Método internacional, aprovado
pela Anvisa, terá primeiros pacientes em agosto
Nesta quarta-feira, 2 de agosto,
às 8h, no hospital São Mateus, em Fortaleza, serão realizados os primeiros
procedimentos de Gastroplastia Endoscópica, uma redução de estômago sem cortes
feita por endoscopia. A Capital cearense será a primeira de todo o Nordeste a
realizar o método que será conduzido pelo Dr. Helmut Poti com supervisão do DR.
Manoel Galvão Neto, responsável por implantar a técnica no mundo.
O procedimento é realizado por um
aparelho acoplado ao endoscópio e dispensa a necessidade de cortes com duração
entre 40 e 50 minutos. É um método menos invasivo e mais rápido, quando
comparado a cirurgia bariátrica, e reduz o tempo de recuperação do paciente,
que é liberado em pouco mais de uma hora após o procedimento.
De acordo com o Poti, essa técnica
foi criada há quatro anos, porém, apenas em dezembro de 2016 houve a liberação
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O Ceará será pioneiro no
Norte-Nordeste. Atualmente apenas Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo
realizaram este procedimento no Brasil. Até o momento, o resultado com esses
primeiros pacientes foram mais que satisfatórios. Alguns deles, conseguiram
voltar ao trabalho após dois dias de realização da redução”, ressalta.
Neste método inovador o risco de
deficiência de absorção de nutrientes é quase nulo, pois é um método restritivo
que não interfere diretamente na absorção.
O procedimento tem poucas
contraindicações e pode ser realizado em pacientes a partir de 12 anos com
autorização dos pais. É mais recomendada para níveis de obesidade grau I e II
de. Os planos ainda não realizam o método que é feito de forma particular.
Obesidade
De acordo com os últimos dados
divulgados pelo Ministério da Saúde, um em cada cinco brasileiros possui
obesidade. Fortaleza ocupa o sexto maior índice nacional, tendo 56,5% da
população com sobrepeso.
Poti afirna que a obesidade é uma
doença progressiva, incurável e crônica. Sem cura, mas com controle. “É válido
lembrar que apenas a cirurgia não vai resolver a doença. É um processo
multidisciplinar, que anda de mãos dadas com uma boa alimentação e outras
indicações médicas”, declara.
O doutor ainda enfatiza que hoje,
a obesidade é uma das principais doenças do mundo, considerada até, a doença do
século. “Ela pode gerar problemas cardiovasculares, renais, hepáticos,
articulares, psicológicas, entre outros", explica o médico.
O levantamento ainda apontou que
a população obesa no Brasil passou de 11,8%, em 2006, para 18,9% em 2016. E o
excesso de peso também cresceu 26,3% no mesmo período. Em 2006, 42,6% dos
entrevistados foram considerados com excesso de peso. No ano passado, esse
índice foi de 53,8%.
A obesidade e o excesso de peso
são calculados a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) que divide o peso
pela altura ao quadrado do indivíduo. Índices iguais ou maiores que 25 são
considerados como excesso de peso e maiores de 30 kg/m2, obesidade.
Clínica Helmut Poti
Digestive Center
Av. Santos Dumont, 5753, Complexo
São Mateus, Torre Saúde – 18º andar. Aldeota. Fortaleza-CE.
85 3261.1685
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