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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Artigo] Indústria 4.0

Dr. Janguiê Diniz

Indústria 4.0 -  Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

O termo “Indústria 4.0” foi apresentado em 2013 e vem se difundindo para descrever os inúmeros processos tecnológicos que resultam na automação e na troca de dados industriais que facilitam o entendimento e a visão de uma “Fábrica Inteligente”. Este segundo termo traz a comunicação e cooperação entre sistemas e humanos, que resultam na habilidade dos programas em tomar decisões sem a intervenção humana.

Também chamado de “Quarta Revolução Industrial”, as mudanças proporcionadas por esse desenvolvimento englobam as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Com o desenvolvimento das fábricas inteligentes, é difícil mensurar os impactos que ainda estão por vir, porém, as diversas mudanças causarão grandes transformações em diversos setores do mercado.

A Indústria 4.0  já é uma realidade e foi possível graças aos avanços tecnológicos das últimas décadas. Entretanto, um dos seus principais desafios está na segurança e força dos sistemas da informação, afinal, não há como prever problemas como falhas de transmissão na comunicação entre máquinas que podem causar transtornos no andamento das produções.

Um dos maiores impactos causados pela Indústria 4.0 será o poder de afetar o mercado como um todo. Ela é a criação de um novo modelo de negócios em um mercado cada vez mais exigente, seletivo e ansioso. Se pensarmos nas consequências da tecnologia no mundo do trabalho e na sociedade, teremos um contrassenso: a tecnologia chega para promover a simplificação dos processos através das máquinas, porém, aumenta a complexidade das mesmas.

A Indústria 4.0 é uma continuidade dos processos de revolução industrial desde a primeira revolução, em 1700. Todas elas foram, também, um conjunto de políticas governamentais junto com a adoção de tecnologias. Relembrando: a segunda revolução foi com a adoção da energia elétrica e a terceira com o início da automação.

Em comparação com o século XVI, temos cada vez mais gente na indústria. Hoje, no Brasil, são entre 3 e 3,5 milhões de trabalhadores diretamente nas fábricas brasileiras, um número bastante significativo. O que muda é o perfil desse trabalhador, que precisa ser cada vez mais qualificado. Pode-se dizer que a tecnologia vem transformando radicalmente o trabalho. Ela cria oportunidades econômicas que não tínhamos imaginado antes, cria novas funções e permite trabalhos remotos e espaços de co-working.

Os impactos dessa quarta revolução industrial já são vistos nos países desenvolvidos, como Estados Unidos, França e Alemanha, onde os governos já visam aumentar e continuar a produzir tecnologia industrial para utilização dos países emergentes, como Brasil e China. E as transformações desse processo são irreversíveis, ou seja, quem quiser ter sucesso nesse novo cenário precisará se reinventar e desenvolver novas habilidades.


Para trabalhar numa indústria 4.0, os profissionais terão de desenvolver um perfil multidisciplinar. Essa competência será cada vez mais valorizada porque, com processos mais eficientes, os funcionários deverão pensar em novas formas de gerar resultados. Em um mundo cada vez mais conectado, em que há milhares de dados em circulação pelo uso dos smartphones e dos computadores, é preciso olhar para o futuro e se adaptar à evolução tecnológica. É preciso aprendizado contínuo.

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