O programa “Hip Hop Gera” terá
atividades durantes as sextas-feiras com formação e difusão englobando todas as
linguagens que o movimento dialoga
A Secretaria da Cultura do Estado
do Ceará (Secult) e o projeto “É o Gera” convidam para a programação do HIP HOP
GERA no Teatro Carlos Câmara: as sextas-feiras serão dedicadas à formação em
hip hop (Hip Hop Lab) em todas as linguagens que o compõem, como rap, saraus de
poesia, batalhas de MCs, de b-boys e b-girls, de graffiti e beatmakers,
encerrando com uma celebração que contemplará pelo menos uma das linguagens
trabalhadas na formação (Hip Hop Gera). Na programação proposta para esta sexta
feira, 15/12, Cláudio Prado fará uma roda de conversa com membros dos coletivos
participantes do “É o Gera” sobre atitude periférica com seus Delírios
Utópicos. Em seguida, haverá um papo aberto sobre “Mulheres e o Movimento Hip
Hop”, seguido por pockets show de Sarah Soul, Carolina Rebouças, Raciocínio
Lógico e performance de Maria Jú, além de microfones abertos para poesias. O
projeto, com duração de 7 meses, surgiu
a partir do diálogo entre profissionais que atuam na cena cultural de Fortaleza
e os coletivos Servilost (Serviluz), Coletivo Natora (Carlito
Pamplona/Pirambu), Raízes da Periferia (Oitão Preto) e Ocupa Cajueiro
(comunidade do Dendê, Edson Queiroz), com o intuito de ocupar os espaços da
cidade com a voz e a cara da juventude, gerando a formação, a difusão e o
intercâmbio de novos protagonistas das artes na cidade. Toda a programação é
gratuita.
Claudio Prado é um visionário e
abre a programação, às 16h20 com um papo aberto com nossos coletivos sobre
periferia de atitude. Nos anos 70 já compunha a comissão de frente da
contracultura, produzindo shows de novidades que se revelariam grandes nomes da
música brasileira, como Novos Baianos e Mutantes. Em Londres, para onde foi no
fim da década de 60 para estudar sociologia, semeou amizade com o então exilado
Gilberto Gil para, décadas depois, ser convidado pelo então ministro da Cultura
para aconselhar sobre a aplicação da tecnologia digital nas manifestações
culturais do país.
O universo dominado por temas e
pela presença masculina no cenário mundial do hip hop está mudando conforme as
mulheres seguem se empoderando em todas as áreas. É para debater o tema “Mulheres e o Movimento
Hip Hop” que a rapper Carolina Rebouças mediará uma roda de conversa com,
Laelba Batista ( Mestranda em Educação Brasileira da UFC), as MC’s Gabriela
Savir e Sarah Soul e as Bgirl Maria Jú e Vanessa Aguiar, mulheres que atuam na
cena hip hop cearense, fazendo com que seus shows sejam uma porta de entrada
para o público feminino no rap, sem preconceitos nem fronteiras .
Seguimos a programação com um
Pocket Show de Sarah Soul que faz parte da Convicção Ancestral desde 2016,
constrói o Hip Hop Militante Nós Por Nós na zona sul da cidade de Fortaleza,
acredita que a música e a cultura são o escape para o extermínio declarado a
periferia. É cosplayer desde 2015, também grava covers e joga na rede os
áudios, escreve contos e poesias, e está na luta pelo espaço artístico na
quebrada pelas mulheres, especialmente no hip hop. Em seguida teremos uma
performance com Maria Jú dançarina de danças urbanas e contemporânea com vertentes fortes no Hip Hop
dance. Atualmente uma das diretoras e coreografas do grupo de danças urbanas
D´A SUL, e contribuindo para a representatividade feminina e negra nas danças
urbanas
Para fechar a noite, teremos o
microfone livre para poesias, pocket show com Carolina Rebouças que está na
produção do EP MULTICULTURAL que têm influências regionais, da black music e
ressalta a pluralidade da nossa música brasileira e ainda teremos o show de
Raciocínio Cotidiano, o grupo tem
influências musicais variadas e o segmento Gangsta como maior inspirador
de suas letras rimadas, e, também passeiam por vários estilos dentro da cultura
Rap.
O que vem por aí
Para além das apresentações,
outras formas de ocupação contribuirão para o desenvolvimento das atividades,
tais como feiras que impulsionam a economia criativa e o empreendedorismo, bem
como debates, rodas de conversas e outros tipos de formações nas áreas técnicas
de som, luz e produção, voltados para a profissionalização dos agentes
integrantes de coletivos da periferia, qualificando os trabalhos que já são
realizados.
Serviço
HIP HOP GERA
Local: Teatro Carlos Câmara - Rua
Senador Pompeu 454 - Centro
Horário: 16h
Dia: Sexta feira, 15/12/2017
Entrada Gratuita
PROGRAMAÇÃO:
16h20 Papo Aberto “Cláudio Prado:
Delírios Utópicos com a Periferia”
17h10 Papo-Aberto “As Mulheres e
o Movimento Hip-Hop”
Convidadas:
Laelba Batista- Mestranda e
pesquisadora
Gabriela Savir-Mc
Maria Jú- Bgirl
Sarah Soul- Mc
Vanessa Aguiar-Bgirl
Mediadora: Carolina Rebouças
Intervenções Artisticas com:
Pocket Show com Sarah Soul
Performance com Maria Jú
19h Microfone Livre para poesias.
19h30 Pocket Show com Carolina
Rebouças
20h Show Raciocínio Cotidiano
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