Cerca de 80 milhões de
crianças menores de um ano estão correndo risco de contrair doenças em todo o
mundo devido ao fato de não terem sido vacinadas. 85% dos 61 países pesquisados
indicam que o índice de vacinação em janeiro e fevereiro deste ano foi mais
alto do que no último mês de maio. Esta queda é reflexo da pandemia do novo
coronavírus, que traz riscos, especialmente para crianças.
Segundo a pediatra e diretora
de uma clínica de vacinação em Fortaleza, Vanuza Chagas, a ausência da
vacinação de crianças menores de um ano podem causar impacto importante nas
coberturas vacinais e colocar em risco a saúde de toda população. “Estamos em
uma situação epidemiológica crítica, com a volta de doenças como sarampo,
coqueluche, febre amarela, entre outras. E quando se interrompe a vacinação,
mesmo que por um determinado período, como está acontecendo agora na pandemia
da Covid 19, o risco atinge toda a população, com a volta de doenças já
erradicadas, ou que podem ser evitadas com vacinação, como pólio e meningite”.
De acordo com dados
registrados nos quatro primeiros meses de 2020 há uma queda substancial no
número de crianças que completaram as três doses da tríplice bacteriana contra
difteria, tétano e coqueluche. Esta é a primeira vez em 28 anos que o mundo encara
redução na cobertura da tríplice. Antes da pandemia, a taxa de alcance dessa e
da vacina contra sarampo havia estabilizado em 85% globalmente.
Vanuza Chagas reforça que todo
o calendário vacinal da criança é importante, evitando doenças que podem deixar
sequelas e até levar a óbito. Pneumocócica 13, meningite B e Acwy, Sarampo e
Influenza, são exemplos de vacinas que previnem doenças graves, e que circulam
o tempo todo entre nós.
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