Em geral, a possibilidade de
gestação após os 40 anos diminui bastante, mas técnicas de reprodução
assistida podem facilitar muito a geração de um embrião
Após a cantora Ivete Sangalo, aos
45 anos, afirmar que sua gestação foi auxiliada por uma inseminação artificial,
voltou à tona a discussão sobre as possibilidades de gravidez para mulheres
após os 40 anos. Os avanços medicinais abrem a possibilidade, uma boa notícia
para as mulheres que desejam planejar suas vidas de maneira muito mais
tranquila, conciliando a maternidade com outros projetos pessoais.
A procura por clínicas de
medicina reprodutiva também aumentou proporcionalmente, por dar mais segurança
e melhor acompanhamento no processo fértil. Naturalmente existe uma dificuldade
para ocorrer uma gestação após os 40 anos, sobretudo pela baixa, ou nenhuma,
produção de óvulos após essa idade. Além desse fator, as chances de mal
formação do embrião (doenças cromossômicas)
e aborto também aumentam.
O Dr. Fábio Eugênio, médico
diretor clínico do Centro de Medicina Reprodutiva, assegura a importância de um
acompanhamento médico especializado. Como sabemos, o aumento do número de
mulheres que estão buscando engravidar no auge das suas maturidades é a cada
dia maior. Por isso, é essencial o aconselhamento reprodutivo, especialmente
para avaliar a possibilidade ou necessidade de criopreservação de óvulos ou
embriões”, avalia.
Benefícios do planejamento
Uma das vantagens de esperar para
ter filhos é de que o tempo para curtir a vida foi bem maior e mais propício. O
amadurecimento pessoal e profissional auxilia na melhor criação dos herdeiros,
como comprovam alguns estudos: em geral, as mães com mais de 35 anos têm mais
sabedoria do que as mais jovens e tomam decisões melhores em relação aos
cuidados e à educação dos filhos.
Além disso, com 40 anos ou mais,
em média, as mulheres têm mais disposição para amamentar, e, pela maior
experiência, também escolhem alimentos mais saudáveis para suas crianças,
preferindo legumes, frutas e verduras a doces.
Esperar para ter um bebê também
traz vantagens financeiras, como apontam pesquisas realizadas Reino Unido, que
descobriram que as britânicas economizam muito mais a cada ano passado sem
filhos dos que as que se tornaram mães mais jovens, além de terem mais
segurança para voltarem ao trabalho após o fim da licença-maternidade.
Sobre o Dr. Fábio Eugênio
O Fábio Eugênio (CRM 5676 – RQE
5570) é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana Secção Ceará
e atua nesta especialidade desde 1995. É também membro da Sociedade Brasileira
de Ginecologia e Obstetrícia, Academia Americana de Ginecologia Minimamente
Invasiva, Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, Sociedade Europeia de
Reprodução Humana e Embriologia, e Sociedade Brasileira de Reprodução
Assistida. Atualmente é diretor Clínico e um dos quatro sócios da “BIOS –
Centro de Medicina Reprodutiva”
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