A área de Logística tem
despertado interesse em diversos profissionais, devido ao número de
oportunidades existentes no mercado, mesmo em épocas de recessão econômica.
Apesar de historicamente ser considerada uma atividade mais operacional, cada
vez mais, as empresas estão reconhecendo a sua importância estratégica, para
atingir um melhor desempenho. Neste artigo, prezado leitor, o objetivo é
discutir algumas características do profissional de Logística e as expectativas
dos gestores a respeito das suas várias possibilidades de atuação, em um
ambiente empresarial.
Não adianta mais apenas
entregar o produto na hora certa, no lugar correto e na qualidade desejada pelo
cliente. Agora, é necessário ir mais além, ou seja, a logística deve ser
sustentável, minimizando o risco e garantindo a segurança de todos os
envolvidos. O mercado de trabalho para quem é graduado em Logística demanda um
profissional multidisciplinar e sempre conectado ao ambiente interno e externo
da empresa. É imprescindível que este profissional, além das habilidades
adquiridas ao longo da carreira estudantil, possa também desenvolver uma visão
sistêmica das operações que em inúmeros casos, não são assuntos abordados nas
academias de formação de nível superior.
De acordo com Gammelgaard e
Larson (2001), as habilidades referem-se a conhecimentos gerais sobre o
assunto, que independem do contexto e experiência prévia do profissional. Essas
habilidades podem ser aprendidas em salas de aula. Já as competências
referem-se a conhecimentos baseados na vivência e atuação do profissional. Em
termos de competências, Gammelgaard e Larson (2001) identificaram que as
principais características desejadas dos profissionais da área são o trabalho
em equipe, a resolução de problemas, a visão sistêmica da área, a consciência
do seu papel e a capacidade de ouvir fornecedores e clientes, a comunicação, a
priorização de atividades e a motivação.
A perspectiva, para os próximos
anos, para a área de Logística, é de muitas novidades e inovação. O Sistema de
Gerenciamento de Armazém (WMS) e o Sistema Integrado de Gestão (ERPs), além dos
equipamentos alinhados a essas inovações, demonstram um horizonte ainda mais
desafiador aos profissionais de operações, que no presente momento, além das
diversas habilidades já inerentes ao seu ambiente profissional, também
necessitarão desenvolver ainda mais uma visão holística de suas operações.
A Supply Chain Management
(SCM), a Gestão da Cadeia de Suprimentos, também vem experimentando mudanças
rápidas e significativas ao longo dos últimos anos, direcionadas por fatores
como a globalização, a terceirização, o aumento do nível de serviço aos
clientes e a pressão por custos e novos canais de atendimento, como o
e-commerce. As competências exigidas pelo mercado aos profissionais de
Logística Supply Chain estão relacionadas ao atendimento de pré-requisitos e
habilidades, como: raciocínio lógico; capacidade analítica, crítica e
argumentação objetiva; capacidade na resolução de problemas; técnicas de
negociação; facilidade de comunicação; e gestão de relacionamentos, além de uma
ampla visão sistêmica.
A valorização do profissional
de Logística está em uma trajetória ascendente, haja vista que a sua atuação
ganha cada vez mais importância no planejamento estratégico, tático e
operacional, resultando, portanto, no crescimento das empresas ligadas a esse
segmento. Portanto, prezado leitor, com o cenário atual que envolve aspectos
relevantes como a globalização, blocos econômicos, pressão da demanda,
concorrência, investimentos públicos e recursos limitados, o futuro acena, sim,
para novas modalidades de transporte dos produtos e, obviamente, de desafios,
que demandará dos profissionais especializados em Logística ações de curto e
longo prazo que se adequem às novas realidades do mercado.
Prof. Me. Geraldo Sinval da
Silva
Professor do Curso de
Logística da UniAteneu
Mestre em Administração de
Empresas e especialista em Gestão Integrada em Marketing e Logística
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