A pandemia do novo coronavírus
deve acelerar a automatização na indústria, apontam especialistas. Conforme
Richard Pak, professor da Universidade Clemson em matéria publicada no New York
Times, antes da pandemia as pessoas poderiam pensar que havia muita automação,
mas após esse evento pensarão que tudo deve ser mais automatizado.
Uma pesquisa da agência Ernst
& Young já comprovou que este movimento é certo: 36% das empresas globais
estão acelerando os planos de automatização após a pandemia.
Para o especialista brasileiro
em automação, Vagner Ortiz, Consultor de Vendas da Datec Soluções Industriais,
as empresas brasileiras deverão seguir esta tendência, principalmente porque
perceberam cada vez mais a importância de acompanhar o mercado em constante mudança.
“A indústria e seus processos
vêm sendo continuamente transformados e adaptados, de acordo com as
necessidades de cada geração, onde as demandas humanas ditam o ritmo das
mudanças e atualizações no ambiente fabril. Já passamos por três grandes
revoluções industriais. Em meados dos anos 2000 deu-se início a 4º, que é a
continuação do aperfeiçoamento das máquinas e que tornam as linhas de produção
mais ágeis, competitivas e confiáveis. Isso possibilita uma adequação mais
eficiente das indústrias a demandas de seus clientes, bem como eleva o nível de
exigência do mercado”, explica.
Segundo Ortiz, o cenário de
crise fez com que as indústrias reavaliassem seus investimentos. Passado este
período, o centro do debate será como a indústria reagirá pós-momento de
estagnação. “Países antes impactados e mais flexíveis já estão traçando planos
para retomar suas economias e, conseqüentemente, seus sistemas produtivos”. De
acordo com a agência de classificação de riscos S&P, o mais provável é uma
queda no PIB global de 2,4% em 2020, seguida de um crescimento de 5,9% em 2021.
O Brasil ocupa hoje a 18º
posição no ranking de países mais robotizados, de acordo com relatório anual
2019 da Federação Internacional de Robótica (IFR). São 0,6% do total de robôs
instalados no mundo, que conta com estoque de 2.439.543 de unidades em
operação.
“O atraso do Brasil deve-se a
baixa cultura em automação, falta de incentivos fiscais e a pouca quantidade de
estudos na área. A alocação destes equipamentos em ambiente fabril segue as tendências
mundiais, onde a maior parte da robótica encontra-se instalada no ramo
automotivo e metal mecânico. Tal fato amplia a necessidade de inclusão destas
tecnologias em outras áreas industriais brasileiras”, destaca o Gerente de
Automação da Datec Soluções Industriais, Emanuel Santette.
Emanuel acredita que a
importância da incrementação da robótica e automação no ambiente industrial vai
muito além dos ganhos econômicos e de produtividade, ela é de suma relevância
inclusive para atender aos aspectos humanos e sanitários.
“Automação e robótica deve ser encarada não
como inimigo do emprego e sim como uma aliada ao crescimento do negócio. Ela
retira do operador os trabalhos de risco e insalubres e possibilita a geração
de atividades mais humanas e complexas como de avaliação e planejamento”,
explica Emanuel Santette.
Sobre a Datec: A Datec é uma
empresa especializada em projetos especiais para Codificação Industrial, Robótica,
Encaixotamento, Paletização e Equipamentos Especiais. Fornece soluções de máquinas
e dispositivos especiais para automação em diversos segmentos, atendendo a
necessidade de cada cliente, com projetos personalizados. Sua sede fica
localizada em Chapecó (SC).
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