FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO
MAR
Geral: de segunda a quinta, das
8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça
a domingo, a partir das 14h.
Cinema do Dragão-Fundação Joaquim
Nabuco: de terça a domingo, das 14h às 22h.
Museus: de terça a sexta, das 9h
às 19h (acesso até as 18h30); sábado, domingo e feriados das 14h às 21h (acesso
até as 20h30). Gratuito.
Multigaleria: de terça a domingo,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
OBS.: Às segundas-feiras, o
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus,
Multigaleria e bilheterias.
► Chamamento público para Maloca
Dragão 2017
Em abril, o Dragão do Mar
completará 18 anos a serviço da democratização do acesso à arte e à cultura.
Para celebrar mais um ano, o centro cultural realizará a quarta edição do
Maloca Dragão, festival de artes integradas que, além de celebrar o aniversário
do Dragão, festeja a efervescência da produção artística cearense, realizando
uma mostra de lançamentos e estreias, seja de novos artistas e grupos ou de
artistas já conhecidos com novos projetos, além de trazer atrações nacionais e
internacionais. Uma das novidades da Maloca Dragão 2017 será a abertura de
inscrições para interessados em trabalhar no festival. As inscrições serão
realizadas somente pela internet, através do preenchimento de ficha on-line,
disponível no endereço eletrônico www.malocadragao.org.br.
Em 2016, mais de cem atrações,
entre espetáculos cênicos e musicais, se apresentaram em oito espaços do
Festival. Cerca de 60% da programação foi composta por trabalhos selecionados
do banco de dados de programação formado a partir de convite público aos
artistas. No total, foram 323 projetos inéditos inscritos para o festival, dos
quais foram selecionados 75, sendo 53 em música, 10 em Teatro, 01 em Circo, 06
em Literatura e 05 em Dança. Muitos dos
inscritos não selecionados na etapa foram ainda convidados para programas
diversos do Dragão do Mar, tais como Praça do Rock, Pôr do Som, Dragão Blues e
Fuxico no Dragão. Este ano, o Festival seguirá curando um apanhado de projetos
cearenses inéditos, agora também nas categorias Culturas Populares e Arte
Urbana.
Outra novidade é que, além de
artistas e coletivos candidatos a compor parte da programação artística, a
chamada pública da Maloca contemplará também produtores culturais, técnicos de
iluminação, som, cenotecnia e roadies, que formarão um banco de dados de
profissionais que poderão ser convidados a trabalhar no Maloca Dragão 2017 e em
demais ações culturais do centro de arte e cultura. Os inscritos receberão
qualificação gratuita através do Lab Maloca, curso de formação realizado pelo
Dragão do Mar e Porto Iracema das Artes, escola de formação e criação do Ceará,
ligada ao Instituto Dragão do Mar. No dia 23 de fevereiro, Dragão e Porto
realizaram um encontro aberto para escuta das demandas formativas e elaboração
da grade dos cursos a serem ofertados em abril próximo.
Segundo o diretor de Ação
Cultural do Dragão do Mar, João Wilson Damasceno, a reciclagem do conhecimento
dos profissionais técnicos da Maloca foi iniciada já em 2016, com cursos
gratuitos nas áreas de Produção, Técnicas de Sonorização, Iluminação, Montagem
Sub (Subs), Técnicas de Mixagem e Roadies, mas a experiência com a oferta de
vagas visa tornar ainda mais democrático o processo de contratação da força de
trabalho do festival, além de estimular o interesse por essas áreas que, com a
expansão do mercado cultural e de entretenimento, tornam-se cada vez mais
promissoras como geradoras de emprego e renda.
Inscrições
As inscrições na Chamada Pública
do Maloca Dragão 2017 devem ser feitas exclusivamente no endereço eletrônico
www.malocadragao.org.br, onde também poderá ser acessado um passo a passo da
inscrição. Entretanto, para efetivar a inscrição e ter acesso ao formulário
on-line, o interessado deverá, primeiramente, se cadastrar no Mapa Cultural do
Ceará (http://mapa.cultura.ce.gov.br), plataforma digital que integra uma rede
de agentes culturais do nosso Estado. Entre os inúmeros benefícios gerados, a
participação no Mapa proporciona ao agente cultural a visibilidade aos seus
trabalhos, formação de networking, o acompanhamento da agenda cultural e a
consulta a outros projetos culturais.
