Documento já reuniu mais de 13
mil assinaturas
Desde o início da pandemia, a
aprendiz Manuela Bernadino, 20 anos, tem acompanhado amigos e familiares
perderem o trabalho. No último dia 7, resolveu publicar uma petição online e
unir esforços ao Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE para cobrar
respostas de uma proposta de Medida Provisória enviada ao Ministério da Economia
que prevê a abertura de até 400 mil vagas para jovens aprendizes. Em três dias,
a campanha já reuniu mais de 13 mil assinaturas. Entretanto, a ambição é chegar
ao número simbólico de 400 mil assinaturas.
Manuela explica que a petição
é fundamental, pois a maioria dos jovens ajuda em casa, paga a faculdade e
auxilia com as despesas da casa. “Em muitos casos, essas renda é a única da
família”, conta. Estudante de Ciências da Computação, a aprendiz ainda integra
os projetos Meninas Negras, o Comitê Jovem Aprendiz, a comunidade Cloud Girls e
é embaixadora do Instituto Bold.
A proposta de Medida
Provisória, baseada na Lei da Aprendizagem, propõe ao governo o auxílio no
salário de aprendizes de pequenas e médias empresas. De acordo com levantamento
do CIEE, a contratação na modalidade, que tem duração de cerca de dois anos,
custa aproximadamente R$ 30 mil reais às empresas. Se deste valor o governo
arcar com 50%, será possível criar oportunidades para jovens em situação de
vulnerabilidade entre 14 e 24 anos no período pós-pandemia.
Segundo Humberto Casagrande,
CEO do CIEE, o montante utilizado para criar até 400 mil vagas de aprendizes
representa 0,5% do orçamento do Governo Federal destinado à sociedade em
resposta à pandemia da Covid-19. Segundo uma pesquisa da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas - FIPE, encomendada pelo CIEE, o impacto direto e indireto
dos aprendizes na economia é de R$ 5,6 bilhões anuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário