Exercícios de alta intensidade
são a última tendência em fitness. Mas o que isto realmente significa?
Trabalhar até o ponto de fadiga máxima ou até vomitar? Chegar a passar mal
durante a prática por alcançar um estado de hipoglicemia e outros efeitos fisiológicos?
Ou algo um pouco menos intenso, mas difícil o suficiente para que você nem
possa falar?
Um dos elementos mais
importantes na prescrição do exercício é a intensidade do seu treino. Por isso,
é importante acertar. Embora a maioria das diretrizes recomende exercícios de
intensidade moderada na maioria dos dias da semana, trabalhar em alta
intensidade pode ajudá-lo a queimar mais calorias, economizar tempo com
exercícios mais curtos e aumentar seu nível de condicionamento físico.
Entretanto, é preciso ter cuidado para evitar os exageros deste nível de
atividade.
As diretrizes de atividade
física de 2019 sugerem fazer cinco dias de exercícios de intensidade moderada a
cada semana ou exercícios vigorosos, de alta intensidade por cerca de 20
minutos três dias por semana. Mas o quanto você faz é baseado no seu nível de
aptidão e objetivos. É bom trabalhar em vários níveis de intensidade para
explorar diferentes sistemas de energia e trabalhar seu corpo de maneiras
diferentes.
Excesso de exercícios de alta
intensidade pode levar a um excesso de lesões por provocar uma queda na
eficácia do sistema imunológico. Foi isso que divulgou a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em 2016 em artigo intitulado
“Exercício físico intenso destrói células do sistema imunológico”. Neste
estudo, os pesquisadores descobriram que o exercício físico intenso pode
acelerar o processo de apoptose (morte) celular dos neutrófilos. Este processo
precisa ser ordenado para manter o equilíbrio fisiológico. Entretanto, parece
que o exercício intenso dispara a apoptose antes da hora.
Na pesquisa realizada em
triatletas, os dados demonstraram que houve morte precoce das células do
sistema imunológico (neutrófilos), tornando o organismo mais suscetível às
infecções. Segundo a professora Tania Curi, da Universidade Cruzeiro do Sul, a
intensificação da lipólise pode estar associada à apoptose precoce dos
neutrófilos, fazendo com que o corpo “queime” mais gordura promovendo uma
melhor definição muscular, mas trazendo como consequência a maior
suscetibilidade do organismo às lesões.
Nunca houve um advento de
tantas lesões em praticantes de exercícios regulares como agora, devido à
exposição exagerada de rotinas de alta intensidade. Portanto, é preciso
entender o momento em que estas atividades devem entrar em sua prática de
exercícios. Um iniciante deve ter seu corpo preparado para receber tal estímulo
e somente a partir desta preparação, começar a se submeter a estes níveis de
trabalhos mais intensos e compreender que mais importante que a estética é a
saúde.
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Prof. Adenilson
Pereira Escóssio
Professor do Curso
de Fisioterapia da UniAteneu
Graduado em Educação
Física, especialista em Fisiologia do Exercício e mestrando em Motricidade
Humana
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