De acordo com Aristóteles,
filósofo grego de notório destaque, “a educação tem raízes amargas, mas os seus
frutos são doces”. Essa premissa atemporal tem relação direta com o cenário de
incertezas que o Brasil vivencia em meio a uma pandemia causada pelo vírus
Covid-19, onde professores e alunos, em prol de uma educação de qualidade, vêm
unindo esforços para se adaptar ao novo Ensino Remoto Emergencial, já que os
mesmos estão proibidos pelo Ministério da Educação e as secretariais estaduais
de Educação de frequentarem, de forma presencial, instituições de ensino
fundamental e superior.
No entanto, muitos têm sido os
empecilhos ao pleno desenvolvimento da educação durante esse período atípico
devido à imprevisibilidade dessa situação, necessitando de esforços conjuntos
de profissionais que trabalham em ambientes de ensino e dos alunos das
instituições. Nesse contexto, com a disseminação do vírus, que se iniciou como
uma epidemia na China, para o restante do mundo, o País adotou o Ensino Remoto
Emergencial como uma medida provisória devido a essa circunstância de crise com
o intuito de amenizar os impactos na aprendizagem dos estudantes. Assim, professores,
coordenadores e outros profissionais que atuam na área da educação tiveram que
adaptar, o mais rápido possível, o currículo, as aulas e as atividades que
seriam realizadas presencialmente para ambientes virtuais.
Entretanto, por essa situação
ser totalmente inesperada, não houve tempo para o planejamento das aulas no
meio remoto, onde etapas importantes para que essa adaptação fosse bem-sucedida
não foram realizadas como, por exemplo, a capacitação de professores e a
preparação de uma infraestrutura tecnológica. Além disso, instituições privadas
e estaduais tiveram que adotar medidas urgentes para garantir a acessibilidade
de estudantes que não possuíam acesso à Internet. Então, não é à toa que a
palavra “emergencial” é utilizada para caracterizar esse tipo de ensino.
Apesar de todas as
dificuldades, nunca houve tanta inovação e criatividade por parte dos
professores para repassar conhecimentos. Esses profissionais aprenderam a
utilizar plataformas digitais que, para muitos deles, eram desconhecidas, reinventaram-se
na forma de ministrar suas aulas e promoveram, em diversos casos, atividades
inovadoras para seus alunos. Sendo assim, docentes estão tentando reconstruir
no mundo virtual a estrutura que os alunos possuíam dentro de um centro
acadêmico. Ademais, é inegável que a pandemia possibilitou a aceleração da
integração da tecnologia com a educação, algo que já vinha sendo discutido e
estava em curso, embora de forma muito mais lenta. Essa situação pode fazer com
que o ensino híbrido ganhe mais espaço na educação brasileira, de forma a
permitir a flexibilidade e a personalização do estudo.
Portanto, apesar dessa
situação poder ser considerada por muitos “as raízes amargas” as quais
Aristóteles se referiu em sua famosa frase, com esforços conjuntos e dedicação
de profissionais e alunos, a educação por meio de Ensino Remoto durante esse
período de incertezas parece caminhar para bons resultados.
Profa. Dra. Maria
Estela Giro
Docente do Curso de
Marketing da UniAteneu
Doutora em
Biotecnologia e mestra e graduada em Engenharia Química
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