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sábado, 2 de fevereiro de 2008

[Televisão] GENTE DA GENTE: O Fantástico Mundo dos “Feios”



Bendito seja! Os excluídos, ou melhor, os “feios” massacrados por uma elite cruel e calejados pela vida, que não conseguem oportunidade de trabalho, não encontram sua alma gêmea ou até mesmo não podem comprar um simples eletrodoméstico por falta de dinheiro - essas pessoas carentes, a partir de agora, ganham mais uma ajuda extra em um dos programas ao vivo que está liderando a audiência nas tardes da TV Diário (CE). Isso mesmo! O programa “Gente da Gente” é uma peça fundamental na prestação de serviços, na oferta de emprego e principalmente com o objetivo em ajudar o próximo.


O comando é do irreverente apresentador Nilson Fagata (foto) que conversa com o telespectador com um jeito espontâneo e solidário, recebe todas as pessoas e todos os tipos de atrações musicais. O programa é muito descontraído. Tem os quadros: “O Amor É Lindo" é espaço reservado para quem procura um companheiro(a), é a chance de quem está sozinho e quer encontrar sua alma gêmea, e o quadro "Troque o Velho Pelo Novo", no qual, o participante envia uma carta para produção com o intuito que realize o seu desejo de trocar o eletrodoméstico velho que está na residência por um novo.


E a hora que o telespectador coloca o seu aparelho elétrico na rua e chuta... A vizinhança grita eufórica com a situação. Esse momento da troca do velho por o novo é o clímax do programa. O “Gente da Gente” é exibido diariamente a partir das 15 horas pela sua TV Diário.

[Celebridade] ELZA: A DAMA DO SAMBA BRASILEIRO


No dia 12 de janeiro, o Projeto MPB Petrobras recebeu a dama do samba brasileiro, Elza Soares, que foi ovacionada de pé, pelo público do anfiteatro do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura. Elza trouxe para o show os seus maiores clássicos de todos os tempos. “Sem dúvida, eu achei uma excelente escolha trazer essa diva para Fortaleza-Ce”. Durante a apresentação, a cantora brincou com a sua voz rouca e sincopada, hipnotizando o público presente. No palco a sambista deu o ar de sua graça, exibindo toda sua alegria e vitalidade. O mais interessante foi à sandália em forma de poltrona que ela colocou no palco. Foi um elemento de destaque. Elza Soares nasceu em 23 de Junho de 1937. Foi criada na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro do Rio de Janeiro. Filha de um operário e de uma lavadeira foi operária de uma fábrica de sabão e lavadeira e, quando tinha 20 anos fez o seu primeiro teste para se tornar uma cantora. No período foi contratada para fazer parte da Orquestra de Bailes Garan e em seguida, para o Teatro João Caetano. Viajou para a Argentina em 1958 para trabalhar oito meses cantando para uma peça chamada “Jou-jou frou-frou”. Meses depois, no Brasil, apresentou–se no programa de Hélio Ricardo, na Rádio Mauá, em seguida passou para a Rádio Tupi. Virou crooner da boate carioca Texas, no bairro de Copacabana. Foi nesse tempo que ela conheceu duas pessoas chamadas: Aluísio de Oliveira e Silvia Teles, que a convidaram-na para gravar em 1960 pela Odeon o seu primeiro disco. Desbancou com o primeiro sucesso chamdo: “Se acaso você chegasse” de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins. Participou ainda, no primeiro Festival Nacional de Bossa Nova. Em 1962, representou o Brasil na Copa do Mundo que se realizou em Santiago no Chile, cantando ao lado do cantor norte-americano, Louis Armstrong, que dúvida deve ter sido um grande show, “Já que eu, ainda não era nascido!”. Com o nome já conhecido, Elza conheceu o jogador Garrincha, com quem se casou mais tarde. A artista realizou inúmeras apresentações pelo Brasil, gravou no ano seguinte o LP Sambossa, conquistando ainda mais sucesso com as músicas: “Só danço samba” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e “Rosa morena” (Dorival Caymmi). Em 1965, estrondou a música “Mulata assanhada” de Ataulfo Alves. Quatro anos depois, o LP “Elza, Carnaval & Samba”, sacudiu com sambas-enredo. Cinco anos após, foi para a Itália, apresentando-se no Teatro Sistina, em Roma. Em 1977, gravou o “Pilão+Raça=Elza”. Em 1986, com a morte do seu filho, o “Garrinchinha”, fruto do seu relacionamento com o jogador de futebol Garrincha (1933 – 1983), morou na Europa e os EUA durante nove anos. 1997 lançou o “CD Trajetória”, com músicas de Zeca Pagodinho, Chico Buarque e outros. No mesmo ano saiu, o livro (biografia) “Cantando para não enlouquecer” de José Louzeiro (Editora Globo). Fonte: Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

