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quinta-feira, 23 de abril de 2020

ARTIGO] Multirresistência Microbiana e novas possibilidades terapêuticas


 
A resistência bacteriana aos antimicrobianos é um problema crescente em todo mundo, pois tem aumentado os índices de infecções por bactérias consideradas como multirresistentes, apresentando uma maior taxa de mortalidade. Essas bactérias possuem resistência a um ou mais agentes antimicrobianos, de no mínimo três diferentes classes de antibióticos (NO et al., 2017).

O aumento na resistência por bactérias gram-negativas e gram-positivas representa uma grande preocupação, já que estas infecções são caracterizadas por altas taxas de mortalidade em ambiente hospitalar (BASSETI; RIGHI, 2015). Um grupo de micro-organismos se destaca, representados pelo acrônimo Eskape: Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumanii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter sp (BOUCHER et al., 2009; COOPER e SHALES, 2011; SANTOS CASTRO, 2013).

Dentro deste contexto, as infecções por Staphylococcus aureus merecem destaque, por consistirem em uma importante causa de infecções sistêmicas, sendo o micro-organismo que apresenta maior taxa de morbidade e mortalidade em infecções hospitalares (SMITH et al., 2009; SANTOS CASTRO, 2013).

A maioria das infecções provocadas por estafilococos é decorrente da sua transferência das bactérias da microbiota normal de um indivíduo infectado, porém, assintomático a um indivíduo sensível (MADIGAN et al., 2016). Dentro desse contexto, surge a necessidade urgente de novos medicamentos para tratar infecções resistentes. Hoje sabemos que não há muitos projetos do setor farmacêutico para pesquisa de novos antimicrobianos (IDSA, 2004), principalmente, porque o desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos é um processo complexo que exige anos de pesquisas e altos custos (BAIDEN et al., 2010; QUEIROZ et al., 2012).

Assim, surge um novo modelo denominado Inovação Sustentável. O respectivo termo pode ser explicado a partir de duas abordagens principais: prová-lo ou perdê-lo (ou seja, buscar áreas e estratégias terapêuticas para demonstrar como os resultados podem ser melhorados) e fazer mais com menos (ou seja, aumentar a eficiência operacional). A partir destes pontos de vista, empregar um novo olhar para fármacos de outras classes terapêuticas com o intuito de utilizá-los como antimicrobianos se concretiza numa forma de obtenção de uma nova utilização de um fármaco já conhecido na literatura de uma maneira sustentável.

A atividade antimicrobiana de psicotrópicos, por exemplo, foi descrita pela vez em 1959. Desde então, vários agentes “não antimicrobianos”, incluindo os inibidores seletivos da recaptação de serotina (ISRS), têm sido testados contra bactérias grampositivas, incluindo S. aureus.


Prof. Me. Maria Aparecida Alexandre Josino
Professora do Curso de Farmácia da UniAteneu
Mestra em Microbiologia Médica

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