Muitas pesquisas relacionadas
ao novo coronavírus estão em andamento. Vários estudos a partir da análise de
casos notificados em todo o mundo apontam para a relação da idade avançada e da
pré-existência de doenças crônicas com os casos mais graves do novo
coronavírus. É o caso do diabetes e da obesidade, que constam como fatores de
risco para o desenvolvimento de doença mais severa, que requer hospitalização e
admissão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) .
O primeiro caso de morte no
Brasil causado pelo Covid-19, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de
São Paulo, é um paciente de 62 anos, diabético e hipertenso. No Ceará, conforme
boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), a
primeira vítima fatal é um paciente de 72 anos, também diabético.
Segundo a endocrinologista,
Ana Flávia Torquato, os diabéticos, assim como os obesos, estão no grupo de risco
de desenvolver quadros mais severos da Covid-19. Isso não significa que eles
estão mais propensos a pegar a doença, mas que uma vez infectados, têm maior
probabilidade de desenvolver complicações mais sérias, necessitar de UTI, e até
vir a falecer. “O Diabetes altera a resposta imune do indivíduo. Os dados mais
recentes divulgados pelo Ministério da Saúde no Brasil mostraram que 36% das
pessoas que foram a óbito até o momento no país tinham diabetes, reforçando a
importância do diabetes como fator de risco para quadros mais sérios.”
No Reino Unido, o Centro
Nacional de Pesquisa e Auditoria em Terapia Intensiva está desenvolvendo um
estudo sobre a relação entre a obesidade e os casos graves da doença provocada
pelo coronavírus.
De acordo com o estudo que analisa
as vítimas internadas em unidades de terapia intensiva, sete em cada dez
pacientes são obesos ou tem sobrepeso. É bem reconhecido que pessoas com
excesso de peso frequentemente apresentam hipertensão, diabetes, problemas de
saúde que estão associados a um risco maior de desenvolver quadros mais graves
da Covid 19. Além disso, os obesos podem ter problemas respiratórios como
apnéia do sono, asma, e um quadro de hipoventilação pulmonar.
Ana Flávia ainda alerta para
os cuidados redobrados com os diabéticos: “Quem tem diabetes deve ficar em casa, pois evitar o contato com
outras pessoas é a única maneira efetiva de prevenir a doença! Além disso, é
importante a pessoa checar as glicemias e tomar as medicações regularmente para
tentar manter a glicemia controlada; em caso de dúvidas, ou de descontrole da
doença, o ideal seria entrar em contato com o médico que acompanha o diabetes”.
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