[EXPEDIÇÕES] A MAGIA DAS SERRAS CEARENSES - Por Jean Claude


A nossa expedição continua. Desta vez, o assunto é sobre as exuberantes serras cearenses. A bordo do meu jipe, coloquei o pé-na-estrada para descobrir alguns lugares fabulosos do nosso estado. Para quem pensa, que o Ceará só tem sol e praia, engana-se! Podemos encontrar também a “Suíça sem neve”. Isso mesmo! As majestosas serras cearenses. Descobri através dessa expedição, lugares que precisam ser mais explorados. Por lá, o verde, o ar puro, as serras, as cachoeiras, as chapadas, as bicas são encontradas facilmente. E além de uma vista aprazível. Belezas naturais é o que não falta! Agora, pergunto: Que tal você fazer também uma deliciosa aventura ecológica nos lugares paradisíacos do Nordeste? Imagine que você poderá curtir trilhas ecológicas desconhecidas, encantar-se com serras fantásticas e ainda saborear uma gastronomia espetacular! É uma sintonia perfeita com a natureza. Só para se ter uma idéia, o “Maciço de Baturité” é um lugar ideal para começarmos o nosso roteiro. Conhecida como: “Serra Verdadeira” em tupi, o Maciço fica a 84 km da cidade de Fortaleza. Tem como atrativo, os prédios e alguns monumentos espalhados pelo lugar, principalmente a igreja que foi construída em 1764. Mais adiante, seguindo pela rodovia CE-060 encontraremos a famosa Guaramiranga. É outro lugar, que não economiza encantos. O conhecido “Pico Alto”, situado em Guaramiranga, é um dos pontos mais elevados do Estado, tem 1.115 metros de altitude. É um lugar perfeito para fazer aquele seu postal. A temperatura da serra varia entre 18 e 25 graus. Imagine o pôr-do-sol! É um espetáculo à parte. Um outro lugar encantador é o Horto florestal do Pacoti. Além da vegetação serrana, experimente também um mergulho nas águas claras no Riacho do Bom Sucesso. Vale a pena! Na rodovia CE-060 você encontrará “Mulungu”. É conhecida por ser uma cidadezinha aconchegante com 800 metros de altitude. O interessante é que o sinal do passado está por toda parte. A arquitetura é antiga, com palmeiras centenárias, até mesmo uma senzala no distrito de Bagaço, além das serras é claro. Aconselho comprar algumas rapaduras, tapiocas e o grude, pois servem para saborear durante esta viagem.Visite também Aratuba! Esse é um lugar com uma fauna esplendida. Aratuba em tupi significa “pássaros em abundância”. Um dos destaques do lugar é o artesanato feito de palha e a cerâmica. Já, as compotas de frutas, (Hummmm!) principalmente a de mamão e caju é outra dica para experimentar! Gostou? Então! O que está esperando? O Nordeste, ou melhor, o Ceará é “danado de bom”.

