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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Negócios] Instituto Dragão do Mar e Bienal de Dança do Ceará promovem rodada de negócios da dança no Porto Iracema das Artes

Assim como ocorreu com a música e o teatro durante a Maloca Dragão 2017, encontro entre diretores e críticos de festivais com grupos de dança cearenses quer fomentar a circulação dos artistas pelo País

A 11ª edição da Bienal Internacional de Dança do Ceará é a oportunidade para apresentação de espetáculos e formação com grandes nomes, nacionais e internacionais, que vêm para o evento. Este ano, a Bienal também inclui, pela primeira vez, uma rodada de negócios entre os grupos de dança cearenses e críticos e diretores de festivais brasileiros. É o Conexões Dança, que será realizado nesta sexta-feira (27), das 14h às 17h, no Porto Iracema das Artes. A participação é aberta a todos os artistas da dança cearenses ou residentes no Ceará.

Realizada pelo Instituto Dragão do Mar, através do Centro Dragão do Mar e Porto Iracema, em parceria com a Bienal de Dança do Ceará, a iniciativa segue o modelo bem sucedido do Conexões Maloca, que promove o encontro entre artistas da música e do teatro cearense com programadores e produtores de festivais e de centros culturais espalhados pelo Brasil. Com a terceira edição realizada, em abril deste ano, durante o festival Maloca Dragão, o Conexões agora se desdobra em Conexões Dança, durante a Bienal, reunindo nomes da crítica e da curadoria de festivais para análise de portfólios e propostas de espetáculos de coreógrafos e bailarinos do Ceará.
Foram convidados: Erivelto Viana (MA), Cássia Navas (SP), Cristina Castro (BA), Joubert Arrais (CE) e Henrique Rochelle (SP). “O objetivo é aproximar os artistas do Ceará de curadores e críticos de outras partes do País para fomentar a circulação desses grupos em festivais Brasil afora. É uma receita que vem dando certo em outras linguagens, como a música e o teatro, e tem tudo pra funcionar muito bem com a dança”, acredita a coordenadora do Programa de Dança do Porto Iracema, Cláudia Pires.
O diretor de Ação Cultural do Dragão do Mar, João Wilson Damasceno, destaca ainda a importância que um intercâmbio desses têm para o artista. “É uma oportunidade única ter à frente reconhecidos realizadores do mercado cultural. Ainda que uma parceria não seja firmada de imediato, o artista pode explorar junto dos convidados os caminhos estratégicos para alcançar seus objetivos, enquanto grupo artístico”, afirma.


SOBRE OS CONVIDADOS


Erivelto Viana
Desenvolve projetos e articulações para a dança, teatro e performance que integram o Bemdito Coletivo, formado por artistas/produtores. Desde 2008 realiza, em São Luís (MA),o Festival Conexão Dança - Selecionado no programa “Rumos Itaú Cultural Dança 2012-2014”, na carteira Formadores em Dança, e também “Rumos Itaú Cultural 2013-2014” com o projeto Conexão Espaço Habitação - Espaço para Interventores/Convidados e Artistas/Residentes. Atualmente vem apresentando os trabalhos “Sintética Idêntica ao Natural” (Prêmio FUNARTE Klauss Vianna de Dança/2012); Travesqueens (Prêmio FUNARTE Klauss Vianna de Dança/2010) em parceria com Ricardo Marinelli/PR; e BATUCADA de Marcelo Evelin/Demolition INCORPORADA e as Performances TRANSfigura#1 e TRANSfigura #2. Integra, ainda, o “Patuanú” – Núcleo de Pesquisa em Dança de Ator, coordenado por Carlos Simione | Lume Teatro UNICAMP/SP.



Henrique Rochelle
Crítico de dança, Doutor e Mestre em Artes da Cena e Bacharel em Estudos Literários pela Unicamp, com estágio doutoral na Université Paris 8. Foi produtor do Programa Dança: Encontros Notáveis, fez parte de equipe de pesquisa dos DVDs de aniversário de 45 anos do Balé da Cidade de São Paulo, e foi monitor do módulo de Formação Extensiva do PIRAPRODANÇA. Professor de História da Dança, foi pesquisador convidado a colaborar com a Enciclopédia Dança em Rede, foi secretário-geral dos Seminários Aller-Retour: Dança Brasil-França, editor assistente do ARJ - Art Research Journal, e organizador do livro “Dança, História, Ensino e Pesquisa”. É autor e editor dos sites “Da Quarta Parede” e “Criticatividade”, e membro da Comissão Dança da APCA.

