Ana Márcia Diógenes – Categoria
Comunicação
O gosto pela leitura e pela
escrita veio através da inspiração e do incentivo do pai. Escrever sempre foi
algo natural para a jornalista e professora Ana Márcia Diógenes. Dona de olhos
inquietos e de uma mente aberta para perceber o mundo e as transformações ao
seu redor, a cearense, natural de Quixadá, começou a atuar ainda cedo, durante
o curso de Jornalismo, na UFC, aos 19 anos. Foram 14 anos dentro da redação do
jornal O POVO, onde, após uma carreira como repórter de diferentes áreas, foi
Editora de Política, Chefe de Redação e Diretora de Redação, tendo sido a
primeira mulher a ocupar esse cargo no Ceará. Casada com o também jornalista
Miguel Macedo e mãe de dois filhos, João e Juliana, Ana Márcia encontrou na
Comunicação uma ferramenta para cuidar também do social. Por mais de uma
década, trabalhou no Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), chegando
a ocupar o cargo de Coordenadora do UNICEF para os Estados do Ceará, Piauí e
Rio Grande do Norte. Naquele momento, lutou ainda mais para a conscientização
do papel do comunicador no âmbito social. Atualmente, Ana Márcia é professora
do Centro Universitário 7 de Setembro e faz da sala de aula um local de troca,
onde segue em busca de disseminar o que aprendeu durante sua trajetória
profissional e de aprender com as novas gerações. Ela atua também na política
pública da juventude, como Assessora Institucional da Rede Cuca. Sem medo de
desafios, acredita que a informação é transformadora e que o jornalista carrega
a responsabilidade ética de realizar isso da melhor forma.
Nascida no Piauí, filha de
Gilberto Madeira, um trabalhador da construção civil, e de Rosaria Araújo, uma
costureira, foi em solo cearense que Zelma Madeira fincou suas raízes. Desde o
início de sua trajetória, a doutora em sociologia pela Universidade Federal do
Ceará (UFC) tem como projeto de vida pessoal e profissional combater as
injustiças sociais e contribuir no enfrentamento ao racismo. Com uma lista de
projetos em prol da igualdade e diversidade,
Zelma foi responsável pela elaboração do Plano Municipal de Política de
igualdade racial – Igualdade é pra Valer – do município de Fortaleza, junto à
COPPIR – Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial; foi
coordenadora do Fórum Estadual Permanente de Educação e Diversidade
Etnicorracial do Ceará; e integrou a Comissão técnica responsável pela
elaboração da Proposta ENEM, SISU e COTAS da Universidade Estadual do Ceará
(UECE) . À frente da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a
Promoção da Igualdade Racial desde 2015, Zelma tem a missão de dar voz às
minorias e fazê-las serem ouvidas. Como mulher negra e mãe, ela acredita que é
possível construir uma sociedade verdadeiramente democrática com valorização da
diversidade étnica e cultural.
Glória Marinho – Categoria
Trabalho Social
“Temos sempre que pensar no
outro.” O ensinamento de Glória Marinho é mais que uma frase forte. É
inspiração. Formada em pedagogia e psicologia, com especialização em
psicopedagogia, a vice-presidente do Instituto da Primeira Infância (IPREDE)
tem sua vida pautada em ajudar o próximo. Antes mesmo de atuar no Instituto, já
tentava amenizar as angústias daqueles que viviam na comunidade do Sossego, uma
das áreas de maior vulnerabilidade social de Fortaleza. Ao passar a fazer parte
do Iprede, fez do trabalho social sua missão de sua vida. Hoje, cuida de cerca de 1.390 crianças de até
os seis anos, alcançando mais de 900 famílias por mês. Para Glória, esse é o
seu papel na sociedade: possibilitar a
transformação das famílias assistidas do IPREDE. E, assim, tornar possível que
elas tenham dignidade para viver e sonhar. A ferramenta para modificar a
realidade de quem precisa é a solidariedade e é nisso que ela seguirá sempre
apostando.
