Convidados do Chile, de Portugal,
da França e Suíça estarão presentes no Conexões Maloca, o mercado de negócios
do festival. O intercâmbio traz ainda a exposição “No Coração de Maio de 68 –
Fotografias de Philippe Gras”, da França, e artistas chilenos para a
programação artística do festival, em abril
Em janeiro deste ano, o Instituto Dragão
do Mar (IDM) iniciou uma série de negociações com instituições culturais de
países sul-americanos e europeus, articulando um verdadeiro hub cultural, que
tem ganhado força com os novos fluxos de aviação instalados recentemente no
Ceará. Alguns desses intercâmbios já começam a apresentar resultados, com a
vinda de realizadores e programadores chilenos e europeus para a Maloca Dragão
2018 e ainda uma exposição vinda da França aberta durante o festival, que será
realizado de 24 a
29 de abril.
Uma dessas articulações resultou num
convênio de cooperação técnica assinado presencialmente com importantes
instituições do Chile para a realização de projetos conjuntos. Alguns deles se
adiantam com a Maloca, que terá a presença de programadores e realizadores do
mercado cultural das províncias chilenas de Santiago e Valparaíso e a
participação de artistas desse país na programação artística do festival.
Tomás Muhr é um dos programadores
chilenos convidados
Programadores do Chile vão fazer
parte do Conexões Maloca, o mercado de negócios do festival, responsável por
impulsionar, numa iniciativa única, a circulação dos artistas cearenses em
outros palcos e também trazer artistas de fora para cá. Estarão presentes no
Conexões: Noela Salas Sharim e Tomás Muhr, diretores da plataforma de projetos
musicais independentes La Makinita. Muhr é também diretor do Imesur – Encuentro
de Industria Musical Latinoamericana.
As articulações do IDM com o
Chile trazem ainda à Maloca o diretor executivo do Centro Cultural de Matucana
100, Juan Cristóbal Gumucio Aninat; e, em parceria com a Prefeitura de
Valparaíso, Samuel León (gabinete da Prefeitura), Tatiana Vasquez (Secretaria
do Desenvolvimento Econômico de Valparaíso) e Isabella Monsó (Secretaria da
Cultura de Valparaíso). Essa comitiva, por sua vez, foi convidada a realizar
uma visita técnica para conhecer as instalações do Centro Dragão do Mar de Arte
e Cultura e planejar ações de intercâmbio cultural ainda no segundo semestre
deste ano (VALPO/FOR) e para 2019 (FOR/VALPO).
Banda chilena Apokálipo
Além dos programadores, a
presença chilena também se dará com os artistas desse país. Por meio de
convocatória realizada em Valparaíso, foram selecionados para se apresentar na
Maloca Dragão: a Compañía Sombra Circo Contemporáneo, com o espetáculo “Future Selfy”;
o Teatro del Ocaso, com a peça “La pequeña ficción política”; e o artista
plástico Felipe Figueroa, com o projeto de arte urbana “Rostros de Chile”. La
Makinita e o Imesur indicaram ainda duas bandas de Santiago para a programação
do festival, Apokálipo e Mákina Candela.
“A conexão aérea que nos aproxima do
Chile nos permite também uma aproximação cultural. A presença de representantes
dos mais importantes centros culturais e de aceleradoras de projetos artísticos
chilenos vai proporcionar aqui uma troca única de experiências entre artistas e
instituições dos dois países. Além dos convidados do Chile, vamos levar
artistas cearenses para lá logo mais”, afirma o presidente do IDM, Paulo
Linhares.