[EXPEDIÇÕES] Brinquedos Indígenas - por Jean Claude

OS BRINQUEDOS INDÍGENAS DOS FILHOS DOS SENHORES DA SELVA

O Brasil é mesmo uma terra de tesouros perdidos e esquecidos. Para resgatar um pouco mais da história dos índios brasileiros, escolhi esse assunto sobre os brinquedos indígenas. Nas pesquisas, descobri que existem hoje, cerca de 215 etnias indígenas espalhadas na América do Sul. Com um total de 180 idiomas. Todavia, é um povo que preserva "toda" tradição, além de uma importância artística para o país. Esse ícone brasileiro (índio), que ainda segue as ordens do pajé, sabe também como utilizar com excelência, a flora brasileira para curar os doentes. Foram os primeiros habitantes do nosso país e podem "se virar sozinhos". Também, conhecidos na auto sustentação do plantio da mandioca, batata-doce, abóbora, milho, pimenta, cana-de-açúcar, algodão e na criação de porcos e galinhas. Os brinquedos são outras habilidades dos indígenas. Para quem não sabia, alguns deles, foram criados através das mãos destes nativos. Um fato curioso é de que na aldeia Escalvado no estado do Maranhão, vivem cerca de 1.500 índios "canelas". E o brinquedo que eles utilizam, é uma espécie de quebra-cabeça, conhecido no mundo como "anel africano". Esse jogo deu origem à outros milhares de jogos em todo mundo. No alto Xingu, habitantes do Lago Mawaiaka, no Estado do Mato Grosso, tribo muito conhecida por fazer partes de documentários e exposições no Brasil, inclusive parte dela, já foi exibida no Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza/Ce, foi encontrado um brinquedo chamado "mocareara angap". É um jogo que utiliza a polpa do pequi para simular a caça. Existe também as pernas de pau "my'yta", piões "y'ym" e a famosa "potok" conhecida por nós como: peteca. O interessante é que existe uma polêmica à respeito da peteca. Pois, existe alguns dados de que a peteca teria sido inventada pelos índios que habitavam o Sul do Equador. No entanto, eles teriam apresentado o brinquedo aos brancos. Na fronteira com a Bolívia, na aldeia Formoso, os índios "parecis" se divertem com um jogo chamado "tdymure". É parecido com o boliche que conhecemos hoje. Esse jogo na tribo, só é praticado por mulheres. No lugar da bola, elas usam a fruta do marmeleiro. Na tribo Bororo, situada na Reserva Indígena "Merure", os índios possuem conhecimentos de jogos estratégicos. Exemplo disso, utilizam um tabuleiro desenhado no chão, e as sementes de milho são as peças que simulam a onça e os cachorros. O objetivo do jogo é cercar o felino. Agora pergunto: Já pensou nisso antes? Imaginou como os brinquedos surgiram? E como os índios são importantes? Então! Bato na mesma tecla e afirmo: Escolha os brinquedos que tragam ensinamentos para os seus filhos. Disponibilize seu tempo e ensine-os a preservar a história cultural do país. Piões, petecas e outros brinquedos podem até serem esquecidos por essa juventude pós-moderna, que só pensa em computador, MSN e celular, mas a cultura não!

*Fonte: Jogos indígenas no Brasil: www.jogosindigenasdobrasil.art.br; O Jogo da Onça (Panda Books, 2005), de Maurício Lima e Antônio Barreto; Revista E – SescSP (outubro de 2005, nº 04, ano21); Os índios do Brasil. Coleção De olho no Mundo – Recreio Ed. Abril)

