As evoluções na medicina reprodutiva diminuem os obstáculos para que o sonho de ter um filho se realize
O sonho da maternidade e da paternidade, tantas vezes tido como impossível por fatores biológicos, pode ser realizado com o planejamento adequado. A medicina reprodutiva tem evoluído e aperfeiçoado técnicas para que o congelamento de sêmen, óvulos e embriões seja uma alternativa para aqueles que sonham em ter um filho, mas, por algum motivo, desejam adiar a gravidez.
"O congelamento serve como uma forma de preservar a fertilidade diante de fatores que podem prejudicá-la, como é o caso de tratamentos oncológicos, da queda progressiva de produção de óvulos e espermatozoides devido a idade, ou, ainda, para os casais que estão tentando Fertilizações in Vitro (FIV)", explica Dra Lilian Serio, médica especialista em medicina reprodutiva e diretora da Fertibaby Ceará.
Homens
No caso dos homens, os motivos mais comuns para a busca do congelamento do sêmen são: preservar a capacidade fértil em seu ápice, enquanto jovem, com uma quantidade de espermatozoides alta; e a decisão de se submeter a uma cirurgia de vasectomia, sem a certeza de que queira ser pai no futuro. "Em resumo, a opção é buscada por aqueles que querer ter filhos, mas não têm esse desejo em um curto prazo.", explica a médica. As amostras coletadas são congeladas em um meio crioprotetor e mantidas em nitrogênio líquido à temperatura de -196ºC, por tempo indeterminado.
Mulheres
"No caso das mulheres, o congelamento também é indicado quando existe a intenção de adiamento de uma gravidez e a futura mãe deseja garantir que os óvulos estejam no auge da fertilidade, biologicamente falando. Quanto à idade, a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana indica que a limitação para o congelamento seja até os 35, mas é possível sim fazer o congelamento após essa idade, chegando até um pouco depois dos 40, mas sempre reforçando que quanto mais cedo o congelamento ocorrer, mais saudável será o óvulo", afirma Dra Lilian.
Entre os casos de mulheres que procuram a criopreservação dos óvulos estão as que desejam se prevenir de possíveis doenças ou fatores biológicos que possam acometê-las. Os tratamentos oncológicos, por exemplo, podem diminuir a fertilidade. Sendo assim, o congelamento dos óvulos pode ser considerado antes das medicações serem iniciadas.
Aquelas que têm histórico de menopausa precoce na família, ou, foram diagnosticadas com alguma doença ovariana com comprometimento do sistema reprodutor feminino também podem ver na criopreservação uma alternativa para conservação de óvulos férteis. As pacientes de Fertilização in Vitro (FIV) podem optar pelo congelamento dos óvulos, quando a coleta de espermatozoides do parceiro não resulta em uma quantidade suficiente para o tratamento.
Não há limite de tempo para o armazenamento dos óvulos congelados. "Existem casos nos quais a mulher engravida com óvulos congelados por mais de 10 anos. A durabilidade depende da forma como é feita o armazenamento e a preservação do material.", afirma Dra Lilian.
Embriões
Existe também a possibilidade de que embriões sejam congelados. A criopreservação é indicada em diversos casos e pode ser utilizada, por exemplo, para preservar embriões que poderão ser utilizados em gestações posteriores. O tratamento também é indicado para quem deseja preservar os seus gametas, sejam masculinos ou femininos, para futuras tentativas de concepção.
Fonte: Assessoria
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