Quando olhamos para o mundo que
nos cerca, é possível imaginar e aceitar que tudo o que vemos pode acabar? E
quando me refiro ao fim, quero levantar a reflexão justamente para o
esgotamento dos recursos naturais e não apenas para a escassez de todos os elementos
utilizáveis da terra.
De acordo com a Organização
Meteorológica Mundial (OMN), o ano de 2017 está entre os três anos mais quentes
desde que há registros - reflexo de um termo muito comum utilizado nos últimos
anos chamado de 'aquecimento global', e que traz como consequência um clima
propício a terremotos, inundações e secas. O assunto, que já foi
consideravelmente discutido, está sendo base de estudos científicos
apresentados na 23ª Conferência do Clima das Nações Unidas realizada até o dia
17 de novembro em Bona, na Alemanha, com a presença de membros de 196 países.
Entre as constatações plausíveis
que se pode fazer sobre todos esses acontecimentos climáticos, a
sustentabilidade chega como forma rápida, direta e eficaz de combate aos
fatores agressivos do nosso planeta. E quando me refiro ao termo
sustentabilidade, reforço a ideia que ele vai muito além da economia de energia
e água, da coleta seletiva e da reciclagem. Não se limita a entender que ser
sustentável é diminuir a produção de resíduos e do uso de agrotóxicos, ou
simplesmente preservar o meio ambiente.
Adotar práticas ecologicamente
corretas também inclui alternativas viáveis e diversas. Ou seja, a alimentação
é um forte canal para desempenharmos hábitos saudáveis e conscientes. Alimentos
naturais e orgânicos funcionam como válvulas propulsoras de um forte sistema
que envolve a preservação do ar, do solo, da água e, sobretudo, da saúde. Desta
forma, a sustentabilidade aplicada à alimentação se enquadra na
sustentabilidade ambiental. Esta é a verdadeira ideia de que: precisamos
descascar mais ao invés de desembrulhar.
Além disso, engana-se quem pensa
que a educação não tem muito a oferecer sobre o tema. Arrisco-me a dizer,
inclusive, que ela é a maior e mais importante arma de prevenção e solução dos
problemas que envolvem o esgotamento dos recursos naturais do nosso planeta. A
diferença consiste na formação de uma sociedade que não vai apenas pensar em
solucionar as questões já existentes que ameaçam a nossa sobrevivência, mas também
na implementação de hábitos que irão prevenir e evitar que muitos problemas
ambientais aconteçam. Enxergar que o planeta precisa ser salvo vai muito além
da solução dos contratempos, ela se baseia principalmente na prevenção e na
apropriação de hábitos conscientes.
Sustentabilidade muito além das
políticas ecologicamente corretas - Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito
- Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau - Fundador e
Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional - janguie@sereducacional.com
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