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terça-feira, 18 de agosto de 2020

ARTIGO] Células-tronco e a Odontologia

  


Células-tronco são células não especializadas com capacidade de se reproduzirem indefinidamente, podendo ser encontradas tanto no corpo de um indivíduo adulto quanto em sua origem embrionária. No corpo humano, essas células normalmente se multiplicam para substituir outras que estejam danificadas. 

Um ótimo exemplo de célula-tronco são as células da medula óssea. Uma única célula da medula, se cultivada em condições adequadas, poderá dar origem a todos os tipos diferentes de células sanguíneas. Outras, ainda, poderão originar células presentes nos ossos, na cartilagem, na gordura ou no músculo, por exemplo. Atualmente, destaca-se a descoberta de células-tronco na pele, nos cabelos, nos olhos e até mesmo na polpa dentária. 

Devido a essa capacidade de originar diversos tipos celulares, quando cultivadas em condições ideais nos laboratórios, as células-tronco têm sido utilizadas para o tratamento de diferentes doenças, principalmente, pelo seu potencial de regeneração de tecidos danificados. 

É devido a esse potencial regenerativo das células-tronco que um brilhante trabalho vem sendo desenvolvido no âmbito da Odontologia, em parceria com biólogos e cirurgiões plásticos, na tentativa de trazer mais conforto para o paciente, de reduzir os custos operacionais e, principalmente, de solucionar problemas de malformação congênita, como o lábio leporino (fenda palatina). Esses profissionais desenvolveram uma nova técnica de enxerto baseada no uso de células-tronco extraídas a partir da polpa de dentes de leite. A inovadora ideia é realizada com uma cultura de células-tronco enriquecidas com biomateriais que, posteriormente, é enxertada no paciente. 

Essa nova técnica dispensa a prática anteriormente utilizada, que consistia na retirada de uma parte do osso do quadril, o que gerava não só um custo elevado para o procedimento, como também a sensação de dor no paciente. Portanto, para o novo procedimento, não é necessário que o paciente seja submetido a uma cirurgia dolorosa para a retirada do osso, poupando ainda mais a sua saúde e favorecendo o seu bem-estar. 

Ademais, é importante destacar que crianças que receberam enxertos com as células-tronco extraídas da polpa dentária obtiveram excelentes resultados com o procedimento. Assim, podemos afirmar que o conhecimento bioquímico e molecular dessas células altamente proliferativas é de grande importância para a formação de um cirurgião dentista, uma vez que abre caminhos para o tratamento de inúmeras doenças e condições que acometem a região da boca. 

 

Profª. Nila Maria Bezerril Fontenele

Docente do Curso de Odontologia da UniAteneu

Doutora em Bioquímica, mestra em Saneamento Ambiental e graduada em Ciências Biológicas

 

 

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