Conexões europeias
Diretamente da Europa, sete nomes
participam do mercado de negócios em cultura da Maloca Dragão: Isadora Dartial,
programadora e apresentadora da rádio cult francesa Radio Nova; Luís Viegas,
presidente e fundador da Ao Sul do Mundo, agência portuguesa de empresariamento
artístico e de shows; Patrick David, diretor artístico das gravadoras Sony
Music France e V2 Music France, de 1996 a 2003, e fundador da respeitada agência
de show, representação artística e selo europeu Two Gentlemen, com base na Suíça;
Patrick Duval, diretor de programação da casa de show Le Rocher de Palmer, em
Bordeaux, na França, e diretor artístico do festival de world music Musiques
Métisses; Sylvian Briand, diretor de programação da casa de shows Le Silex, na
cidade francesa de Auxerre, e programador do Catalpa Festival; David Koperhant,
programador de música da rádio francesa TSF JAZZ e jornalista freelancer na
revista francesa JazzNews; e Fernando Sousa, programador, curador e produtor
cultural de eventos e festivais de música em Portugal e países lusófonos e,
desde 2004, curador da Fundação Casa da Música, na cidade do Porto, em
Portugal.
Esta é a segunda vez consecutiva em que o
Conexões Maloca traz nomes internacionais dispostos a conhecer e a fazer
circular a arte cearense. Em 2017, participaram programadores e realizadores de
Nova York, Cabo Verde e Portugal. Além dos convidados estrangeiros, a
iniciativa traz ainda contratantes, jornalistas, empresários, curadores de
festivais e de centros culturais brasileiros.
Exposição “No Coração de Maio de 68”
Em parceria com o Instituto
Dragão do Mar, a Aliança Francesa de Fortaleza, o Institute Français do Brasil
e o Consulado Geral da França no Recife trazem a Fortaleza a exposição “No
Coração de Maio de 68” ,
que terá abertura no dia 24 de abril – primeiro dia da Maloca Dragão 2018, que
terá como tema, neste ano, “As barricadas abriram caminho: os 50 anos de maio
de 68” .
Realizada na Multigaleria do Dragão do Mar, a mostra apresenta 43 fotos
inéditas do emblemático fotógrafo francês Philippe Gras, (1942-2007).
Pertencentes ao acervo do artista, as obras estavam perdidas havia uma década.
Em território brasileiro, a exposição foi montada antes somente em Natal, no
Rio Grande do Norte.
Philippe Gras foi um grande fotógrafo de
seu tempo, tendo colaborado com inúmeras publicações francesas como as revistas
Actuel, Jazz Hot e L'art Vivant. Viajou o mundo em coberturas fotojornalísticas
tendo trabalho reconhecido no Butão, Irã, Camboja, Coreia do Sul, Vietnã e
Hungria. É até hoje reverenciado graças às suas fotos emblemáticas no Maio de
68, assim como por suas séries sobre o metrô de Paris e com personalidades do
Jazz e do Rock.
Além das fotografias, a mostra exibirá
ainda uma série de dois documentários inéditos chamada "Mai 68, un étrange
printemps" (em tradução literal, Maio de 68, uma primavera estranha).
Dirigida pelo historiador Dominique Beaux, a série apresenta personagens
fundamentais do mundo político naquela época.
O festival
Festival que celebra o aniversário do
Centro Dragão de Arte e Cultura e a força crescente da produção artística
cearense, a Maloca Dragão chega à quinta edição em 2018. Realizado de 24 a 29 de abril, o festival
já tem as seguintes atrações brasileiras convidadas confirmadas: Letrux, Rincon
Sapiência, Richie Ramone, Francisco, El Hombre, na música; e também o Teatro
Máquina, com o espetáculo “Nossos Mortos”, e a Companhia Formosura, com a peça
“Frei Tito: Vida, Paixão e Morte”.
Neste ano, o tema da Maloca será “As
barricadas abriram caminho: os 50 anos de maio de 68” , a partir do qual será
feita uma profunda reflexão das revoltas de maio de 1968, no Brasil. Shows,
espetáculos, debates e uma mostra de cinema darão conta de analisar o impacto
desse momento histórico e o que ele significa para os dias de hoje. A Maloca
2018 homenageia ainda o artista cearense Sérvulo Esmeraldo, com exposição no
Museu de Arte Contemporânea do Ceará, e um percurso especial pelas obras em
exposição na cidade.
SERVIÇO:
Maloca Dragão 2018
Quando: de 24 a 29 de abril de 2018
Onde: Centro Dragão do Mar de
Arte e Cultura e Praia de Iracema
Acesso gratuito
Mais informações:
www.malocadragao.org.br
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