Em 1993, formei-me em
Administração na Universidade Federal do Ceará (UFC). Na saída da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade (Feac), um amigo meu apresentou-me um
livro intitulado “Reengenharia”, de Michael Hammer e James Champy. O que mais
me intrigou nesse livro foi uma frase em sua capa: “Esqueça o que você sabe
como as empresas devem funcionar. Quase tudo está errado”. Sobreveio um
sentimento desolador de que tudo que eu havia sido instruído nos meus cinco
anos de faculdade não valiam absolutamente nada.
Sem demora, depois daquela
síntese provocativa, retomei o meu entusiasmo e iniciei a minha carreira
profissional formado. No início, não havia bons empregos, não havia indicação,
não havia grandes oportunidades. Era somente aquele ex-acadêmico com um diploma
na mão e os conhecimentos adquiridos no ambiente universitário e os poucos
estágios que eu havia participado.
Ouvi muito na minha trajetória
profissional falações que na faculdade a gente não aprende nada. Ano passado,
assistindo um vídeo no YouTube de uma profissional coaching, escutei a mesma
afirmação e assim tirei algumas conclusões desses meus 27 anos de
administrador, consultor e professor.
Primeiro, muito do que eu
aprendi na faculdade foi a base para o meu conhecimento técnico hoje, porque o
bom conhecimento profissional universitário não é um receituário de processos
ou manuais que se aprende na sala de aula e se aplica diretamente na empresa em
que você trabalha. Ele lhe permite construir conhecimento, estendê-lo,
adaptá-lo a partir de um fundamento, de uma base que leva para novos patamares
de soluções criativas e efetivas, e isso torna aquele ou qualquer jovem
estudante em um especialista na sua área.
Oportunidades de emprego ou
trabalho devem ser buscadas utilizando inúmeras estratégias. Se estamos fazendo
o que todo mundo faz, igualamo-nos à maioria que está desempregada ou que não
consegue um bom emprego porque está inapto. Apostar nossas fichas em políticas
públicas eficazes de emprego revelou-se historicamente o caminho mais
improvável de construção de uma carreira profissional. Temos que tomar uma
atitude mais enfática na busca por uma colocação no mercado de trabalho e, se
todas as portas aparentemente se fecharem, empreenda, monte o seu negócio,
entre na economia criativa, crie uma startup. Em suma, não se entregue.
E por último, não frequente
uma faculdade com a intenção de futuramente ganhar mais dinheiro. Assuma a
postura de se tornar um grande profissional. Então, você será bem remunerado e
sempre haverá alguém ou um grupo que reconhecerá a sua competência. Invista nas
boas parcerias.
E quando eu me formar? Já me
formei como muitos. Não dependo de governo ou de somente uma organização para
garantir o meu integral sustento, como poucos, infelizmente. Uma dessas razões
que me levou aonde eu estou é que eu me formei e o conhecimento adquirido na
ambiência acadêmica, que não foi em vão, aprendi a utilizá-lo até hoje.
Prof. Me. Marcelo
Coutinho de Almeida
Professor do Curso
de Logística da UniAteneu
Mestre em
Administração
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