[EXPEDIÇÕES] Amazônia, o pulmão do mundo - por Jean Claude

"A natureza é mesmo abençoada por Deus!" Mas, não é valorizada pelo homem! – Pois...é! Desta vez, quando abri meu diário de expedições, resolvi falar um pouco sobre essa magnífica região chamada Amazônia. Esse lugar, ocupa cerca de 58,5% de superfície brasileira com 7 milhões de quilômetros quadrados. É conhecida também, por lendas e mitos misteriosos. Vale a pena conhecer! A floresta Amazônica é exuberante, pois é cercada de vegetais. Existe um "perfeito" equilíbrio ecológico da região, além de possuir uma boa parte da riqueza do país que ainda é desconhecida pela população. O mais importante aconteceu, com as recentes descobertas científicas nas últimas três décadas. Foram identificadas por pesquisas, que a Amazônia contém as mínimas funções básicas para o ser humano poder viver. Ela oferece a excelente fertilidade do solo, mantêm a boa qualidade das águas, e um nível organizado de distribuição das chuvas. Um outro fato interessante, segundo os pesquisadores, é que as diversas espécies de vegetais espalhadas por quilômetro quadrado na região, são capazes de superar toda a quantidade de verde da Europa. Outra descoberta é que possuímos a "avefauna" mais rica do planeta. Somente na Amazônia, encontram-se cerca de 10% das espécies de pássaros existente no mundo. E de vez em quando, é encontrado um mamífero ainda desconhecido por nós. Agora, o desmatamento, ainda é a principal preocupação dos ecologistas. As conseqüências disso são ruins para o nosso país. Possivelmente alguns projetos de colonização é uma das causas responsáveis por essa diminuição da floresta, além da desordenada criação de gado. Atividades relacionadas a agropecuária, erosão, empobrecimento do solo, e as mudanças de ciclos da água e do clima também afetam na riqueza do lugar. Todavia, é importante salientar, que a Amazônia possui um imenso reservatório de carbono. E quando esse carbono é queimado, produz o dióxido de carbono que provoca um aumento no efeito estufa da terra. Sabe-se que a mata produz muito oxigênio. Não é à toa, que é conhecida como o pulmão do mundo. Diversas plantas e organismos residentes nesta floresta respiram 24 horas por dia. Ou seja, o próprio oxigênio que ela produz, acaba sendo utilizada por ela mesma.
A floresta também é uma espécie de "esponja", sabe por quê? Por absorver todas as substâncias como: poeiras e partículas trazidas pelos ventos e as chuvas da África e do Atlântico. Devemos cuidar de nossas florestas. Só conhecendo um pouco da importância desse ambiente, é que sabemos o quanto é importante preservar o que temos de mais valor, a natureza. "Morro" num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza..."

[EXPEDIÇÕES] A beleza da Índia - por Jean Claude


A beleza da Índia sobre o espelho d’água de Messejana
Bela e formosa sobre a água cristalina, banha-se a virgem dos lábios de mel. No azul do horizonte, sua silhueta atrai olhares, e “seus cabelos negros como a asa de uma graúna” enfeitiçam aqueles que a desejam... Olhos brandos, pálpebras úmidas, lábios sedutores, um vislumbre - assim como de Natália Nara. És Iracema. A mais bela das índias com pele de resina, descansa numa estátua feita de pedra na lagoa de Messejana. É lá, onde a luz da noite penetra nos seus seios e alimenta o desejo dos guerreiros. Seu corpo nu perturba Martim e me desperta suspiros. Imagino o seu segredo escondido entre os fêmures! Com ela, tenho vontade de embebedar-me num longo ósculo ardente. Cravo o olhar nela. Clamo seu nome: Iracema! Iracema!... E pouco a pouco uma seqüência de contração espasmódica sai do meu diafragma. Que pena. Ela não pode ouvir! Assim como no livro... Fiquei surpreso ao conhecer a notável obra. A brisa serena que envolve a filha de Araquém traduz todo o romance de 1865 que li do nosso patriarca da literatura brasileira José de Alencar, de quem a narrativa mostra-nos que a índia saía de Messejana (bairro de Fortaleza) para tomar banho na bica do Ipu (interior do Estado). Construída pelas mãos de 222 artistas, a escultura com doze metros de altura ocupa o cenário de um dos mais famosos bairros de Fortaleza, em Messejana. A perfeição da beleza plástica do monumento é, sem dúvida, um convite para aguçar a leitura para quem não a conhece. E preservar ainda mais as manifestações cearenses mundo afora. Seu corpo foi projetado por um computador e seu peso é de 16 toneladas. A aura e a magia do romantismo está presente em nossa história. Essa iniciativa fortalece a nossa cultura. Olho para a noite, a lua e as estrelas estão mais brilhantes! Desde quando escrevi essa crônica, que é um hábito nas minhas vigílias, não consigo tirar a história de Iracema da minha cabeça. Sempre foi um mistério pra mim! Todas as vezes que pego nesse livro e releio, na rede da varanda, parece-me que ela existe realmente! E essa Iracema da lagoa de Messejana é essa semelhança da história. Ainda tenho um forte desejo por ela.