Quem tiver dificuldade em
concluir o processo de inscrição poderá participar de oficinas de orientação,
nos dias 14 e 17 de março, das 14h às 18h, no auditório do Dragão do Mar. O acesso
é gratuito, sem necessidade de inscrição prévia.
Maloca Dragão 2017
O Maloca Dragão 2017 acontecerá
de 28 a
30 de abril de 2017, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e em espaços do
seu entorno, com a apresentação de manifestações artísticas diversas. Chegando
à sua quarta edição, o Maloca Dragão já se firmou no calendário cultural como o
maior festival de artes integradas do Ceará. No ano passado, durante quatro
dias, o festival recebeu mais de um milhão e meio de visitantes.
Inscrições de 6 a 20 de março de 2017, no
site http://malocadragao.org.br/. Inscrições gratuitas. Mais informações: (85)
3488.8612.
► [ASTRONOMIA] NOITE DAS ESTRELAS
Todos os meses, sempre nas noites
de Quarto Crescente Lunar, o planetário disponibiliza telescópios ao público em
geral para observação astronômica de Crateras da Lua, Planetas, Nebulosas etc.
Dias 7 e 8 de março de 2017, das
19h às 21h, em frente ao Planetário. Acesso gratuito. Em caso de céu nublado, a
atividade poderá ser interrompida ou cancelada.
► Teatro da Terça [Temporada de
Arte Cearense]
O CANTIL 10 ANOS
Teatro Máquina
O Cantil surge de uma leitura
bastante específica de "A exceção e a regra", de Bertolt Brecht, onde
a palavra é suprimida para que o gesto seja enfatizado e o trabalho dos atores
possa ser refuncionalizado pelo exercício de demonstração e manipulação. Trata,
portanto, de uma viagem sem espaço nem tempo definidos. Dois homens seguem à
procura de algo. Para o patrão, a viagem é urgente e aterradora; para o
empregado, é apenas objeto de seu ganha-pão. Entre os dois, se estabelece uma
relação nos extremos da desconfiança total e da pura subserviência, relação
essa transfigurada pela ausência/presença do cantil.
Dias 7, 14, 21 e 28 de março de
2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Classificação: 12 anos.
► [FOTOGRAFIA] GOLPE DE VISTA
Tema: “A fotografia como ativismo
feminino”
Convidadas: Patrícia Veloso,
Marília Oliveira e Fabiane de Paula
O dia 8 de março é celebrado
internacionalmente partindo de várias reflexões. A criação do Dia Internacional
da Mulher reflete desde o incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911,
quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas, assim como as lutas
feministas ao longo do século XX.
Importante refletir que tais
datas surgem sobre fatos históricos de opressão às mulheres e devem ser vistas
como momento de mobilização para a conquista de mais direitos e para discutir
as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas
mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado no Brasil
assim como em outros países.
No Brasil, a luta feminina ganhou
força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que
conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio
Vargas. A partir dos anos 1970, emergiram no país organizações que passaram a
incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a
saúde da mulher.
O termo mulher, e tudo o que
implicaria ser mulher, está inserido em uma sociedade heterossexista, ou seja:
a imagem dita feminina foi construída nas suas relações (de submissão, muitas
vezes) com os homens. Nesta edição discutiremos sobre os desdobramentos do
termo: Feminino mostrando que vai além das relações de gênero e das construções
culturais.]
Dia 8 de março de 2017, às 19h,
no Auditório. Acesso gratuito e livre.
► [ESPECIAL DIA DA MULHER]
TROVADORAS ITINERANTES E DAMAS CORTEJAM
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura apresenta uma programação especial no Dia Internacional da Mulher, com
os shows Trovadoras Itinerantes e Damas Cortejam. Confira informações sobre as
atrações.
TROVADORAS ITINERANTES
Participação: Rede Mnemosine de
Mulheres Cordelistas, Cantadoras e Repentistas
Grupo: Cia Catirina/Rede
Mnemosine
O show Trovadoras Itinerantes
traz o melhor da cultura nordestina, passeando por canções e poesias autorais
do grupo e de grandes nomes da cantoria e da literatura de cordel. Também
propõe feira de folhetos femininos e recital com mulheres cordelistas e
cantadoras pertencentes à Rede Mnemosine, comemorando o Mês Internacional da
Mulher. Os temas do recital refletem o universo feminino em diversas vertentes
e abordagens política, social, cultural e filosófica, contando com a
participação de autoras da literatura de cordel cearense. Após recente
circulação pela França, as Trovadoras Itinerantes revelam o imaginário popular
nordestino sob o olhar feminino de modo emocionante e interativo.
