Foto: Mauro Kury
Sucesso de público e crítica, a
peça transita entre sonho, realidade e poesia para contar uma história que
mergulha nas profundezas do ser humano
A CAIXA Cultural Fortaleza
apresenta, de 02 a
04 de fevereiro, o espetáculo “A Marca da Água”, da Armazém Companhia de
Teatro. Com texto de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes, que também
assina a direção, a peça, eleita pelo Jornal O Globo com uma das melhores de
2012, recebeu o Prêmio Shell de Melhor Ator, Prêmio APTR de Melhor iluminação.
Além disso, foi agraciada com o Prêmio Fringe First Award, durante o Festival
de Edimburgo, na Escócia, em 2013.
O espetáculo apresenta ao público
uma história que transita ente o sonho e a realidade de seus personagens.
Vivendo numa aparente placidez, numa espécie de cotidiano automático e morno,
Laura, aos 40 anos, é surpreendida pelo misterioso aparecimento de um enorme
peixe em seu jardim. Esta perturbadora aparição traz de volta à vida desta
mulher sintomas de uma doença neurológica causada por um acidente na infância.
A partir daí, Laura passa a ter acesso profundo e muito nítido às suas mais
antigas memórias e é arrebatada por uma música imaginária e constante dentro de
sua cabeça.
Com tons e movimentos que
reforçam o universo de “A Marca da Água” entre o real e sonhado, a busca e o
delírio da personagem flagram estados sutis quando a fragilidade física pode se
transformar em afirmação de vida. A encenação explora uma inspirada ambientação
cenográfica, em que movimentos dentro de uma piscina e coloridas projeções
auxiliam na condução da ação.
Antes de dar voz ao texto
caprichado de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes, que “bebem” em fontes
como os livros do neurologista britânico Oliver Sacks, o elenco fez intenso
preparo corporal para, em cena, conseguir, sem embaraço, atuar tendo que a
quase todo instante se lançar num tanque com 3 mil litros de água. Os figurinos
de Rita Murtinho, em neoprene e tactel, faz com que os atores alternem o visual
molhado/seco ao longo da encenação.
Sobre a Armazém Companhia de Teatro
A Armazém Companhia de Teatro foi
formado em 1987, em Londrina, em meio à efervescência cultural vivida pela
cidade paranaense na década de 80 - de onde saíram nomes importantes no teatro,
na música e na poesia. Liderados pelo diretor Paulo de Moraes, o senso de
ousadia daqueles jovens buscando seu lugar no palco impregnaria para sempre os
passos do grupo: a necessidade de selar um jogo com o seu espectador, a imersão
num mundo paralelo, recriado sobretudo pela ação do corpo, da palavra, do tempo
e do espaço.
Com sede no Rio de Janeiro desde 1998, a companhia
completou, recentemente, 30 anos de sua formação. Sempre baseando seus
espetáculos em pesquisas temáticas (com a criação de uma dramaturgia própria
com ênfase nas relações do tempo narrativo) e formais (que se refletem na
utilização do espaço, na construção da cenografia, ou nas técnicas utilizadas
pelos atores para conviver com o risco de encenar em cima de um telhado,
atravessando uma fina trave de madeira ou imersos na água), a questão
determinante para a companhia segue sendo a arte do ator. Busca-se para o ator
uma dinâmica de corpo, voz e pensamento que dê conta das múltiplas questões que
seus espetáculos propõem. E a encenação caminha no mesmo sentido, já que é o
corpo total do ator que a determina.
Apesar da construção de
espetáculos tão díspares e complementares como A Ratoeira é o Gato (1993),
Alice Através do Espelho (1999), Toda Nudez Será Castigada (2005) e O Dia em
que Sam Morreu (2014), a Armazém Companhia de Teatro segue sua trajetória sempre
investindo numa linguagem fragmentada, que ordene o movimento do mundo a partir
de uma lógica interna. Essa lógica interna é a voz da Armazém, talvez a grande
protagonista do mundo representacional da companhia.
O grupo conta com o patrocínio da
Petrobras desde o ano 2000.
Ficha técnica
A Marca da Água
Dramaturgia: Maurício Arruda
Mendonça e Paulo de Moraes
Direção: Paulo de Moraes
Elenco: Patrícia Selonk, Ricardo
Martins, Marcos Martins, Marcelo Guerra e Lisa Eiras
Iluminação: Maneco Quinderé
Figurinos: Rita Murtinho
Direção Musical: Ricco Viana
Cenografia: Paulo de Moraes
Vídeografismo: Rico Vilarouca e
Renato Vilarouca
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Projeto Gráfico: Jopa Moraes
Fotografias: Mauro Kury
Produção Executiva: Flávia
Menezes
Produção: Armazém Companhia de
Teatro
Serviço:
Teatro: A Marca da Água
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287,
Praia de Iracema
Data: 02 a 04 de fevereiro
Horários: Sexta e sábado, às 20h,
e domingo, às 19h
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e
R$ 5,00 (meia-entrada)
Vendas a partir do dia 01 de
fevereiro, das 10h às 20h, na bilheteria do local
Acesso para pessoas com
deficiência e assentos especiais
Serviço de manobrista gratuito no
local
Paraciclo disponível no pátio
interno
Informações gerais | Bilheteria
da CAIXA Cultural Fortaleza: (85) 3453-2770
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