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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

AGOSTO] Desequilíbrio Hormonal: como ele pode afetar a fertilidade masculina e feminina?

Diversos fatores podem causar o desequilíbrio, desde alimentação, passando por alteração nas glândulas até alteração no sistema biológico. Cuidados e acompanhamento médico ajudam na prevenção e tratamento. 


O desejo de ser pais ainda é um dos grandes sonhos de homens e mulheres no mundo todo. Para que ele se torne realidade, é preciso que diversos fatores no sistema biológico de uma mulher ou de um homem contribuam, entre eles os hormônios. Fabricados em glândulas ou tecidos especializados do corpo humano, sua função é ajudar a regular o funcionamento do organismo e qualquer alteração pode acarretar em problemas não só no corpo como também na fertilidade. 

"Assim como no corpo todo, muito do sistema reprodutor, tanto masculino como feminino, é regulado por hormônios. E muitas vezes eles funcionam como em um ciclo, onde um hormônio pode interagir com outro e assim por diante. O desarranjo na secreção destes hormônios, seja para mais ou para menos, atrapalha no funcionamento natural do sistema e, em alguns casos, pode desencadear um efeito dominó, e que vai afetar a capacidade de fertilidade", afirma Dra Lilian Serio, especialista em medicina reprodutiva e diretora da Fertibaby Ceará. 

De acordo com a médica diversos fatores podem causar a desregulação na produção de hormônios. "Desde alimentação, passando por alteração nas glândulas, alteração no sistema biológico, são diversas as situações que podem afetar. Por exemplo, a menopausa, ela é um processo natural do corpo que reduz a secreção dos hormônios ovarianos, que afeta a fertilidade de uma mulher. Mas outras situações precisam de acompanhamento médico e cuidados para serem tratados ou evitados", completa a médica. 

Confira os hormônios e algumas alterações hormonais mais comuns e que podem afetar a fertilidade em homens e mulheres:  

Síndrome dos Ovários Policísticos 

Esta alteração atinge até 10% das mulheres em idade fértil no Brasil e são registrados em torno de dois milhões de casos novos por ano. A síndrome provoca uma alteração nos níveis hormonais, levando ao surgimento de cistos nos ovários e o seu aumento. "A ovulação regular é prejudicada por esse desequilíbrio hormonal e também pela presença dos cistos. Dependendo do nível de acometimento, pode não impedir a gravidez, mas com certeza dificulta", afirma Dra Lilian. Sinais de alerta para a síndrome são aumento de cravos e espinhas, pele oleosa, manchas na pele, queda de cabelo, aumento de peso e também de pêlos no rosto e na região pubiana. 

Endometriose 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Endometriose, cerca de 7 milhões de mulheres podem sofrer com a doença e não ter o conhecimento. Ainda não se sabe ao certo o que a causa, porém entre as possibilidade pode ser um distúrbio hormonal que leva a presença do endométrio - tecido que envolve a parede interna do útero - a surgir na parede externa do útero - ou seja, onde ele não deveria estar. O endométrio é o tecido que acomoda o óvulo durante o período fértil da mulher. Após esse período, o tecido descola da parede uterina, o que leva a menstruação. Além das dores, podem afetar diretamente na fertilidade.  

Progesterona 

Este hormônio produzido pelos ovários é o responsável tanto pela preparação do organismo para a gestação como a manutenção da gravidez. Os níveis aumentam naturalmente durante esse período e após o nascimento da criança ajudam também a preparar as glândulas mamárias para produção do leite. O desequilíbrio deste hormônio pode prejudicar na concepção ou mesmo provocar abortos e afetar a produção do leite. 

Estrogênio 

O hormônio tem funções de desenvolvimento físico e sexual da mulher. Também é importante para o processo de gestação, parto e amamentação. O estrogênio também participa no crescimento folicular, que é o revestimento que envolve o óvulo, além de atuar no amadurecimento deste e ajudar no processo do encontro do óvulo com o espermatozóide. A alteração na produção afeta diretamente na capacidade de fertilidade da mulher.

 

- Hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH) 

A dupla é responsável pelo amadurecimento e liberação do óvulo para iniciar o período fértil da mulher. Assim como o estrogênio, eles também estimulam o crescimento do folículo.  O LH é responsável também por informar quando o ovário vai liberar um óvulo. Qualquer alteração destes dois hormônios podem levar a distúrbios ovulatórios e afetar a capacidade de fertilidade. Exemplo: alta quantidade de FSH pode significar falência ovariana. Baixa quantidade de FSH e LH podem levar a quadros de amenorreia, que é a ausência de menstruação.  

No homem, o LH incita a produção de testosterona, enquanto o FSH estimula a produção dos espermatozoides. Seu desequilíbrio afeta diretamente a fertilidade do homem. 

Hipófise e Tireóide (TSH, T3 e T4) 

A Hipófise é uma glândula que secreta TSH, hormônio que atua no controle da Tireóide no que se refere a liberação de outros dois importantes hormônios: o T3 e o T4. Essa dupla tem massiva atuação em toda a regulação do metabolismo do corpo. Ou seja, peso, disposição, sono, capacidade da fertilidade entre outros são regulados por esses hormônios. Um equilíbrio que se alterado, pode causar sérios problemas na saúde. Além de afetar diretamente na capacidade da fertilidade, todas as outras atividades do metabolismo também podem ser afetadas, como por exemplo, o peso. 

Para saber se há problemas, o médico acompanha o nível de TSH em um exame de sangue. Se a taxa de TSH estiver alta, é sinal que a tireóide está produzindo poucos hormônios e a hipófise, produtora, do TSH está tentando em vão estimular mais um órgão em insuficiência (a tireóide) aí temos o hipotireoidismo. Em caso de baixo TSH no exame, significa que a tireóide pode estar liberando muito hormônio T3 E T4 (hipertireoidismo) e a hipófise está tentando com que ela volte a produção normal. 

- Prolactina 

Além de ajudar na produção de leite materno, durante a gravidez ela ajuda na liberação da gonadotrofina (GnRH), que regula os hormônios FSH e LH. Excesso de prolactina aumenta a produção de leite materno, porém afeta a estimulação dos folículos e pode levar até a uma ausência de ovulação. 

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