Sobre a Rede Mnemosine
A Rede Mnemosine é um movimento
nacional de valorização da produção feminina na cultura popular, especialmente
voltado às artes da literatura de cordel, gravura e cantoria. Mais de dez
estados e 200 mulheres fazem parte da rede, que também possui uma editora de
folhetos femininos exclusivos. Parceira das ações da ONU e premiada em 2016
pelo 8o. Prêmio Viva Leitura do MinC.
Trovadoras Itinerantes -
www.trovadorasitinerantes.blogspot.com
Facebook:
https://www.facebook.com/trovadorasitinerantes/?fref=ts
Rede Mnemosine -
https://www.facebook.com/redemnemosine/?fref=ts
Todas as informações em:
www.redemnemosine.blogspot.com
Créditos das fotos: Tim Oliveira
e Marcelo Paes de Carvalho
DAMAS CORTEJAM
O projeto "Damas
Cortejam", grupo percussivo feminista, nasce trazendo em sua essência duas
expressões da palavra "cortejo": como ato de cortejar,
"galantear"; mas também como nome que costuma se dar ao movimento
realizado por caravanas musicais, compostas por instrumentistas que se deslocam
tocando e cantando, principalmente pelas ruas. Ambos os significados trazem de
maneira forte marcas do lugar da mulher contemporânea, que em contrapartida a
tempos passados e em contraste com a expressão, tão rebuscada, "
dama", assume papéis e atividades das mais diversas, além de poder
posicionar-se de forma mais ativa. Hoje as mulheres ocupam "a rua" e
os palcos. Hoje, "AS DAMAS TAMBÉM CORTEJAM".
O título atribuído à
apresentação, "AS DAMAS TAMBÉM CORTEJAM"!, também possui consonância
com as ideias que perpassam toda a constituição do projeto, trazendo de forma
lúdica e provocativa o lugar atual da mulher na sociedade e no campo da arte. O
show, conduzido por uma "caravana" composta em sua totalidade por mulheres,
promete jogar com essas ideias, de forma descontraída na execução de cada
música.
Quanto ao repertório, o
espetáculo contempla músicas populares brasileiras, percorrendo desde seu
estilo mais clássico até o regional, passando também pelo movimento conhecido
como Tropicália. A ideia é de executar prioritariamente este estilo musical
(MPB), porém adaptando-o a ritmos percussivos. O repertório inclui também,
ainda que em menor escala e, como os demais, adaptados para a versão
percussiva, gêneros musicais como o brega, o rock, o samba e de outros
movimentos, como a Bossa Nova.
Desde 2012, "as damas"
vêm ensaiando e montando repertório, em encontros bastantes produtivos, onde
cada uma contribui com suas experiências anteriores, ou mesmo paralelas, em
outros projetos e bandas. Todo processo criativo do grupo é construído de forma
democrática e aberta, compondo um projeto que traz como traços mais marcantes a
sensibilidade feminina, a força da batida percussiva e, principalmente, a
riqueza da diversidade da Música Popular Brasileira.
Dia 8 de março de 2017, às 19h,
no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito. Classificação livre.
► Espetáculos circenses
[Temporada de Arte Cearense]
CABARÉ DA DESGRAÇA
Cia As 10 Graças de Palhaçaria
São Crisóstomo declara de saída
que as burlas e o riso não provêm de Deus, mas são uma emanação do diabo e nós,
humanos, somos tonéis mal ajustados prestes a explodir, pois estamos sempre na
incessante fermentação da piedade e do temor divino. O riso! Não é uma
brincadeira e não temos a menor intenção de renunciar a ele. O Cabaré da
Desgraça é um convite à libertinagem e aos excessos. Exceder, transgredir e
deformar estão na ordem do espetáculo, uma variedade de números e absurdos onde
celebramos o inacabado, a mudança e a vida, pois o que importa é o agora!
Dias 8, 15, 22 e 29 de março de
2017, às 20h, no Teatro do Dragão do Mar. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia).
Classificação: 18 anos.
►Nas Ruas do Dragão [Temporada de
Arte Cearense]
A SAGA DE JESUS CRISTO
Cia Epidemia de Bonecos
Zé Cariri e Matusalém apresentam
uma história que mostra os momentos significativos da vida de Jesus: no deserto,
Jesus é tentado pelo demônio. Encontra seus discípulos e outros seguidores.
