Julho se inicia e com ele vem
a campanha para conscientizar sobre o câncer de cabeça e pescoço. Conforme a
Organização Mundial de Saúde (OMS), tumores na cabeça e no pescoço representam
o nono tipo de câncer mais comum no mundo. São, aproximadamente, 700 mil casos
no mundo a cada ano. No início, a doença pode ser confundida com outras
enfermidades, até mesmo com a gripe. A falta de informação atrelada à demora no
diagnóstico são questões que preocupam os especialistas.
O médico cirurgião de cabeça e
pescoço Bomfim Júnior, membro do Grupo OTO, destaca que o fator de risco mais
reconhecido e relacionado a este câncer é o tabagismo. Segundo ele, o tabagismo
em suas diversas formas, seja no cigarro tradicional, charuto, narguilé, mascar
fumo, aumenta o risco no aparecimento deste tipo de câncer, porque o tabaco tem
substâncias na sua composição capazes de promover alteração celular a níveis de
DNA, irreversíveis, quando ocorrem.
“Entre outros fatores de
risco, o álcool, sozinho, não é relacionado ao câncer de cabeça e pescoço,
porém, quando relacionado ao tabagismo, ele pode levar a uma piora na agressão.
É importante evitar estes hábitos de fumar e beber, porque eles podem aumentar
em 25 vezes o risco de dano celular. Existe também a contaminação pelo vírus
HPV, ele pode causar câncer de garganta, ainda mesmo em pacientes mais jovens,
que não têm hábito do tabagismo e etilismo”, conforme Bomfim Júnior.
O médico chama atenção para os
sinais e sintomas mais frequentes da doença. Segundo ele, alterações na
capacidade de falar, como rouquidão frequente, dificuldade para engolir
alimentos duros, úlceras e lesões orais que não melhoram e doem são exemplos.
Além de evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas com frequência há vitaminas
que, quando ingeridas, podem estar relacionadas à proteção do câncer de cabeça
e pescoço, são elas as vitaminas A, C e D.
“Daí a importância de se
alimentar com frutas e verduras. Boa parte dos pacientes que aparecem com câncer
de cabeça e pescoço têm histórico de alimentação pobre em vegetais. Quando se
tem diagnóstico da doença é muito importante que o paciente se alimente bem,
porque ele corre risco de desnutrição, perda rápida de peso. O acompanhamento
nutricional é importante para que, inclusive, este paciente se recupere bem”,
pontuou o cirurgião.
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