Cinzas de carvão mineral vêm
ganhando novo uso graças a uma pesquisa conduzida pelo Laboratório de Mecânica
dos Pavimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Faculdade de Tecnologia
do Nordeste (FATENE), com financiamento da Usina Termelétrica do Pecém. O
resultado do estudo é aplicação de cinzas em 5% da composição (volume) de
blocos de vedação, blocos calha, meio fio, piso intertravados H6 e H8. Os 95%
restantes são compostos por cimento e outros agregados convencionais da
indústria de produção de pré-moldados. Os novos blocos de concreto foram
utilizados no prédio da Usina Termelétrica do Pecém (UTE Pecém),
recém-inaugurado.
A EDP, responsável pela UTE
Pecém, investiu aproximadamente R$ 5,8 milhões na pesquisa. A cinza do carvão
mineral está sendo adicionada à massa que forma os blocos de concreto
utilizados na construção das paredes, na massa do meio feio e no calçamento
externo da unidade (tanto de passeio quanto de circulação de veículos). A
composição está sendo de 95% insumo tradicional e 5% de cinza.
As peças de pré-moldado são
feitas com adição de cimento e de uma série de outros componentes. Os agregados
mais tradicionais são areia e pó de pedra, uma parte desses foi então
substituída pela cinza na proporção de 5%.
Os benefícios da utilização de
cinzas em blocos pré-moldados são: transformação de resíduo em insumo, possível
geração de receita com a comercialização de cinzas e redução de impactos
ambientais em decorrência da substituição de recursos naturais por resíduos na
indústria de pré-moldados.
Reúso de cinzas
Além da pesquisa, as cinzas
provenientes UTE Pecém são direcionadas são direcionadas a empresas cimenteiras
do Ceará e outros estados. O material é reutilizado como matéria-prima para a
fabricação de cimento.
As cinzas do carvão mineral
também representam uma fonte alternativa para outros segmentos. O resíduo pode
ser utilizado em diversos segmentos da construção, como aterros estruturais,
blocos de cinza e cal, cerâmicas, materiais para impermeabilização de bacias de
contenção, remediação de solos, entre outras aplicações.
Sustentabilidade
O novo prédio administrativo UTE
Pecém é equipado com reservatórios para captar água da chuva e direcioná-la
para uso em caixas sanitárias e irrigação de jardim. Ao todo, o sistema tem
capacidade de acumular 20 mil litros de água.
Já a laje do prédio possui
entradas para a luz natural no ambiente interno, reduzindo a necessidade e
iluminação artificial. Para não aumentar a temperatura do ambiente, o que
exigiria mais energia do sistema de refrigeração, as entradas são equipadas com
anteparo reflexivo que difundir a luminosidade e impedir a entrada da carga
térmica. A unidade tem ventilação natural em algumas áreas dispensando a
necessidade de aparelhos de ar-condicionado.
Possui ainda um sistema de
gerenciamento de energia para aumentar a eficiência energética, gerenciar a
temperatura do sistema de refrigeração e controlar os fluxos elétricos. um
sistema de gerenciamento de energia para aumentar a eficiência energética,
gerenciar a temperatura do sistema de refrigeração e controlar os fluxos
elétricos.
Sobre a EDP – UTE Pecém
Em operação desde 2012, a UTE Pecém é um
empreendimento do Grupo EDP. A empresa gera 370 empregos diretos e 1.053
empregos indiretos. A atividade da usina é responsável pela transformação do
Ceará de estado importador para estado exportador da energia elétrica.
A EDP Brasil atua nos segmentos
de Geração, Distribuição e Comercialização e Soluções de energia elétrica no
País. Além do Ceará, a EDP possui ativos em sete estados: Amapá, Espírito
Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, São Paulo e Tocantins.
Controlada pela EDP Energias de
Portugal S.A, uma das maiores operadoras europeias no setor energético, a EDP
Energias do Brasil S.A. integra o Índice de Sustentabilidade da BM&F
Bovespa (ISE), que reúne empresas que adotam boas práticas corporativas no que
diz respeito a aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa.
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