Enquanto acontece o sermão da montanha, os homens sábios da Galileia estranham
o poder que aquele homem tinha, arrastando multidões com suas palavras. Após a
festejada entrada de Jesus em Jerusalém, é chegada a hora da santa ceia.
Enquanto isso, Judas conspira contra Jesus. E no monte das oliveiras acontece à
sua prisão... Ele é espancado e morto. Depois, ressuscita e sobe ao céu.
Dias 9, 16, 23 e 30 de março de
2017, às 19h, no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito. Classificação
livre.
► Quinta com Dança Experimental
[Temporada de Arte Cearense]
UM CORPO JOGADO AO MAR
Bruno Gomes
Uma queda brusca de um corpo em
médio transe rasga o espaço, desloca-se. Encarnado na figura de uma deusa.
Deusa mostra. Deusa e Diabo. Grito seco, grito mudo de uma mãe oceano. O mar
como testemunha de um ato brutal e como território para este acontecimento,
entre a realidade e o que se pode inventar. O mar dorme fiel, sobre seus
túmulos. A deusa faz a terra cantar! Ela faz a terra ranger os dentes! Olhem
para o seu quadril de lá saem o céu e o inferno.
► Quinta com Dança [Temporada de
Arte Cearense]
ANATOMIA DAS COISAS ENCALHADAS
Silvia Moura
A relação com o descartável.
Através do uso, da manipulação dos objetos fazemos uma análise das nossas
relações pessoas. Em cena a trajetória de cada um na luta pela convivência com
o outro. Uma busca pelo entendimento das relações como modo de operar a vida,
um chamado a observação do consumo desenfreado de objetos e ao uso das pessoas
com parte de uma cadeia de consumo.
Dias 9, 16, 23 e 30 de março de
2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Classificação: livre.
► Teatro Infantil [Temporada de
Arte Cearense]
A MENINA DOS BRINCOS DE OURO
Paula Yemanjá e Edivaldo Batista
Baseado no conto homônimo de
Câmara Cascudo, os atores contam a história de Maria do Socorro, filha de
lavadeira e que sonha em ser cantora. Sua vida muda quando é raptada por
Venâncio, homem sem escrúpulos, que obriga a menina a cantar em troca do seu
belo par de brincos de ouro. A peça é o segundo trabalho da parceria de Paula
Yemanjá e Edvaldo Batista. Os atores se dedicam à pesquisa sobre linguagem
teatral para crianças e sua possibilidade de conexão com o teatro
contemporâneo.
Dias 11, 12, 18 e 19 de março de
2017, às 17h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Classificação livre.
► Varieté [Temporada de Arte
Cearense]
O SINAL
Gleilton Silva
Dia 12 de março de 2017, às
16h30, na Praça Verde. Classificação: livre.
► Nas Ruas do Dragão [Temporada
de Arte Cearense]
CH@FURDO
Dona Zefinha
Em Ch@furdo, três irmãos se
reúnem para realizar uma apresentação musical improvisada com a maioria dos
instrumentos feitos de materiais alternativos. Ao longo do espetáculo, vão
descobrindo, junto do público, diversas formas de composição musical. O irmão
mais velho tenta, a todo o momento, reger e organizar a apresentação, façanha
que se torna difícil uma vez que o irmão mais novo sempre se desconcentra,
atrapalhando os números e deixando o irmão do meio entre a obrigação e a
brincadeira. Chafurdo - que significa caos descontrole, algazarra e festa - é o
que proporciona os musicômicos Orlângelo Leal, Ângelo Márcio e Paulo Orlando,
provocando o público com música excêntrica e outras surpresas. Um espetáculo
livre para todos os públicos.
Dias 12, 19 e 26 de março de
2017, às 17h, na Praça Verde. Acesso gratuito. Classificação: livre.
// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR
Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da
parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
Sempre de sexta a domingo, das
17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.
Planeta Hip Hop
Grupos promovem exibições de
dança e música hip hop.
Todos os sábados, às 19h, na
Arena Dragão do Mar. Gratuito.
Brincando e Pintando no Dragão do
Mar
Brincadeiras e atividades
infantis orientadas por monitores animam a criançada na Praça Verde.
Todos os domingos, das 16h às
19h, na Praça Verde. Gratuito.