[Comportamento] Curta metragem, um filme de bolso brasileiro - por Jean Claude

O Brasil é um celeiro de muitas histórias. Fatos como: política, fome, desemprego, esporte, carnaval e os costumes do povão, são transformados em películas cinematográficas. Ou melhor, esses assuntos são enriquecedores para abastecer uma das diversões do próprio brasileiro, o cinema. A famosa fábrica de “ilusões”. Walter Salles, Cláudio Assis, Fernando Meirelles, Rosemberg Cariry, Carla Camurati, Wolney Oliveira e outros diretores determinados, “arregaçam as mangas” e colocam nas salas de cinema espalhadas pelo país, suas criações. Seguem e acreditam na mesma idéia que aconteceu em 28 de dezembro de 1895, quando os irmãos Louis e Auguste Lumierè exibiram pela primeira vez, um curta com um minuto e meio de duração, usando pouquíssimos recursos. Situação igual á esta, ainda acontece hoje em dia. Isto, falando em parâmetros por causa da falta de patrocínio. Por isso, que as produções brasileiras precisam de mais do apoio das empresas. O curta-metragem é uma saída para quem deseja fazer cinema “barato”. A tecnologia cresceu nos últimos anos. As câmeras diminuíram tanto de tamanho, que podem até ser colocadas no bolso e, cabem também na palma da mão. Os atuais cinemas, oferecem equipamentos digitais de última geração. Mas, ainda é pequena a participação dos curtas brasileiros nestas salas. Salvo, quando acontece os badalados Festivais de Cinema. O cinema se transformou em uma indústria cultural. Ou seja, só permanece em cartaz, os filmes que trazem dinheiro. Por essa razão, as grandes produções, principalmente as estrangeiras, possuem um “passe livre” para ocupar as salas de projeções. Não existe interesse comercial no curta-metragem, por se tratar de um projeto experimental. Agora, “graças à Deus!”, que a Internet contribui para a divulgação dos aspirantes à diretores (vídeo-makes). Por exemplo, o portal “Porta Curtas” da petrobras (www.portacurtas.com.br) contém um acervo com mais de 3 mil curtas. Por um lado, o curta perde espaço nas salas de cinema por ser um produto “pobre”. Mas, ganha uma certa liberdade na internet. Com esse conforto, quem ganha é o usuário dessa nova mídia eletrônica que pode assistir aos filmes onde quiser. Existe uma estimativa que aproximadamente, são produzidos 1.000 curtas-metragens durante todo o ano, aqui no Brasil. O problema é que esse curta-metragista não consegue espaço para exibir sua produção audiviosual. A TV, poderia expor esses trabalhos, porém o espaço é restrito. As emissoras de TV, ainda sucumbem ao conservadorismo. A novidade é que, em pleno século XXI, surge a mais nova forma de fazer cinema. Esse processo é realizado através dos sofisticados celulares. Essa nova tecnologia, permite que o usuário possa fazer pequenos filmes através do aparelho. Mas, esse seguimento ainda é recente e está em fase de reestruturação. Devemos valorizar a “sétima arte” (expressão utilizada para designar o cinema, que foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto) do nosso país. Procure conhecer um pouco mais sobre a história do audiovisual. Vá, até o MIS (Museu da Imagem e do Som) de sua cidade. Saiba mais: http://www.curtaocurta.com.br e http://www.festivaldominuto.com.br

Até a próxima...

