O mau funcionamento do labirinto
pode causar sintomas que costumam ser confundidos
Vertigem e tonturas são sintomas
frequentemente associados ou confundidos com a existência da labirintite. No
entanto, o diagnóstico da doença consiste em um caso mais específico e que pode
ser, muitas vezes, uma doença crônica. Por ocasião do dia 22 de abril,
considerado o Dia da Tontura, os médicos da Cooperativa de
Otorrinolaringologistas do Ceará (Coorlece) procuram alertar a população sobre
o assunto.
Nem sempre sentir tontura é
sinônimo de labirintite. A sensação descreve diferentes impressões, como giro,
desmaio iminente ou desequilíbrio. Por isso, chamar de labirintite traz a
impressão falsa de que só há uma doença do labirinto, levando ao uso de
medicamentos que podem, muitas vezes, piorar o quadro. É o que explica o
presidente da Coorlece, Dr. João Paulo Bastos.
Em se tratando da real
labirintite, os casos mais comuns da doença ocorrem após 40 anos de idade, mas,
com causas variadas, a labirintite é capaz de aparecer em qualquer faixa
etária. “A condição é decorrente, geralmente, de uma infecção no ouvido
interno, mais especificamente no labirinto. Esse componente é formado pelo
vestíbulo, responsável pelo equilíbrio corporal, e pela cóclea, atuante na
audição do indivíduo. Dessa forma, ambos os aspectos corporais são afetados,
causando confusão no paciente. Devido à infecção, tanto a cóclea como o
vestíbulo são impedidos de funcionar corretamente”, pontua.
Com a inflamação, os membros
enviam informações erradas a respeito do posicionamento do indivíduo, causando
sensações de rotação, queda ou flutuação. Além disso, outros fatores podem,
ainda, atingir a visão. Ainda segundo o médico, sintomas como alterações
visuais, dificuldade em fixar os olhos em um ponto, vista embaçada e escurecida
são recorrentes. Sensação de desmaio, dores de cabeça, e memória afetada também
são comuns.
Doenças mais comuns
Não é obrigatório a presença de
todos os sintomas para caracterizar uma disfunção no labirinto, e as crises
mais agudas podem durar de segundos até alguns dias. No entanto, mesmo não
sendo uma das doenças mais prevalentes dentro da otorrinolaringologia, é uma
doença que incapacita o paciente temporariamente.
Podemos citar como exemplos de
outras doenças mais comuns do labirinto a vertigem posicional paroxística
benigna (VPPB), episódios repetidos e curtos de vertigem, náusea e/ou nistagmo
de posicionamento à mudança de posição da cabeça; a doença de Menière,
distensão do compartimento onde fica armazenada a endolinfa, o líquido do
labirinto, provocando aumento da pressão do líquido dentro do ouvido interno; e
enxaqueca.
“Na primeira suspeita de
apresentar a doença, um médico otorrinolaringologista deve ser consultado.
Somente dessa forma podem ser feitos exames de análises auditivas, imagem e
avaliação do equilíbrio, imprescindível para o descarte das doenças de sintomas
similares e até mesmo outras como diabetes, reumatismo e hipertensão, que
também causam tontura”, explica o Dr. João Paulo.
Tratamentos
Os sintomas e a própria
labirintite possuem tratamentos variados. Em geral, o médico costuma iniciar o
tratamento pelo uso de medicamentos combativos aos sintomas da doença, como a
tontura e o zumbido. Esse processo ameniza a condição do paciente enquanto a
verdadeira causa da labirintite é descoberta e tratada. Nesse processo,
soluções simples como bastante repouso, evitar estímulo visual e estimulantes
como cafeína.
“A principal etapa é o tratamento
da causa do problema para a causa ser realmente eliminada. Dessa forma, é
iniciada uma investigação dos fatores de risco mais comuns, como os
metabólicos, infecciosos e anatômicos”, ressalta o otorrino.
Aplicativo
A Cooperativa de
Otorrinolaringologia do Estado do Ceará (Coorlece) disponibiliza o aplicativo
“Otorrino Já”, uma maneira muito mais fácil e funcional de marcar uma consulta
com otorrinolaringologistas. Você pode selecionar qual médico mais próximo de
sua residência e marcar sua consulta imediatamente. O aplicativo está
disponível para as plataformas iOS (https://goo.gl/qqadTy) e Android
(https://goo.gl/SYoCbw)
Serviço:
Coorlece - Cooperativa de
Otorrinolaringologia do Estado do Ceará
Av. Dom Luís, 300 – Aldeota –
Fortaleza / CE.
Fone: (85) 3264.9729
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