Fuxico no Dragão
Atrações artísticas e uma
feirinha com vinte expositores de produtos criativos em design, moda e
gastronomia agitam as tardes de domingo.
Todos os domingos, das 16h às
20h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.
// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura informa que o Planetário Rubens de Azevedo passa por manutenção
corretiva. Está, portanto, temporariamente fechado para atendimento ao público.
// EXPOSIÇÕES
► Raimundo Cela – Um mestre
brasileiro
Curadoria: Denise Mattar
O advento do Modernismo no
Brasil, em 1922, e sua implantação, até o final dos anos 1940, foram
responsáveis pela depreciação dos artistas formados em bases acadêmicas. Nessa
zona de esquecimento permaneceram, por décadas, excelentes pintores como Eliseu
Visconti, Lucílio Albuquerque e Antônio Parreiras. Se isso ocorreu com pintores
do eixo Rio-São Paulo, o que dizer de um artista de origem acadêmica que optou
por viver e pintar sua terra natal, o Ceará? Essa miopia, finalmente, começa a
ser desconsiderada pela crítica, abrindo espaço para a descoberta de grandes
talentos esquecidos, como o pintor Raimundo Cela, cuja itinerância Raimundo
Cela – Um mestre brasileiro chega no dia 17 de janeiro ao Centro Dragão do Mar
de Arte e Cultura, depois de passar pelo Museu de Arte Brasileira da Fundação
Armando Álvares Penteado – MAB FAAP e pelo Museu Nacional de Belas Artes
(MNBA), no Rio de Janeiro. A mostra, com curadoria de Denise Mattar, tem
idealização da Galeria Almeida e Dale e patrocínio da MINALBA.
A retrospectiva, sucesso de
público nas duas capitais, cumprindo sua missão de apresentar aos paulistanos e
cariocas a obra do artista, abarca sua trajetória a partir de momentos-chave: o
prêmio da Escola Nacional de Belas Artes, a viagem à Europa, o retorno a Camocim,
a mudança para Fortaleza e a volta ao Rio de Janeiro. Desenhos, gravuras,
aquarelas e pinturas, de todas essas fases, permitem compreender o seu processo
criativo.
Segundo a curadora da mostra,
Denise Mattar, Raimundo Cela é um dos principais criadores da visualidade
cearense, ao destacar em sua obra pescadores e jangadeiros e a intensa luz das
praias cearenses e as nuvens rosadas do céu equatorial. “Cela descartou a
representação do nordestino como o sertanejo miserável e faminto, para mostrar
o trabalhador forte e decidido do litoral. Suas composições, minuciosamente
construídas, são plenas de ritmo e emoção. Elas reúnem a precisão do engenheiro
à sensibilidade do artista, o épico ao cotidiano, a precisão do desenho à
energia da cor”, afirma.
A exposição reúne obras do Museu
de Arte da Universidade Federal do Ceará, do Instituto Dragão do Mar, do
Palácio da Abolição, do Palácio Iracema, em Fortaleza, e do próprio Museu
Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, além de 15 coleções particulares de Fortaleza,
Rio e São Paulo. Em contribuição à preservação da memória do artista e de sua
obra, o projeto realizou o restauro de quatro obras que serão exibidas ao
público pela primeira vez: Rendeira (1931, óleo sobre madeira, 32 x 40,5 cm ); Cabeça de vaqueiro
(1931, óleo sobre madeira, 38 x 46
cm ) e Cabeça de Jangadeiro (1933, óleo sobre madeira, 38
x 46 cm )
e Catequese (Óleo sobre tela 190 x 200 cm ).
A mostra abre com desenhos e
óleos de seus primeiros trabalhos, marcados pela influência do academicismo, ou
seja, obras determinadas pelo perfeito domínio da técnica clássica, na
composição de telas figurativas, evocações à Antiguidade Clássica e à paisagem
brasileira. Nesse setor, destaca-se, entre outras, o Último diálogo de Sócrates
(1917), obra premiada pela Escola Nacional de Belas Artes com uma viagem ao
exterior.
Por causa da Primeira Guerra, a
viagem acontece apenas em 1920, justamente o princípio dos anos loucos da
capital francesa, onde Cela dedica-se aos estudos da gravura em metal, dando
uma nova perspectiva à sua obra, não apenas na técnica, como também na
temática. Ao longo dos anos em que permanece na Europa, como o público verá na
exposição, seus desenhos, óleos e gravuras retratam cenas da paisagem francesa,
como na tela Paisagem de Saint-Agrève (1921), e da realidade parisiense e de
seus tipos, em estudos de nus e nos desenhos Ferreiro e Funileiro (1921).
