Enquanto as atenções estão
voltadas para o combate à Covid-19, outras doenças infectocontagiosas
permanecem se espalhando e preocupando profissionais da área da saúde. O sarampo, doença altamente
contagiosa, é uma delas. Em 24 países houve suspensão da vacinação contra o
sarampo e em outros 13 os programas de vacinação foram interrompidos.
De acordo com a Iniciativa
contra o Sarampo e a Rubéola (M&RI), a suspensão das atividades programadas
de imunização podem prejudicar, em todo o mundo, cerca de 117 milhões de
crianças. A médica pediatra Vanuza Chagas alerta para a importância dos
programas de vacinação a nível mundial, diante de uma pandemia para a qual não
tem imunização.
“O Sistema de Saúde já está
superlotado com pacientes infectados pelo coronavírus. É extremamente
importante prevenir as doenças para as quais existem vacinas para não
sobrecarregar ainda mais as unidades. É uma preocupação de todos os órgãos a
nível mundial que esta vacinação seja mantida e seja mantida de uma forma
segura. Os calendários de vacinação tem que ser cumpridos, a interrupção pode
ser desastrosa”, destacou Vanuza Chagas.
A médica destaca que em 2019 o
sarampo voltou a causar vítimas no Brasil, e o vírus permanece circulando. “Já
existem manifestações a nível mundial preocupados para não interromper a
vacinação contra o sarampo. Os pacientes mais vulneráveis são menores de um ano
e podem ter consequências severas. O sarampo é uma preocupação grande, assim
como a febre amarela e as doenças meningocócicas que continuam circulando no
nosso país”, alertou a pediatra.
Conforme o Ministério da
Saúde, o vírus do sarampo pode ser transmitido a partir de secreções nasais ou
de gargantas infectadas que costumam sair através de tosse, fala ou espirro. Os
sintomas desta doença incluem febre, tosse, conjuntivite e coriza. Três a cinco
após após ser infectado, o paciente pode apresentar manchas vermelhas no rosto que
tendem a se espalhar pelo corpo.
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