Final de 2019. Os primeiros
casos do novo Coronavírus começaram a ser divulgados na imprensa mundial com
alguma repercussão na imprensa brasileira. A partir de março de 2020, com o
aumento exponencial do número de infectados, os sinais de alerta já estavam
apresentados e, em abril, a situação passou a ser compreendida como grave no
cenário mundial. No Brasil, medidas começaram a ser tomadas com base na
Organização das Nações Unidas (ONU). No mesmo mês, a escola brasileira era
afetada em cheio, e as ações de isolamento impactaram sobre o cotidiano da sala
de aula. A modalidade de ensino presencial, que é a expressividade da educação
formal brasileira, é atingida e lançada a um desafio: se adaptar ao cenário
onde o contato social estava passando por mudanças sensíveis.
A rapidez como o cenário se
alterava exigiu, além das recomendações médicas, mais uma adaptação frente ao
“inimigo invisível”, que limita a convivência social. Soma-se a isso a urgência
e a cobrança de pais e estudantes, além da responsabilidade das instituições
educacionais, pela continuidade da escolaridade, quer no ensino básico, quer na
graduação, além de outras instâncias específicas que formam a educação escolar.
O que se tem de conhecimento, mais próximo do cenário educacional agora presente,
é a modalidade de ensino a distância, conhecida como “EaD”, que, diga-se de
passagem, está devidamente consolidada em termos de público, metodologias e
qualidade. A pergunta que se faz, quase que intuitivamente, é: e a educação das
crianças e adolescentes? Qual a ferramenta? Qual a melhor metodologia?
O cenário estava posto, e era,
ou ainda é, desafiador. Mas, como “lutar” em um ambiente aparentemente tão
hostil? Existe um adágio popular que muito nos serve nesse momento: “Dos males,
o menor”. As gerações da Educação Básica nasceram na sociedade do computador,
das redes sociais, das ferramentas de interação, dos recursos do ambiente
atraente e desafiador da virtualidade. Já na graduação, há gerações distintas
convivendo lado a lado, convergentes para uma característica do ambiente
educacional, que é a vontade de aprender e a disponibilidade de aprender
rápido.
Considerando as dúvidas tantas
que devem ter surgido, um impasse se destaca: a escolha de para qual ferramenta
a educação se inclinaria, levando em consideração ser mais adequada, e que se
ajustasse ao momento, sem a quebra de qualidade, de confiabilidade e de escala?
Naturalmente, a “EaD”, reitero, consolidada, é o melhor “espelho”, considerando
um ambiente tão adverso ainda resistente. Apesar de tantas dúvidas surgidas no
momento para os educadores e gestores da educação, temos em mãos uma boa
herança evolutiva, que deve ser considerada, e da qual podemos lançar mão nesse
momento, que é a capacidade de adaptação.
Erros e acertos sempre
cercaram a ciência, e no atual momento ela é chamada para serenar as dúvidas e
nos proporcionar as respostas mais adequadas ao momento. Adotando ou não
metodologias da EaD ou de sua proximidade ou nela espelhada, uma dúvida se
destaca: afinal, o que fizemos aproximou ainda mais o ensinar do aprender?
Lançar mão dos “velhos” manuais da educação talvez nos dê um caminho, a
avaliação da aprendizagem, ela ainda é o melhor meio. E se valendo do sentido
da avaliação, ela nos sugere possibilidade para mudar, adaptar e sugerir. Tudo
depende de sua boa vontade, e a ciência está aí para ajudá-lo (a).
Prof. Dr. Jeimes
Mazza Correia Lima
Professor do Curso
de Pedagogia da UniAteneu
Doutor em Educação
Brasileira
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