Intuitiva e objetiva, Annette de
Castro é cidadã do mundo. Nascida na Inglaterra, filha de mãe egípcia e pai
britânico, a executiva traz no sangue o gosto por gerir pessoas. Formada em
Línguas Modernas pela Universidade de Durham, com Mestrado em Gestão de Pessoas
na Politécnica de Londres, Annette começou a carreira no Grupo Shell
Internacional. Tempos depois, conheceu seu marido cearense e aceitou o desafio
de se mudar para o Brasil, onde vive há 35 anos. A hoje vice-presidente da
Mallory Eletro Portáteis passou mais de três décadas em um dos principais
grupos empresariais do Estado, o Edson Queiroz, onde teve a oportunidade de
comandar projetos na área de Negócios Internacionais e desempenhar o papel de
CEO de empresas da marca Esmaltec. Exemplo para os filhos, a executiva representou
a Grã-Bretanha como Consulesa Honorária durante 22 anos e, desde 2011, atua
como Consulesa Honorária dos Países Baixos. Membro Fundadora do Grupo Mulheres
do Brasil, Annette trabalha para inspirar e empoderar mulheres. Determinada,
valoriza os desafios que a vida coloca no seu caminho, lembrando que
“Precisamos oferecer sempre o nosso melhor”.
Lisiane Paiva – Categoria Saúde
É possível dizer que a capacidade
de Lisiane Paiva de sensibilizar as pessoas salva vidas. A enfermeira, graduada
pela Universidade Federal do Ceará, escolheu a profissão para se dedicar por
inteiro à arte do cuidar. Há mais de duas décadas, atua no Hospital Instituto
Dr. José Frota (IJF). É à frente da Coordenação da Comissão Intra Hospitalar de
Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) que ela luta diariamente
para renovar as esperanças de quem depende da doação de órgãos para continuar
vivo e com melhor qualidade de vida. Atuando na Comissão há 17 anos, Lisiane e
sua equipe são responsáveis por diminuir o tempo de espera por um órgão e
tornaram o IJF referência para todo o Brasil. Entre tantas vitórias ao longo
desse tempo, está a participação no projeto responsável por zerar a fila de
transplante de córnea no Ceará. Casada e mãe de dois filhos, Lisiane é apaixonada
pela profissão e destaca que há uma força transformadora, tanto para quem tem a
oportunidade de receber a doação de um órgão quanto para os familiares dos
doadores.
Ethel Whitehurst – Categoria Moda
Carioca de nascença, foi na renda
cearense que Ethel Whitehurst fez laço e morada. No Ceará desde os 15 anos,
Ethel descobriu cedo aquilo que queria fazer: costurar, modelar e criar. Na
década de 1980, começou a fabricação de blusas e depois a produção de vestidos
e produtos de cama, mesa e banho. Tudo sempre feito com muito carinho e
enaltecendo o artesanato local. Por valorizar o trabalho, ela foi uma das
primeiras empresárias a exportar o artesanato cearense, levando para o mundo
bordados e rendas nos seus produtos de casa e moda infantil. Ethel tem também
uma forte atuação em projetos sociais e um trabalho determinante para a
capacitação de artesãos. Mãe de quatro filhos e avó de seis netas, procura
doar-se em tudo que faz. Dedica-se atualmente aos seus negócios - loja e
consultoria - e a projetos que empoderam mulheres artesãs cearenses. Para ela,
a moda vai além do que é ditado pelas revistas. É história de vida e legado de
família.
Telma Aguiar – Categoria
Arquitetura e Design
O ensinamento e a inspiração para
fazer do trabalho um instrumento de transformação foram passados pela avó Maria
Luiza Campos. Designer de Interiores e Joalheira Contemporânea, Telma Aguiar
descobriu, ainda menina, que olhar para o próximo é a melhor maneira de
transformar o mundo. Conhecida no circuito nacional e internacional de
arquitetura e design, Telma já participou de 7 mostras Casa Cor Ceará, 2
mostras Projeto social Casa da Criança e 3 Mostras 100% Design, além de
exposições na área de joalheria na Europa (Alemanha e Portugal). Também esteve
à frente de grandes mudanças na Cidade de Fortaleza e coordenou a reforma do
Centro Cultural do Banco do Nordeste. Porém, foi no trabalho social que ela fez
do Design de Interiores uma ferramenta de mudança. Responsável pela organização
não governamental “Minha Casa Sustentável”, tem a difícil missão de recuperar
casas em comunidades carentes da Grande Fortaleza e transformar a vida de seus
habitantes. A ONG, além de realizar a reforma para quem precisa, também
capacita e oferece oficinas de artesanato, arte, cursos de pintor, pedreiro,
informática básica, entre outros serviços para a comunidade. O intuito não é
construir apenas casas. Trata-se de erguer a autoestima e dignidade de quem
precisa.