[EXPEDIÇÕES] O Aparthid Social do Cinema Nacional - Por Jean Claude

Filmes aplaudidos desde a produção de "O Bandido da Luz Vermelha" de 1961, de Rogério Sganzerla, e 1981 com o "Pixote – Lei do Mais Fraco" de Hector Barreto.
Agora, está no mercado em DVD para quem não viu ainda,a obra-prima "Cidade de Deus" (Brasil 2002).Um filme que teve sua pré-estréia mundial no Festival de Cannes baseia-se em fatos reais e foi inspirado no livro "Cidade de Deus" de Paulo Lins, Companhia das Letras, 1997. O livro que foi transformado de 550 páginas e 250 personagens ao tempo de 130 minutos e 60 personagens. O diretor Fernando Meirelles leu este best-seller do "aparthid social" e percebeu a importância de se filmar a realidade de um país chamado Brasil. Cidadania, violência, leis, política e todos os contextos sociais foram literalmente apresentados na película. Esse drama foi dividido em três décadas. A primeira: nos meados de 1960, mostrando a convivência pacífica das pessoas em um conjunto instinto habitacional (COHAB), onde crianças como: Dadinho (Zé Pequeno), Buscapé, Marreco (irmão de Dadinho), com os seus amigos: Cabeleira, Alicate conhecidos como "Trio Ternura", começam a assaltar caminhões de gás, dando início a narrativa e os futuros crimes.Formaram também os grupos de extermínios da "Cidade de Deus". A ascensão da favela foi desordenada. Pois, as pessoas foram transferidas às pressas para esta Cidade. E isso aconteceu, por falta de uma organização e reforma agrária governamental.Bem, sabemos que um país mal estruturado causa este desequilíbrio humano de injustiça, medo e morte. Na segunda década, nos anos 70, o personagem Dadinho, forma uma gangue e torna-se líder, até que mais tarde, se transforma em um bandido mais perigoso e temido da Cidade de Deus. E na terceira década, anos 80, Zé Pequeno assumiu o comando do narcótico, expandindo negócios, formando grupos de armamentos pesados e exterminando pessoas sem limites.
Construindo um conflito de apropriação das "bocas de fumos" dos rivais Zé Pequeno e Mane Galinha. As cenas violentas do filme causam discursos dos mais diversos ângulos na sociedade. Principalmente, aquelas crianças que aparecem no filme que foram fuziladas, depois que foram encurraladas por Zé Pequeno e o bando. Situações como esta, abalam-nos emocialmente. Um fato exposto no meio social, que a perda da infância, unida a exércitos precoces de maldades, mostram uma realidade nua e crua. A banalização dessa violência desenvolve um círculo sem fim. Tudo por falta de investimentos da política e por falta de projetos que ajudem essas pessoas. Chamo atenção para um dos personagens principais, o Buscapé. Como um personagem-narrador, em algumas cenas, ele se destaca por progredir e persistir num sonho de se tornar um fotógrafo profissional. Até que, no momento certo, ele ganha o reconhecimento inesperado. Por isso, fazemos uma reflexão: Nada está perdido. Ainda existe solução.
Se estas pessoas tivessem trabalhos e adquirissem seus direitos, poderiam mudar o país. Sempre estamos acreditando que existe uma expectativa de vida para essa classe e miseráveis. Agora pense: Há milhares de Cidades de Deus espalhadas pelo Brasil. Pessoas subjugadas em um mundo perverso, sem oportunidades e visão de nada. Por isso, que o filme provoca revolta e histeria por abordar essa exposição exacerbada da violência e da miséria. O importante é que devemos saber que são humanos e precisam de oportunidades na vida e chance. Outra coisa, é que o livro de Paulo Lins pode até ser inacessível à classe baixa. Mas, a obra filmada veio mostrar a todos que além de letras e folhas, existe uma vida cruel nas favelas brasileiras.

