Expansão da modalidade de
crédito deve-se a uma menor taxa de juros nas fintechs, que cresceram no país. Um
Relatório de Crédito do Banco Central (BC), divulgado na última semana, mostra
considerável expansão das antecipações de
recebíveis em todo o Brasil.
Nas pessoas jurídicas, o
crédito livre atingiu R$ 905 bilhões, com aumentos de 4,6% no mês e 11,2% no
ano, sobressaindo, em dezembro, o desconto de duplicatas e recebíveis, a
antecipação de faturas de cartão e os empréstimos de capital de giro.
Segundo o órgão, a expansão do
crédito refletiu o desempenho das instituições privadas, como as fintechs, cuja
carteira cresceu 15,7% no ano.
Este é o caso, por exemplo, da
Fintech Giro.Tech, que atende empresas como a Castrolanda e Balaroti. A empresa
iniciou suas atividades em 2017 e até o momento já antecipou mais de R$100
milhões para pequenos fornecedores.
“O que a Giro faz é
terceirizar serviços para o setor financeiro das empresas com base em
tecnologia. Assim, por meio de uma plataforma customizada, é possível que
fornecedores antecipem o recebimento de suas notas fiscais, com um desconto que
é decrescente, ou seja, menor quanto mais próximo ao vencimento”, afirma
Ronaldo de Oliveira.
Nas fintechs os juros cobrados
nas antecipações partem de 1% e não ultrapassam 5%, ou seja, bem abaixo das
comumente utilizadas no mercado, e que para o pequeno empresário partem de 3% e
podem chegar a 10%.
Os recebíveis são títulos de
crédito estabelecidos por uma negociação entre compradores e fornecedores:
trata-se de um documento que estabelece o valor negociado a ser pago pelo
comprador em um prazo determinado. Muitas vezes, no entanto, o fornecedor sente
a necessidade de antecipar o
recebimento, em função de alguma necessidade de fluxo de caixa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário