Começa o período letivo e com
ele as crianças voltam a carregar, diariamente, suas mochilas. É comum ver elas
abarrotadas de cadernos e livros pesados, chegando a interferir no andar dos
alunos. Tamanho, peso das mochilas e o tempo que ela é carregada nas costas da
criança são fatores que precisam ser observados para evitar problemas na coluna
e não prejudicar o desenvolvimento do corpo dos pequenos.
A Sociedade Brasileira de
Ortopedia recomenda que o peso do material colocado nas bolsas não ultrapasse
10% da massa corporal (ex: criança com 40 quilos, mochila com, no máximo, 4
quilos). O ortopedista Rodrigo Astolfi explica que passando dos 10%, os
problemas, em determinado momento, irão surgir. A partir dos resultados de
pesquisas o médico explica que 30% das crianças que carregam mochilas pesadas
sentem mais dores nas costas em comparação com 5% das que não carregam.
De acordo com o ortopedista, a
dor por si só já é razão para tomar cuidado. “Sabemos que dois quilos fazem
muita diferença, então retirar um livro pesado e andar abraçado a ele já ajuda
muito. Ao invés de comprar uma mochila grande optar duas pequenas e carregar
uma na frente e outra atrás faz toda a diferença. Uma mochila pesada muda o
padrão da marcha diminuindo a cadência, mudando a pisada e forçando o centro de
gravidade do corpo para trás. Duas mochilas uma na frente e outra atrás não
mudam o padrão da marcha”, explicou Rodrigo Astolfi.
É indicado aos pais que eles
observem a forma com a qual as crianças utilizam as mochilas. Utilizar o objeto
preso por apenas uma alça, em um ombro só, tende a sobrecarregar ainda mais um
lado do corpo. Uma alternativa destacada pelos estudiosos é o uso de armários
nas escolas. Eles se mostram como boa alternativa para que as crianças pudessem
deixar o material não usado, assim como é feito nas escolas americanas.
Att,
Catharina Queiroz
Âncora Comunicação
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