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quarta-feira, 1 de julho de 2020

JULHO] COVID-19: A TROMBOSE NÃO PODE ESPERAR


É fato que a doença viral causada pelo novo coronavírus (COVID-19) acomete preferencialmente os pulmões, mas estudos recentes têm sugerido que além de causar os sintomas respiratórios já conhecidos, a infecção também está associada a um risco aumentado de complicações vasculares trombóticas, predispondo manifestações circulatórias graves, que podem culminar com a morte ou sequelas graves. A trombose se caracteriza pela formação de coágulos no interior dos vasos sanguíneos, podendo comprometer tanto a circulação arterial quanto venosa.

Segundo o médico Cirurgião Vascular Edison Andrade, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional Ceará (SBACV/CE), a infecção causada pelo novo coronavírus promove uma verdadeira tempestade inflamatória no organismo doente, aumentando a produção de substâncias que favorecem a formação de coágulos principalmente em pequenos vasos nos pulmões.

Algumas publicações atuais de estudos americanos e europeus sugeriram a ocorrência de fenômenos como trombose venosa profunda, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) e oclusão arterial aguda, em pacientes com a forma grave da síndrome respiratória aguda pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), internados em unidades de terapia intensiva (UTI).

Apesar de acontecerem com maior frequência nas formas graves da doença, a trombose também pode acometer pacientes com a forma leve, principalmente aqueles que apresentem fatores de risco.  O cirurgião alerta que os coágulos podem se formar em diferentes órgãos e se manifestar através de sintomas variados, incluindo complicações nos membros superiores ou inferiores. “É importante estar atento ao surgimento de sintomas como dor, inchaço e formigamento nas pernas ou nos braços”, ressalta o cirurgião.

A trombose venosa profunda se caracteriza pela formação de coágulos no interior das veias e geralmente se manifesta por dor e inchaço na perna. Se não tratada adequadamente, pode evoluir com complicações graves como a embolia pulmonar, situação em que ocorre a migração destes coágulos para o pulmão podendo levar à morte em determinados casos. Em alguns pacientes estes coágulos provocam a obstrução da circulação das artérias, interrompendo o fluxo de sangue e podendo culminar com a amputação dos membros inferiores, caso não diagnosticados e tratados em tempo hábil.

A divulgação de alguns destes estudos levou a uma corrida indevida de muitos pacientes às farmácias para adquirir medicamentos anticoagulantes para o tratamento e prevenção da trombose.  “É muito importante destacarmos que os pacientes não devem, em hipótese alguma, fazer uso dos medicamentos anticoagulantes sem a devida orientação e acompanhamento de um médico especialista. O uso indevido destas medicações pode levar a complicações graves como hemorragias, algumas vezes fatais”, afirmou Edison Andrade.

A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Ceará reforça a importância de um acompanhamento rigoroso destes pacientes com o médico cirurgião vascular. O aparecimento de sintomas como dor e inchaço nos membros inferiores, além de formigamento, palidez ou perda súbita da força nos pés ou nas pernas, pode significar a presença de trombose. O diagnóstico precoce, com rápida instituição do tratamento, pode evitar complicações graves como embolia pulmonar, perda do membro ou mesmo o óbito.

“Apesar da necessidade de isolamento social, algumas doenças como a trombose venosa não podem esperar. Mediante suspeita, o paciente deve procurar imediatamente um cirurgião vascular”, afirma Edison Andrade. Não somente as complicações trombóticas, mas também doenças vasculares graves como pé diabético, erisipela, aneurisma de aorta e necrose no pé devem ser avaliadas de imediato para evitar maiores complicações. 

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