Márcia Machado – Categoria
Política e Gestão Pública
Desde a sua infância, Márcia
Machado já trazia consigo o olhar atento ao outro. Principalmente na atenção à
criança e na importância de se estabelecerem laços afetivos nos primeiros anos
de vida. Trabalhadora, incansável, é Enfermeira, Pós-Doutora em Saúde Pública e
Pró-reitora de Extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC). Encontrou na luta pela conscientização do
valor da amamentação, uma missão de vida. Acompanhando, na década de 1980, o
trabalho de parteiras no interior do Estado, Márcia entendeu como o afeto e o
cuidado são imprescindíveis na formação humana. Junto com o Prof. Chagas
Oliveira, esteve à frente da criação do 1° Banco de Leite Humano do Ceará, na
Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC). Desde março de 1988, quando foi
inaugurado o Banco de Leite, até 1997, foram mais de 8.000 mães orientadas,
acalentadas e apoiadas. Ao terminar o Mestrado em Saúde Pública, passou a ter
um olhar mais voltado para a pesquisa.
Foi consultora do Programa de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde
e ajudou a criar normas para implantação de Banco de Leite no País. Recebeu o
título de Madrinha da Amamentação do Ceará, honraria entregue pela
primeira-dama do Estado, Onélia Leite, pelo seu trabalho no estímulo ao
aleitamento materno, no Ceará. Para Márcia, não há nada mais gratificante que
perceber a construção do apego e de laços afetivos estabelecidos entre mãe, pai
e filho no momento da amamentação. É nisso que ela acredita e é por isso que
continua lutando!
Ada Pimentel – Categoria Educação
Ada Pimentel tem a educação como
missão de vida. Nascida em casa de educadores, em Sobral, no interior do
Estado, a professora crê na imensa capacidade do ser humano de mudar e de
transformar. Graduada em curso superior de História e Pedagogia, com pós-graduação
em Administração da Educação e Mestrado em Educação, o eixo condutor de toda
sua formação acadêmica e atuação profissional foi o magistério. Foi professora
em Sobral e em Fortaleza, na Universidade Estadual do Ceará. Assumiu os cargos
de Diretora de Escola, Delegada Regional de Educação, Subsecretária de Educação
do Estado e Presidente da Fundação de Teleducação do Ceará - TVC Ceará - Canal
5, onde desenvolveu a reforma curricular integrante do Projeto Pedagógico do
Telensino. Atualmente é Conselheira do Conselho Estadual de Educação.
Em todas essas funções, empenhou
bandeiras de luta e acalenta o sonho da escola digna para todos. Mas seu maior
desafio profissional foi ser Secretária de Educação de Sobral, no período de
1997-2000. O compromisso social com sua terra, sua gente, e a crença na
possibilidade de uma escola pública de qualidade para todos, como oportunidade
de mudança de vida, impulsionaram-na a aceitar o cargo. Ada procurou dar uma
identidade à Secretaria, a partir de sua estrutura e organização, com a
capacitação de pessoal, a implementação de projetos educacionais como o Acelera
Brasil, a ampliação do parque escolar e com a universalização da matrícula no
ensino fundamental, introduzindo o transporte escolar no município. Rompeu
paradigmas, concebeu e implantou políticas que nortearam a educação pública em
Sobral, especialmente a de alfabetização. Essa foi a semente para uma educação
pública que hoje é referência no País. Casada, mãe de quatro filhos, com seis
netos, Ada segue sua caminhada com entusiasmo, persistência, coragem e ousadia.
Dona de uma voz suave e um
romantismo marcante, Amelinha canta o Ceará pelo Brasil à fora. Filha da
geração do conhecido movimento musical do “Pessoal do Ceará”, na década de 1970
deixou as terras alencarianas e na cidade de São Paulo, onde foi estudar
Comunicação Social, iniciou sua carreira profissional na música, se
apresentando em programas televisivos. Seu primeiro disco, Flor da Paisagem
(1977) é fruto da relação com a produção de compositores como Fausto Nilo,
Ednardo e Fagner. Na mesma época, Amelinha foi apontada como cantora revelação
da MPB. Dois anos depois, a cearense ganhou o primeiro disco de ouro com o
lançamento do LP "Frevo Mulher". No início da década de 1980, foi consagrada
uma grande intérprete da música popular brasileira, com a canção "Foi Deus
que fez você", composta por Luiz Ramalho, no festival MPB 80, da Rede
Globo. Ao todo, são 16 discos gravados entre canções de Zeca Baleiro, Geraldo
Espíndola, Alceu Valença e uma das mais recentes revelações da MPB, Marcelo
Jeneci. No último semestre de 2017, Amelinha lançou “De primeira grandeza – As
canções de Belchior”. A homenagem póstuma a um dos maiores nomes da música
brasileira traz clássicos do rapaz latino-americano e resgata músicas pouco
conhecidas. Amelinha traz na alma a
musicalidade das suas raízes e carrega no sorriso o Ceará inteiro.
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