O problema assusta bastante
devido à aparência, mas é simples de identificar e tratar.
O nome é complicado e a aparência
é bem assustadora, mas a hemorragia subconjuntival, mais conhecida como derrame
nos olhos, não oferece riscos e é simples de cuidar. O problema oftalmológico
acontece quando um dos vasos da conjutiva, uma membrana transparente que
reveste a parte interna das pálpebras e o branco do olho, se rompe. Na maioria
dos casos, acontece em pessoas com pressão alta ou diabéticos, e às vezes
funciona até como alertar para maiores cuidados com a saúde. Também pode ser
ocasionada por microtraumas causados no olho do paciente.
Thiago Correia, médico
oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), explica que a
hemorragia subconjuntival acontece por causa de um esforço excessivo, como
tossir repetidamente ou o movimento de náuseas e vômito, que podem aumentar a
pressão venosa, já que são movimentos que requerem muita força e podem romper
os pequenos vasos do olho. “São veias muito finas, que se rompem diante desses
esforços. Algumas mães, quando estão amamentando, também atingem os olhos dos
bebês e ficam preocupadas, porque a aparência pode ser assustadora”, explica.
A conjuntiva tem muitos vasos,
que são pequenos e, quando são rompidos, acontece um extravasamento de sangue,
que dá uma aparência preocupante para o paciente. Porém, na maioria das vezes,
a situação não é considerada uma emergência. “Costumo comparar com uma pancada
na perna, que deixa a região roxa, por causa do sangue, que fica acumulado no
local. Porém, como a pela é mais grossa, não conseguimos enxergar bem o sangue,
mas no olho conseguimos. Mas nada mais é do que sangue acumulado e some de duas
a três semanas”, continua Dr. Thiago Correia que recomenda que o paciente
procure um oftalomologista, mesmo com a simplicidade do problema. “Em caso de
pancadas, é preciso ver se tem algum trauma que venha a prejudicar a visão. E
se for algum pico hipertensivo e o paciente não sabe que tem o problema, nós
encaminhamos para um médico especialista.”
A hemorragia subconjuntival, na
grande maioria das vezes, não interfere na qualidade da visão. Os riscos de
rompimento de vasos no olho são mais frequentes em pessoas com um pouco mais de
idade, principalmente os hipertensos e diabéticos, porque eles já têm uma
fragilidade vascular maior. Ao coçarem o olho, por microtrauma, trauma no
travesseiro e oscilação da pressão arterial – durante a noite ou a qualquer
outra hora –, podem romper algum vaso causando o extravasamento de sangue na
conjuntiva.
Como tratar o problema
A hemorragia subconjuntival não
causa danos irreversíveis. Normalmente, essa situação se reverte
espontaneamente, mesmo se o volume se sangue for muito exagerado. Em duas
semanas, ele é absorvido espontaneamente. Pode-se também usar alguns colírios,
principalmente os que têm pequena dose de vaso constritor, para contrair o
vaso. “Nós podemos recomendar também um lubrificante gelado, porque o gelado
ajuda. O mais indicado, no aspecto de tratamento, é que o indivíduo, ao
perceber a vermelhidão no olho, coloque uma compressa fria no local para
contrair os vasos”, finaliza Dr. Thiago Correia.
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