De dois e dois anos, a história
se repete. No período de eleições, praticamente todos os candidatos recorrem
aos jingles para embalar suas campanhas, transformando em música as propostas,
as qualidades e a história política e de vida daqueles que ambicionam um cargo
público. Muitas se tornam verdadeiros hits, outras podem até parecer um pouco
irritantes, mas a verdade é que essas canções podem fazer toda a diferença na
hora da votação. Segundo o maestro e professor da Escola Superior de Propaganda
e Marketing (ESPM), Kleber Mazziero, 13,8% dos eleitores trocam de candidatos
por causa do jingle.
Seja na TV, no rádio, nas redes
sociais ou em carros de som, um bom jingle deve possuir uma mensagem simples,
sem excessos de informação, para que o público identifique, de maneira rápida e
eficiente, as pretensões do candidato, além de fazer com que o maior número de
pessoas memorize a letra da música. “Pode-se dizer que o jingle é a alma da
campanha, uma vez que ela é uma das responsáveis pela popularização, ou não, do
candidato”, afirma Amaro Penna, sócio, ao lado de Humberto Pinho, do Estúdio
Ararena.
Há mais de 18 anos no mercado, o
Ararena se consolidou como um dos mais qualificados estúdios do Norte e
Nordeste, referência na gravação de CDs musicais, produção para publicidade e
evento, atendendo as principais agências e anunciantes do mercado. Na época das
eleições, o movimento no estúdio chega a dobrar, justamente pela demanda de
jingles, produção de programas de rádio e comerciais, além de sonorização e
trilha para os filmes dos programas de TV. Desde a sua fundação, o Ararena já
criou aproximadamente 600 jingles para candidatos.
Apesar de partidos, ideologias e
propostas tão distintos, reforça que os jingles, independentemente do político
em questão, seguem alguns conceitos básicos em comum, como a mensagem direta,
de fácil aceitação, com melodias que despertem a atenção do ouvinte. A
diferença está justamente nas propostas de cada candidato, que são trabalhadas
de forma única e diferenciada pela equipe do Ararena. “Primeiramente, recebemos
as informações do candidato, geralmente via marqueteiro.
Fazemos a letra e a música,
apresentamos e, após aprovação, entramos em estúdio”, acrescenta Humberto
Pinto. Por isso, o empenho de todos os envolvidos, entre compositores,
arranjadores, locutores, rádio atores, redatores e repórteres, além do produtor
e coordenador, é tão importante para a qualidade final do produto.
O diferencial e,
consequentemente, a boa aceitação dos jingles se deve também pelo fator
criatividade, que sempre é levado em consideração pela equipe do Ararena. A
ideia é que a música não seja associada a uma publicidade, ou seja, que a
mensagem não apenas “venda” ou promova a imagem do político. “E é justamente
com a criatividade, tanto na letra quanto na melodia, que conseguimos transmitir
a emoção, elemento necessário para qualquer jingle”, conclui Amaro Penna.
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