[EXPEDIÇÕES] O Heitor Villa-Lobos de Zelito Viana - Por Jean Claude


Está sem opção para assistir um bom filme? Dou-te uma dica que guardei no meu Diário de Expedições! É sem dúvida, uma grande obra do cinema brasileiro. Pois, é! Depois do cinema novo, das pornochanchadas, fracassos, verbas curtas, milhares de tentativas, a película feita e produzida no Brasil, começa a desbancar muitos filmes.
E O importante é que o cinema brasileiro sobrevive ainda, apesar de não possuir investimentos absurdos e megas produções. Escolhi mais um filme que tem beleza e emoção. O talento musical de um dos maiores expoentes da música clássica brasileira, chamado Heitor Villas-Lobos interpretado por Antônio Fagundes e Marcos Palmeira (Villa-Lobos – jovem) foi narrado neste filme.A direção foi feita pelo diretor Zelito Viana (irmão do humorista Chico Anysio e pai do ator Marcos Palmeira), que conseguiu retratar e realizar a todo custo a poética da vida brilhante do compositor para as telas cinematográficas. Esse trabalho foi uma luta de 25 anos de tentativas.
A gravação desse filme foi paralisada por quatro vezes devido à falta de dinheiro. E ainda, ouve uma dificuldade na pesquisa sobre o biografado. Pois, não há literatura sobre o compositor que aproxime da importância histórica. O trabalho foi gravado em 1999. E apesar de alguns anos, o filme ainda permanece com o selo de ouro nas videolocadoras da cidade.Entusiastas pela boa música devem com certeza, assisti-lo.
Villa-Lobos nasceu em 05 de março de 1887, no Rio de Janeiro. Foi um compositor reconhecido na Europa e principalmente em Paris, que ainda é uma referência nossa do "verde-amarelo". Só para se ter uma idéia, nas lojas de CDS dos Estados Unidos, existe espaços demarcados para a obra deste mestre. Composições avolumaram-se como: "Tico-tico no fubá", "Cânticos Sertanejos", "Brinquedos de Roda", Sonata Fantasia nº 01", "Operas Aglaia" e "Elisa" dentre outras obras. O compositor também foi um dos nomes mais importantes da "Semana da Arte Moderna", em 1922, onde se apresentou no Teatro de São Paulo da época. Depois, de uma longa viagem ao mundo, Villas-Lobos foi também secretário da Educação Musical do Governo Getúlio Vargas, no qual ele implantou o ensino da música nas escolas públicas no país. E em 1945, criou a Academia Brasileira de Música no Rio de Janeiro. Sabia disso? Pois, é...O filme começa com uma homenagem para o compositor erudito no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. E durante o concerto, Heitor evoca lembranças do passado. Desde o primeiro momento com a música, passando pela fase de que seu pai queria que ele fosse um médico, até seus momentos de realizações e descobertas. O filme cruza em três fases de formação desse gênio (infância, fase adulta e o envelhecimento). O tempo e o espaço da narrativa e a música foram elementos fundamentais para o filme. O lado do desamor com a esposa, Lucília (Ana Beatriz Nogueira) e a paixão incontrolável pela Mundinha (Letícia Spiller) culminou em uma cena ao som de uma de suas composições (Bachiana Número 05) um chorinho dentro de um trenzinho caipira. É uma cena espetacular! A música nordestina também foi um dos grandes momentos. O maestro era fascinado pela cultura popular. Apesar, de que alguns momentos, o filme sofreu alguns descompassos e o flash-back ficou meio perdido, Mas, mesmo assim a obra não perde o reconhecimento de um homem que amava acima de tudo seu país e lutou por suas raízes. Vale a pena assistir!