Dr. Janguiê Diniz
Indústria 4.0 - Mestre e Doutor em Direito – Reitor da
UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau – Fundador e Presidente do
Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com
O termo “Indústria 4.0” foi apresentado em 2013 e
vem se difundindo para descrever os inúmeros processos tecnológicos que
resultam na automação e na troca de dados industriais que facilitam o
entendimento e a visão de uma “Fábrica Inteligente”. Este segundo termo traz a
comunicação e cooperação entre sistemas e humanos, que resultam na habilidade
dos programas em tomar decisões sem a intervenção humana.
Também chamado de “Quarta
Revolução Industrial”, as mudanças proporcionadas por esse desenvolvimento englobam
as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e
tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Com o
desenvolvimento das fábricas inteligentes, é difícil mensurar os impactos que
ainda estão por vir, porém, as diversas mudanças causarão grandes
transformações em diversos setores do mercado.
A Indústria 4.0 já é uma realidade e foi possível graças aos
avanços tecnológicos das últimas décadas. Entretanto, um dos seus principais
desafios está na segurança e força dos sistemas da informação, afinal, não há
como prever problemas como falhas de transmissão na comunicação entre máquinas
que podem causar transtornos no andamento das produções.
Um dos maiores impactos causados
pela Indústria 4.0 será o poder de afetar o mercado como um todo. Ela é a
criação de um novo modelo de negócios em um mercado cada vez mais exigente,
seletivo e ansioso. Se pensarmos nas consequências da tecnologia no mundo do
trabalho e na sociedade, teremos um contrassenso: a tecnologia chega para
promover a simplificação dos processos através das máquinas, porém, aumenta a
complexidade das mesmas.
A Indústria 4.0 é uma
continuidade dos processos de revolução industrial desde a primeira revolução,
em 1700. Todas elas foram, também, um conjunto de políticas governamentais
junto com a adoção de tecnologias. Relembrando: a segunda revolução foi com a
adoção da energia elétrica e a terceira com o início da automação.
Em comparação com o século XVI,
temos cada vez mais gente na indústria. Hoje, no Brasil, são entre 3 e 3,5
milhões de trabalhadores diretamente nas fábricas brasileiras, um número
bastante significativo. O que muda é o perfil desse trabalhador, que precisa
ser cada vez mais qualificado. Pode-se dizer que a tecnologia vem transformando
radicalmente o trabalho. Ela cria oportunidades econômicas que não tínhamos
imaginado antes, cria novas funções e permite trabalhos remotos e espaços de
co-working.
Os impactos dessa quarta
revolução industrial já são vistos nos países desenvolvidos, como Estados
Unidos, França e Alemanha, onde os governos já visam aumentar e continuar a
produzir tecnologia industrial para utilização dos países emergentes, como
Brasil e China. E as transformações desse processo são irreversíveis, ou seja,
quem quiser ter sucesso nesse novo cenário precisará se reinventar e
desenvolver novas habilidades.
Para trabalhar numa indústria
4.0, os profissionais terão de desenvolver um perfil multidisciplinar. Essa
competência será cada vez mais valorizada porque, com processos mais
eficientes, os funcionários deverão pensar em novas formas de gerar resultados.
Em um mundo cada vez mais conectado, em que há milhares de dados em circulação
pelo uso dos smartphones e dos computadores, é preciso olhar para o futuro e se
adaptar à evolução tecnológica. É preciso aprendizado contínuo.
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