A escolha do material adequado
para a execução de um projeto de ambientação de interiores faz a diferença
entre os projetos de qualidade destacada e os projetos medianos. A escolha da
madeira correta para um projeto de marcenaria é fundamental, pois também vem a
definir o projeto em relação à qualidade construtiva, funcional e estética.
Tanto para garantir a durabilidade do móvel quando para atender as expectativas
do cliente, essa questão exige atenção especial. Por isso, é importante
conhecer as características tanto do MDF quanto da madeira maciça. Descubra se
a madeira maciça é o melhor material para o seu projeto, ou o MDF.
A madeira maciça é um produto
natural. No Brasil, são cerca de 12 mil espécies diferentes. Cada tipo
apresenta características diferenciadoras, tanto no que diz respeito à cor
quanto à densidade. Como, por exemplo, a madeira denominada Cumaru, uma das
madeiras maciças mais conhecidas no país. Dependendo do lugar em que é
cultivada, ela pode apresentar diferença em relação a uma outra árvore da mesma
espécie, que tenha nascido e crescido em outro lugar. Com a madeira maciça, é
possível ter essa diversidade fazendo com que a mesma madeira tenha características
distintas em outra localidade.
Por sua vez, o MDF é feito com
madeira reconstituída mediante prensagem contínua da fibra ou de partículas de
madeira. O MDF é amplamente utilizado na indústria moveleira e nas marcenarias.
Isso porque possui grande maleabilidade, o que garante ótima condição para
corte, entalhes ou acabamentos como cantos arredondados para a aplicação de
pintura. No MDF, cabe salientar, ainda, que a madeira é triturada, se
transformando em uma espécie de massa. Depois, o material é colocado em uma
prensa. De lá, a madeira sai estabilizada.
Como é possível observar, as
duas madeiras (de lei – natural e MDF – artificial), têm perfis diferentes e
aplicações diversas. Hoje, boa parte da indústria de planejados utiliza o MDF.
Isso porque é um tipo de madeira mais básica, que não apresenta muitas
variações. Com essa madeira, um guarda-roupa, por exemplo, terá um custo mais
reduzido do que o de um armário de madeira maciça. Nesse sentido, é importante
saber que o MDF exige técnicas mais simples do que a madeira maciça, que
demanda uma técnica mais rebuscada, pois passa por um processo de secagem que o
torna mais caro.
Vale destacar, também, que em
alguns projetos é possível mesclar as duas madeiras. Isso pode ser feito em uma
mesa, por exemplo, diferenciando as aplicações. Enquanto a maciça ocupa a parte
estrutural, o MDF vai para o tampo. Isso gera maior sustentação, mas com um
tampo mais leve. Além dos atributos que vimos anteriormente, o MDF vem mais
processado e apresenta menos chance de empenar. Por outro lado, tem menor
resistência à água do que a madeira maciça. Além disso, pode apresentar
problemas em locais úmidos, o que deve ser levado em conta na produção do
móvel. A madeira maciça sai na frente nessa questão, com resistência garantida
pelas fibras ao longo de toda a prancha.
E ante o exposto, encerramos
com duas perguntas: madeira ou MDF? Como você define essa escolha em seus
projetos? Deixo essas questões para a criatividade e engenho dos designers de
interiores. Boa sorte!
Prof. Dr. Frederico Augusto
Nunes
Coordenador do Curso de Design
de Interiores da UniAteneu
Doutor em Planejamento Urbano
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Interiores da UniAteneu. Acesse: http://uniateneu.edu.br/
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