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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

ARTIGO] Fiquem atentos! Tem sempre alguém observando

  

Nesse período de retorno ao “novo normal”, termo já popularizado e usualmente falado, em um cenário de máscaras, álcool gel, necessária demonstração de higiene e limpeza, cumprimento de protocolos, retomada da economia, prospecção mais eficiente de clientes e, principalmente, a manutenção da empregabilidade, trago aqui algumas reflexões. 

Esses dias, cheguei atrasada para a realização de um exame e, como cliente e espontânea observadora, oportunamente não perdi tempo. “Como uma punição” pelo atraso, esperei por mais de uma hora para o meu atendimento. Desta forma, aguardei sem problemas e fiquei observando o comportamento dos funcionários, colaboradores, empregados, subordinados, seja lá como denominam àquela hierarquia, que me veio à memória uma cena típica do Brasil colonial ainda nos dias atuais. Que pena! 

As atendentes cumpriam com rigor as instruções, estavam maquiadas, devidamente uniformizadas, utilizando os seus equipamentos de proteção individual. Porém, como na área de serviços tratamos com cuidado o fator da heterogeneidade em relação às pessoas, já que possuem experiências e expectativas diferentes, escapava “aqui e ali”, alguns deslizes de treinamento, andar desajeitado, pequenos desleixos no diálogo e comportamento entre as moças, que já demonstravam afinidades proporcionada pela rotina e informalidade da convivência. 

Eis que surge o “feitor”, mas era uma figura feminina, porém, empoderada pelo cargo talvez, de supervisora ou chefe, ditando o ritmo das atividades da produção, mas estava mais para “capataz ou olheiro” pelas suas expressões grosseiras e olhar desconfiado, tom de voz e pisada autoritária do seu scarpin barulhento, fruto de uma cultura exploradora e envaidecida pela superioridade hierárquica desfrutando da sua pequena autoridade. Pude observar, os entreolhares das funcionárias, exalando uma repulsa silenciosa da “chefe linha-dura”. 

Naquele momento, me veio à mente as contribuições das teorias administrativas, e o quão é importante adaptá-las para o cenário atual, principalmente, para os cargos de gestão, tendo em vista que de acordo com muitos relatos e pesquisas, muitas demissões ocorrem por insatisfação com a gestão imediata, esta que deveria trabalhar junto com a equipe, motivar, acolher, ter empatia, carisma e acima de tudo, respeito pelas pessoas.  

Não tem receita para uma boa liderança. De acordo com as teorias, ninguém nasce líder, mas desenvolvemos traços a partir de modelos que marcaram a nossa história de vida, seja ele um professor, pai ou uma figura de inspiração, aquele que com simplicidade ensina, aumenta a produtividade com incentivo e confiança, desenvolve auto-gestão e engajamento, com bom trato, sutileza e bons exemplos.  

 

Profª. Ma. Cibelli de Sá Pinheiro Nobre 

Docente do Curso de Administração da UniAteneu

Doutoranda em Ciências Sociais, mestra em Antropologia e em Economia, especialista em Marketing e graduada em Administração de Empresas

  

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