Carolina Castro
Criadora e diretora do Vivadança Festival Internacional (2007), que acontece anualmente na cidade de Salvador, Bahia, em diversos espaços culturais com ações de difusão, intercâmbio e networking para a dança. Integra o colegiado de programação e gestão do Teatro Vila Velha onde dirige o programa de residências artísticas internacionais, e o projeto Pé de Feijão – arte e educação, que promove espetáculos de artes cênicas para público infanto-juvenil. Criou em 2017 o PAVIO – arte e negócios, plataforma para a difusão e comercialização de produtos gerados pelas artes cênicas de artistas baianos. Diplomada pela Universidade Federal da Bahia no curso de licenciatura em dança. Premiada pela Unesco com o Prize for the Promotion of the Arts. Fundou em 1998 a cia Viladança, assumindo a direção geral, pesquisa e criação de trabalhos coreográficos.


Joubert Arrais
Professor, dançarino e crítico de dança. Doutor em Comunicação e Semiótica (PUCSP), mestre em Dança (PPGDanca/UFBA) e bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (UFC), com formação e estágios artísticos pelo Centro Em Movimento (c.e.m / Lisboa-Portugal). Professor efetivo do Instituto Interdisciplinar em Cultura e Arte, lecionando no bacharelado em Jornalismo, da Universidade Federal do Cariri (UFCA - Juazeiro do Norte). Desenvolve, desde 2012, o projeto itinerante Crítica com a Dança, contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2011, que resultou na publicação colaborativa "Dança com a Crítica" (Fortaleza: Expressão Gráfica, 2013), com patrocínio parcial do Programa de Cultura Banco do Nordeste / BNDES 2011. Artista premiado com Bolsa Interações Estéticas - Funarte 2013 e Programa Iberescena 2012, com criações de solos autorais de dança e performance, como "Eu Danço Sambarroxé" (2007-2011), "Virar Bicho" (2010-11) e Projeto Masculina (2013-14), com participação em encontros e festivais de dança no Brasil. Membro-fundador da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA), coordenando o comitê temático Produção de Discurso Crítico sobre Dança (2011-12, 2013-14, 2017-18). Escreve no seu site www.enquantodancas.net.



Cássia Navas
Professora do Pós-Graduação em Artes da Cena/Instituto de Artes/UNICAMP, é graduada em direito (USP), doutora em dança/semiótica (PUC/SP), pós-doutora em artes (ECA/USP), especialista em gestão/políticas culturais (UNESCO/Université de Dijon/Ministère de la Culture/France). Curadora e consultora de vários programas em dança, foi pesquisadora da Equipe de Artes Cênicas/IDART/Secretaria Municipal de Cultura (SP), coordenadora da REDE Stagium e da Oficina Cultural Oswald de Andrade (São Paulo).  Autora de Imagens da Dança em São Paulo, Dança Moderna, Dança e Mundialização: políticas da cultura no eixo Brasil-França, Vem Dançar, Cisne Negro Companhia de Dança, de Teatro do Movimento, um método para o intérprete-criador e  de Arte da Composição,  os dois últimos juntamente com Lenora Lobo, assinou as pesquisas dos vídeos Como Dança São Paulo, Memória Presente: Klauss Vianna e do CD ROM Informação e Memória de Dança no Brasil. Conferencista, vem ministrando palestras e seminários em várias instituições, como  no Impulstanz (Viena, 2013), SP Escola de Teatro (São Paulo, 2014-15), Centro Cultural São Paulo (2015-17), Projeto Brasil, Mousonturm (Frankfurt, Alemanaha, 2016) e Centro de Formação e Pesquisa, SESC São Paulo (2016). Uma de suas pesquisas- Teoria Geral (do Estado) da Dança, aborda temas transdisciplinares entre dança e outras áreas, investigando a construção do sentido nas fronteiras estéticas da arte. Parte de seus textos está publicada no site www.cassianavas.com.br .

SERVIÇO:
Conexões Dança
Quando: sexta-feira (27)
Hora: das 14h às 17h
Onde: Estúdio de audiovisual do Porto Iracema das Artes (Rua Dragão do Mar, 160 – Praia de Iracema – Fortaleza / CE)

Gratuito e aberto aos grupos e artistas da dança interessados

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