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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Obesidade] Procedimento para reduzir o estômago sem cortes chega a Fortaleza

Método internacional, aprovado pela Anvisa, terá primeiros pacientes em agosto

Nesta quarta-feira, 2 de agosto, às 8h, no hospital São Mateus, em Fortaleza, serão realizados os primeiros procedimentos de Gastroplastia Endoscópica, uma redução de estômago sem cortes feita por endoscopia. A Capital cearense será a primeira de todo o Nordeste a realizar o método que será conduzido pelo Dr. Helmut Poti com supervisão do DR. Manoel Galvão Neto, responsável por implantar a técnica no mundo.

O procedimento é realizado por um aparelho acoplado ao endoscópio e dispensa a necessidade de cortes com duração entre 40 e 50 minutos. É um método menos invasivo e mais rápido, quando comparado a cirurgia bariátrica, e reduz o tempo de recuperação do paciente, que é liberado em pouco mais de uma hora após o procedimento.

De acordo com o Poti, essa técnica foi criada há quatro anos, porém, apenas em dezembro de 2016 houve a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O Ceará será pioneiro no Norte-Nordeste. Atualmente apenas Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo realizaram este procedimento no Brasil. Até o momento, o resultado com esses primeiros pacientes foram mais que satisfatórios. Alguns deles, conseguiram voltar ao trabalho após dois dias de realização da redução”, ressalta.

Neste método inovador o risco de deficiência de absorção de nutrientes é quase nulo, pois é um método restritivo que não interfere diretamente na absorção.

O procedimento tem poucas contraindicações e pode ser realizado em pacientes a partir de 12 anos com autorização dos pais. É mais recomendada para níveis de obesidade grau I e II de. Os planos ainda não realizam o método que é feito de forma particular.

Obesidade

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, um em cada cinco brasileiros possui obesidade. Fortaleza ocupa o sexto maior índice nacional, tendo 56,5% da população com sobrepeso.

Poti afirna que a obesidade é uma doença progressiva, incurável e crônica. Sem cura, mas com controle. “É válido lembrar que apenas a cirurgia não vai resolver a doença. É um processo multidisciplinar, que anda de mãos dadas com uma boa alimentação e outras indicações médicas”, declara.

O doutor ainda enfatiza que hoje, a obesidade é uma das principais doenças do mundo, considerada até, a doença do século. “Ela pode gerar problemas cardiovasculares, renais, hepáticos, articulares, psicológicas, entre outros", explica o médico.

O levantamento ainda apontou que a população obesa no Brasil passou de 11,8%, em 2006, para 18,9% em 2016. E o excesso de peso também cresceu 26,3% no mesmo período. Em 2006, 42,6% dos entrevistados foram considerados com excesso de peso. No ano passado, esse índice foi de 53,8%.

A obesidade e o excesso de peso são calculados a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) que divide o peso pela altura ao quadrado do indivíduo. Índices iguais ou maiores que 25 são considerados como excesso de peso e maiores de 30 kg/m2, obesidade.

Clínica Helmut Poti
Digestive Center
Av. Santos Dumont, 5753, Complexo São Mateus, Torre Saúde – 18º andar. Aldeota. Fortaleza-CE.

85 3261.1685 

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