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quinta-feira, 16 de abril de 2020

ARTIGO DE OPINIÃO] Desafios frente à pandemia do Covid-19: o câncer pode esperar?


 
É crescente em todo mundo o número de pessoas infectadas pelo Coronavírus. Este aumento progressivo é alarmante, principalmente, para indivíduos que estão no grupo de risco. A grande maioria de pacientes com câncer apresenta baixa imunidade, estando propensos a maiores complicações, tornando-os suscetíveis ao pior prognóstico. Diante da pandemia pelo Covid-19, o câncer, embora assunto relevante, acaba afastado dos olhares da imprensa. Porém, segue como uma das principais causas de mortes global. Dessa forma, as orientações acerca da saúde desses indivíduos não podem parar.

Encaixados em um dos maiores grupos de risco, os imunossuprimidos são pacientes oncológicos que necessitam de adesão aos cuidados somados a toda população e, especialmente, à rotina de isolamento social. Contudo, a necessidade de tratamento da doença acaba levando-os a algum tipo de exposição. Frente a essa problemática, indaga-se: o câncer pode esperar?

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), surgiram em torno de 600 mil novos casos de câncer no país entre os anos de 2018 e 2019. Em vários períodos do ano, são realizadas diversas campanhas para a detecção precoce da doença, e é sabido que, quanto mais cedo for descoberto o diagnóstico, mais rápido iniciará o tratamento, obtendo mais chances de cura. Não obstante, no contexto da pandemia, o próprio Inca recomenda que as pessoas não procurem os serviços de saúde para rastreamento, consultas ou exames, até as restrições diminuírem. No momento, está inviável tamanha exposição para detecção precoce do câncer em meio ao risco de infecção viral pelo Covid-19.

É salutar que os pacientes que já estão em tratamento devam continuar suas terapias, pois, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), suspender o tratamento não deve acontecer. Todavia, os profissionais priorizarão a ida desses pacientes ao hospital quando necessário, sendo as indicações apenas para procedimentos importantes na quimioterapia, radioterapia, cirurgias ou emergências.

Segundo a OMS, a frequência de pacientes com câncer e Covid-19 pode chegar a 1% de todos os casos. Mediante os dados, vale salientar que medidas de proteção devem ser reforçadas para pacientes oncológicos, apesar de estarem acostumados e educados com diversas orientações quanto à sua saúde. Reiterar a importância dos diversos cuidados durante a pandemia, como a lavagem frequente e correta das mãos, aderir à higiene respiratória, evitar locais com aglomerações, permanecer em casa, não ficar perto de pessoas som sintomas gripais, utilizar máscaras e álcool em gel dentre outros, é essencial para mantê-los longe da infecção.

É bem verdade que o câncer não espera nenhuma pandemia passar. Então, é preciso orientar os grupos de riscos, aumentando as informações acerca das melhores formas de proteção, além de, em hipótese alguma, deixá-los parar o tratamento, dando continuidade de acordo com as indicações médicas. Existem muitas desinformações que circulam, por isso é necessário estar atentos para respeitar as orientações dadas a nossa população oncológica.

Dessa forma, alinhar a educação em saúde, a vigilância ativa e a manutenção do tratamento são ações fundamentais para prevenir infecções gerais, proteger das complicações e combater o câncer. Assim, o paciente, na sua luta diária que segue contra a doença, pode continuar esperançoso em atingir seu maior objetivo: a cura.


Profª. Carla Biatriz Melo da Rocha
Professora do Curso de Enfermagem da UniAteneu
Especialista em Enfermagem Oncológica


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