos salões dos estabelecimentos
que comercializam alimentos.
O médico Rodrigo Astolfi conta
que dentre os indicativos do software ele reconhece o uso de máscaras faciais e
toucas, avalia a eficácia da lavagem das mãos e rastreia quantitativo de
pessoas no mesmo espaço. Tudo acontece por meio do auxílio de câmeras de
monitoramento atreladas a um programa de inteligência artificial. Nele são
inseridos os tópicos que devem ser observados nas imagens.
Durante o pico de casos de
Covid-19 no Ceará, o projeto piloto foi implementado pela primeira vez, em um
restaurante localizado na capital do estado. Rodrigo Astolfi destaca que a
análise dos indicativos é ainda mais importante neste momento porque, muitas
vezes, os alimentos podem conter vírus, bactérias, e adoecer quem os consome.
"Como saber se a comida
que você pede está sendo preparada com o devido rigor sanitário? Um índice de
combinações matemáticas é capaz de mostrar o grau de higiene utilizado neste
preparo. Temos alunos da Medicina envolvidos em uma próxima etapa deste projeto,
que é analisar o padrão de comportamento. Agora, trabalhamos para identificar
padrões, como indicativos que funcionários estão adoecendo, tosse, espirro e
outras análises", acrescentou Astolfi.
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