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quinta-feira, 19 de março de 2020

ARTIGO DE OPINIÃO] Imunonutrição e Covid-19 (Coronavírus): como a Nutrição pode auxiliar na melhora da imunidade?


Profª. Isabela Pinheiro

Nos últimos meses, está constante nos veículos de comunicação a epidemia de um novo Coronavírus (Covid-19) com características semelhantes à gripe, o qual está sendo de rápida transmissão, podendo vir a se tornar uma pandemia, espalhando-se mundialmente. Por se tratar de um vírus com mutações e particularidades, ainda não se tem um tratamento ou vacina específico para a doença. Portanto, no momento, a busca por soluções alternativas para evitar a sua disseminação e a melhora da resposta imunológica dos indivíduos acaba sendo uma opção viável (ZHANG; LIU, 2020).

O sistema imunológico do organismo humano funciona com o intuito de proteger o hospedeiro contra infecções advindas de microrganismos patogênicos, além de outros agentes causadores de doenças. Para mantê-lo saudável e apto a exercer suas funções, no combate a agentes externos, é de fundamental importância que o indivíduo esteja com um bom aporte nutricional, uma vez que os nutrientes irão auxiliar numa melhor resposta imune (WHU et al., 2019).

Dentre os nutrientes envolvidos numa redução de sintomas virais, melhor resposta imune ao meio externo, maturação de células do sistema imunológico e resposta antioxidante aos ataques de vírus às células, trata-se das vitaminas A, C, do complexo B, D e E. A vitamina A encontrada nos vegetais de coloração amarelada, alaranjada, vermelho e verdes-escuros, como laranja, cenoura, mamão, tomate, jerimum, manga, couve manteiga, brócolis, batata-doce dentre outros; o ácido ascórbico (vitamina C) disponível no kiwi, goiaba, brócolis, frutas cítricas (abacaxi, acerola, laranja, limão, tangerina, morango...), frutas vermelhas (morango, amora, framboesa...) etc.

Vitaminas do complexo B podendo ser encontradas em carnes (fígado), leites, ovos, legumes, verduras (brócolis), cereais integrais, leguminosas (ervilhas e amendoim), algumas oleaginosas (castanhas e nozes) e abacate. A vitamina D além de ser ativada pela exposição à luz solar, alguns alimentos são fontes dessa vitamina, como carnes, peixes, frutos do mar (salmão, sardinha e mariscos), ovo, leite, fígado e queijos; e a vitamina E encontrada no trigo, carnes, ovos (gema), óleos vegetais, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), sementes de girassol, gergelim, linhaça etc. (ZHANG; LIU, 2020; WHU et al., 2019).

Os ácidos graxos poli-insaturados, como o ômega 3 (salmão, sardinha, atum, linhaça e chia), estão relacionados com uma melhor resposta imune e proteção contra inflamação. Alguns minerais como o zinco (chocolate amargo, frutos do mar, castanhas, gema de ovo...), o selênio (castanhas) e o ferro (carnes vermelhas, leguminosas...), atuam na manutenção das células imune, como agentes antioxidantes evitando possíveis mutações virais, e, em quantidades adequadas, evitam quadros infecciosos, promovendo um equilíbrio orgânico contra infecções virais (ZHANG; LIU, 2020; WHU et al., 2019).

Por fim, os probióticos (microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde) encontrados em suplementos prontos, manipulados, iogurtes e leites fermentados, aliados aos prebióticos (partes dos alimentos que não são digeríveis e servem como substrato energético para os probióticos) presentes em  frutas e verduras (fibras) mostram-se importantes para o equilíbrio intestinal, com repercussão positiva no controle da entrada de patógenos, bem como sua instalação no hospedeiro, o que desencadearia respostas inflamatórias, como as observadas nas infecções virais (WHU et al., 2019; CELIBERTO et al., 2018).

Procure sempre ajuda médica em casos de apresentar sintomas, alie sua alimentação com uma boa hidratação [procure a ajuda de um (a) nutricionista para individualizar seu plano alimentar)] e práticas de higiene, apresentadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, como: lavar as mãos frequentemente, proteger nariz e boca ao tossir e espirrar, evitar contato próximo com pessoas doentes, não compartilhar objetos pessoais, ficar em casa quando estiver doente, evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, dentre outras que auxiliarão na redução da propagação e infecção pelo vírus Covid-19.

Profª. Isabela Pinheiro
Professora do Curso de Nutrição da UniAteneu
Nutricionista e pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva e em Nutrição Clínica e Fitoterapia Aplicada.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ZHANG, L.; LIU, Y. Potential interventions for novel coronavirus in China: A systematic review. J Med Virol, p. 1–12, 2020.

WU, D. et al. Nutritional modulation of immune function: analysis of evidence, mechanisms, and clinical relevance. Front Immunol, v. 9, n. 3160, 2019.

CELIBERTO, L.S. et al. Inflammatory bowel disease and immunonutrition: novel therapeutic approaches through modulation of diet and the gut microbiome. Immunology, v. 155, n. 1, p. 36-52, 2018.
  

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