Após a realização de 6 oficinas
na Regional VI o grupo realizará culminância com roda de conversa, exposição
fotográfica e exibição de vídeo documentário
O projeto teve início em janeiro
com a realização de oficinas de confecção de bonecas em localidades da Regional
VI. Receberam oficinas o Cuca Jangurussu, CITS – Jangurussu e o Ilê Axé Omo
Tif’é que receberá também a culminância do projeto. Com roda de conversa sobre
“Memória a partir da Cosmovisão Africana” e exposição de bonecas, fotografias e
vídeo documentário realizados durante o processo, a culminância acontecerá no
próximo dia 5, a
partir das 18h, no Ilê Axé Omo Tif’é.
A iniciativa foi contemplada no
edital de Protagonismo Juvenil nº 03/2016 “Cultura” da Coordenadoria de
Juventude de Fortaleza e é idealizado por Wendel Veneroso e Vitória Mota,
estudantes da licenciatura em Teatro do IFCE. A realização é do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Prefeitura Municipal de Fortaleza. A
produção é do Comboio Griô, grupo que atua na pesquisa das relações
contemporâneas a partir dos ritos e mitos ancestrais. O grupo registrou em
fotografia e vídeo o processo das oficinas e o resultado será exposto no dia
05.
A roda de conversa será mediada
por Leno Farias, presidente da Associação Afro Brasileira de Cultura Alagba,
George Carvalho, do Ilê Ase Omo Tif’é e Lourdes Macena, Doutora em Artes e
diretora do Miraira - Laboratório de Práticas Culturais Tradicionais, IFCE.
Abayomi significa “presente ou encontro precioso”. No dia 05 a culminância será
encerrada durante o Xirê do Ilê Axé Omo Tif’é. Todos numa grande roda a
celebrar esse encontro precioso. A iniciativa proporciona uma imersão no universo
de cada um. “Abayomi de Todos Nós” se pauta no resgate da memória coletiva e
promove os saberes acerca das histórias da comunidade negra das localidades por
onde passa.
Sobre o projeto: As bonecas
Abayomi foram criadas para as crianças, jovens, adultos na época da escravidão,
durante as viagens a bordo dos tumbeiros – navios de pequeno porte que
realizavam o transporte de escravos entre África e Brasil. As mulheres negras
as confeccionavam a partir dos tecidos da barra de suas saias, único pano encontrado
nos navios negreiros, trazendo alegria para todos e tornando um símbolo de
resistência. Até hoje carrega, dentre seus significados, a mística de ser um
amuleto poderoso de proteção.
A construção da Abayomi com seus
retalhos, tranças e nós, se dá em oficinas, redes de experimentação construída
entre as mais diferentes gerações, desde a disposição dos materiais no espaço,
da escolha das tiras de pano, da atenção na criação de cada peça. É um processo
artesanal-pessoal, onde busca-se tecer uma rede de afetos, através das
histórias africanas e seu imediato poder simbólico. Um mecanismo que instiga a
criação através da materialização de cada Abayomi, seu relicário de memórias.
SERVIÇO:
Projeto Abayomi de Todos Nós
Culminância
Ilê Axé Omo Tif'é: 05/04 –
horário 18h
Rua Fco Lima e Silva, nº 115,
Jangurussu
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