Uma das grandes demandas que
surgem para os profissionais de Psicologia é a avaliação psicológica de
crianças e adolescentes. Demandas que aparecem tanto dos pais, como escola ou
médicos, e diante dessa perspectiva, muitas curiosidades e dúvidas surgem diante
da avaliação de um público que é marcado por um aspecto de considerável
relevância: o processo de desenvolvimento. Crianças e adolescentes vivenciam
aspectos de desenvolvimento bem demarcados e que englobam aspectos físico,
psíquico, emocional e social que delimitam essas fases, onde são de difíceis
percepção diante de um limiar que diferencie cada criança, sofrendo processos
de comparações e influência de informações errôneas.
Assim, os pais e responsáveis
passam por muitas dúvidas sobre os processos de avaliação psíquica infantil,
bem como uma longa caminhada até chegar ao profissional capacitado para tal
processo. Para os profissionais, fica a dúvida no que tange às competências
relacionadas ao atendimento desse público tão específico e com tantas peculiaridades.
A infância e a adolescência são demarcadas por muitos aspectos do senso comum
que devem ser evitadas e isso é algo que deve ser percebido por pais e
profissionais.
As crianças possuem sintomas
que não conseguem definir e comportamentos de difícil entendimento, mas que
trazem sofrimentos significativos que precisam ser ouvidos e validados, diante
de uma escuta lúdica e levando em conta os aspectos não-verbais. Comparações
são comuns na fase de desenvolvimento infantil, mas é importante frisar que
cada criança possui seu tempo de desenvolvimento e os marcadores deste são
referência para que a avaliação seja feita de forma mais correta e não tópicos
a ser seguidos à risca.
Alguns conhecimentos são
importantes, tais como condição peculiar de desenvolvimento, ou seja, o
conhecimento dos processos de desenvolvimento, os aspetos escolares, aspectos
cognitivos e motores, bem como contextos de neurodesenvolvimento e
relacionamentos familiares e emocionais da criança avaliada. São aspectos que
facilitarão a muitos profissionais a demarcação do que pode ser considerado
normal ou não para a fase que está sendo avaliada.
Aos pais, é importante indicar
que procurar profissionais capacitados os ajudará a compreender melhor as
possíveis necessidades e aspectos que estão relacionados à fase de
desenvolvimento infantil. Aos profissionais, buscar conhecimentos específicos,
focar a formação em aspectos infantis, além de técnicas e instrumentais que
sejam próprios para esse público são contextos básicos para a sua formação
profissional focada.
A avaliação psicológica
infanto-juvenil não é algo raro, mas ainda encoberto em muitas dúvidas e
incertezas quanto ao processo. Mas a busca de informação no que se refere aos
pais e formação qualificada aos profissionais são dados de extrema
significância. Procure profissionais qualificados e com experiência na área,
dica para os pais que buscam auxílio para seus filhos como para os
profissionais que buscam a qualificação especifica.
Profª. Elaine Marinho
Professora do Curso de
Psicologia da UniAteneu
Especialista em Avaliação
Psicológica, Neuropsicodiagnóstico, Psicologia Infantil e Saúde Mental
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