Neste ano, o mercado de negócios
do festival trará 34 convidados entre contratantes, jornalistas, empresários,
curadores de festivais e de centros culturais do Estado, nacionais e
internacionais que receberão artistas cearenses em speed meetings, de 28 a 30 de abril
Ana Garcia
Antonio do Amaral Rocha
Jordana Phokompe
Com mais de 130 atrações em diversas
linguagens artísticas e o envolvimento de mil profissionais do mercado
cultural, a Maloca Dragão chega à quarta edição como o mais importante momento
da arte e da cultura cearense. Essa relevância tem se consolidado a cada ano
não só porque o festival reúne a mais recente e expressiva produção artística
do Estado, mas também por impulsionar, numa iniciativa única, a circulação dos
artistas cearenses em outros palcos. Verdadeiro mercado de negócios da cultura,
o Conexões Maloca apresenta, neste ano, 34 grandes realizadores desse campo,
dispostos a conhecer e fazer circular a arte do Ceará.
"A
Maloca tem o objetivo de apresentar os bens simbólicos cearenses para o Brasil
e para o mundo. O Conexões Maloca realiza um intercâmbio de experiências e
contribui para a circulação das produções locais no âmbito nacional e agora
também internacional", explica o presidente do Instituto Dragão do Mar,
Paulo Linhares. Hoje na terceira edição, o Conexões traz, pela primeira vez,
nomes internacionais para o contato com a arte cearense: Jordana Phokompe,
curadora do centro cultural novaiorquino Lincoln Center; Elodie da Silva, de
Cabo Verde, responsável pelo selo Ame CV e Kriol Jazz; e Luís Viegas, da
produtora Ao Sul do Mundo, de Portugal.
Além de desbravarem o panorama
artístico do Ceará, assistindo aos shows e espetáculos do festival, os
convidados receberão os artistas em speed meetings, de sexta (28) a domingo
(30). Nesse processo, cada artista terá três minutos para apresentar seu
trabalho, individualmente. A sistemática difere do ano passado, quando eram
feitas palestras e conversas mais informais. "Pensamos que se cada artista
puder apresentar seu trabalho para todos os profissionais, poderíamos ter
resultados mais assertivos, uma vez que aquele projeto não precisa ser unânime.
Afinal, o que serve para o Festival de Manaus pode não funcionar no Festival de
Cabo Verde", afirma Priscila Melo, uma das curadores do Conexões.
Entre contratantes, jornalistas, empresários,
curadores de festivais e de centros culturais, foram convidados os seguintes
nomes nacionais: Alexandre Osiecki (Psicodália/SC), Fernando Zugno (Poa em
Cena/RS), Marta Carvalho (Satélite/DF), Alexandre Rossi (Circo Voador/RJ),
Antonio Gutierrez (Rec Beat/PE), Jomardo Jomas (Mada/RN), Ana Garcia (Coquetel
Molotov/PE), Luciana Simões (BR 135/MA), Marcelo Damaso (Se Rasgum/PA),
Anderson Foca (Dosol/RN), Fabiana Batistela (SIM - Semana Internacional da
Música/SP), Paula Rocha (Arueira Expressões Brasileiras), Paulo Mattos (Sesc
RJ), Arnaldo Siqueira (Festival Cumplicidades/PE), Pedro Antunes(Estado de São
Paulo), Antonio Amaral (Rolling Stone), Renata Simões (Free Lancer), Pedro
França (O Globo) e Diego Santos (Fundarpe).
Os realizadores convidados para fazer
circular os artistas pelo Estado são: Rafael Bandeira (Ponto CE), Amaudson
Ximenes (Forcaos), Ivan Ferraro (Feira da Música), Marú (Jazz & Blues),
Paulo Victor (Festival Acordes do Amanhã / Conexões Latinas - Plataforma de
Internacionalização da Música), João Carlos (Arte Produções), Maurílio
Fernandes (Empire Records), Betinho (D.E), Liége Xavier (Free Lancer), Ruby
(Nativa), Rachel Gadelha (Equipamento Secult) e André Marinho (BNB).
Os speed meetings com os convidados do
Estado serão realizados hoje (28), das 15h às 17h, na Escola Porto Iracema das
Artes. Os nomes nacionais e internacionais vão receber os artistas cearenses no
sábado (29) e domingo (30), no Auditório do Dragão.
Experiência anterior
Priscila
afirma que, nas últimas edições do Conexões, os resultados foram consideráveis.
O punk do Jonnata Doll e os Garotos Solventes, por exemplo, foi levado ao
Festival RecBeat, no carnaval do Recife (PE), para um público de 30 mil
pessoas. Já a banda Verónica Decide
Morrer e o Coletivo Artístico As Travestidas fizeram apresentações no Sesc
Pompeia, em São Paulo. Outra experiência positiva tiveram os meninos dos
Selvagens à Procura da Lei, que, além de show no Sesc Pompeia, foram destaque
na revista Rolling Stones, em matéria do jornalista Antônio Amaral, convidado
do Conexões.
O presidente do Instituto Dragão do Mar
aposta numa articulação que gere cada vez mais resultado à medida em que o
festival se consolida pelo Brasil através dos
realizadores convidados. "Ainda que não haja uma contratação
firmada, esse contato é importante para que o artista tome conhecimento de
questões estratégicas do mercado cultural. Por outro lado, o realizador sai
daqui impressionado com a força cultural do Ceará, um estado fora do eixo Rio-São
Paulo. Então, todo mundo sai ganhando".
SERVIÇO
Conexões Maloca 2017
Quando: de 28 a 30 de abril
Onde: na Escola Porto Iracema das
Artes e Auditório do Dragão do Mar
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