Assis Cavalcante sugere que
novos horários sejam adotados na quarta fase do plano de retomada, que pode
começar na segunda-feira, dia 20, na Capital
O avanço do plano de retomada
das atividades econômicas e comportamentais no Ceará depende de critérios
sanitários, econômicos e sociais. Desde o dia 1º de junho, quando o estado
entrou na chamada fase de transição, Fortaleza tem cumprido todos os requisitos,
como redução dos casos e das mortes por covid-19 de forma consistente, e por
isso já está na fase três de um total de quatro. A expectativa é de que a
Capital entre em uma nova fase na próxima segunda-feira, dia 20, apesar do
recuo do governo em liberar o funcionamento de algumas cadeias produtivas,
especialmente dos ramos alimentício e de lazer.
Para o presidente da CDL de
Fortaleza, Assis Cavalcante, no comércio varejista, os protocolos adotados
pelos lojistas em conjunto com colaboradores e clientes têm contribuído para
que o setor avance todas as fases sem retrocessos. “Estamos fazendo todo o
esforço na higienização frequente das lojas, os empregados estão utilizando os
EPIs (equipamentos de proteção individual) e os consumidores são orientados a
usar máscaras dentro e fora das lojas e limpar as mãos com álcool em gel. Por
isso, nós estamos confiantes de que, em Fortaleza, passaremos para a quarta
fase do plano de retomada”, afirma.
Diante do cumprimento das
medidas de segurança sanitária por parte dos comerciantes, Assis Cavalcante
defende que o horário de funcionamento das lojas de rua e dos shoppings da
Capital seja ampliado. Hoje, as lojas de rua ficam abertas das 10h às 16h, e as
dos shoppings, das 12h às 20h. “Nós estamos estudando com o governo a
possibilidade de ampliação, mas tudo só será feito com toda responsabilidade e
toda segurança para que nós possamos vencer e chegar na quarta fase”, pontua.
Ainda de acordo com o empresário, a ampliação do horário de funcionamento seria
necessária para aquecer mais as vendas, gerando empregos e renda.
Levantamento feito pela CDL de
Fortaleza aponta que 82 mil pessoas estão circulando pelas ruas do Centro
diariamente. Antes da pandemia, esse número chegava a 350 mil. Apesar de ser
apenas 25% do total de consumidores habituais, Assis revela que a conversão em
compras tem sido mais efetiva. “Quem está indo ao Centro está de fato indo para
fazer compras, não para passear. Esse movimento tem crescido a cada dia e
gerado boas vendas para o comércio”, conclui.
Já no caso dos shoppings
centers, segundo Assis Cavalcante, essa conversão tem sido bem mais tímida.
Para aumentar esse fluxo, o líder cedelista sugere que as praças de alimentação
funcionem no mesmo horário das lojas dos shoppings. Hoje, elas só funcionam até
às 16 horas, mesmo horário estipulado para os restaurantes, em geral. “Essa
medida é necessária porque é a forma de atrair o consumidor e gerar a venda. O
público que vai para o restaurante acaba consumindo os produtos das lojas”,
ressalta.
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