Seus trabalhos despertam atenção
da crítica parisiense e ele tem obras selecionadas para o Salon des Artistes
Français. Nesse momento o artista sofre um AVC que o impede de pintar.
Retornando ao Brasil, reside em Camocim e fica sete anos sem pintar. Volta a
fazê-lo em 1929 e já realizando a temática que será a sua marca.
Um dos grandes destaques da
exposição e da obra de Cela, o painel Abolição (1938), estará reproduzido em
suas dimensões originais. Primeiro estado brasileiro a abolir a escravatura, em
25 de Março de 1884, o Ceará, terra-natal de Cela, encomenda a ele, em 1938, um
painel que simbolize o momento histórico tão marcante para o Ceará e para o
Brasil.
Raimundo Cela, sendo um moderno,
nunca foi um modernista. O valor da arte de Raimundo Cela deve-se ao fato de
ter sido concebida à margem das escolas, de não ter sido contaminada pelos
modismos passageiros.
Nas palavras de Cláudio Valério
Teixeira (artista plástico, restaurador e crítico de arte): “Na obra de Cela
nada é inocência, tudo é fruto de planejamento, economia e técnica. Mas tudo é
também movimento, força, agilidade e graça. Sua arte não procura simplesmente
imitar as coisas representadas, é de uma beleza solene, meio melancólica, mas
luminosa”.
O pintor, após um período em
Fortaleza, retornou ao Rio de Janeiro em 1945. Tornou-se professor de gravura
em metal da Escola Nacional de Belas Artes, cargo que ocuparia até a sua morte,
em 1954. Nesta última fase da carreira, Cela foi duas vezes premiado com a
medalha de ouro do Salão Nacional de Belas Artes.
Em cartaz até dia 26 de março de
2017, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE. Visitação: de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados,
das 14h às 21h (acesso até das 20h30). Gratuito.
► A Arte da Lembrança – A Saudade
na Fotografia Brasileira
A partir de 18 de janeiro
(quarta-feira), o Itaú Cultural e o Museu de Arte Contemporânea do Ceará –
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abrem para visitação a exposição A Arte
da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira. Dois dias antes (segunda-feira
16, às 19h), é realizada uma mesa com o curador da mostra Diógenes Moura e o
fotógrafo cearense Tiago Santana sobre os 10 anos de pesquisa que culminaram
nessa exposição e o trabalho do fotógrafo, voltado para a arte e a
religiosidade.
Em cartaz até 26 de março, A Arte
da Lembrança perfaz um percurso iconográfico deste sentimento pessoal e
universal, a saudade, registrado nos trabalhos em exibição em um arco de 80
anos, a partir da década de 1930, nos estados da Bahia, Pará, Pernambuco, Rio
de Janeiro e São Paulo. A mostra reúne 123 imagens de 36 artistas brasileiros,
ou residentes no país, em variados estilos e linguagens. São nomes de
representatividade na produção fotográfica do Brasil, como Alcir Lacerda,
Alberto Ferreira, Irene Almeida, Luiz Braga, Gilvan Barreto, Paula Sampaio e o
cearense Márcio Távora.
Além da curadoria de Moura, a
exposição tem pesquisa de Samuel de Jesus e projeto expográfico de Henrique
Idoeta Soares e Érica Pedrosa, do Núcleo de Produção do Itaú Cultural. Ela
chega a Fortaleza, seguindo uma itinerância iniciada em São Paulo, com
passagens posteriores por Belém e Salvador.
“A Arte da Lembrança convida o
espectador a iniciar um percurso singular em um espaço de associação de ideias
onde se juntam as experiências sensíveis que detemos do mundo”, observa o
curador. Pernambucano, poeta, fotógrafo e ex-curador de fotografia da
Pinacoteca do Estado de São Paulo, ele ganhou, em 2014 o prêmio da Associação
Paulista de Críticos de Arte (APCA) pela exposição Retumbante Natureza Humanizada,
realizada no Sesc Pinheiros com fotos de Luiz Braga, um dos participantes desta
mostra.
Para Moura, a tradução de saudade
vibra nas imagens selecionadas para esta exposição. “Nos rostos anônimos
oferecidos ao passante curioso, dispostos no cenário improvisado de um
fotógrafo popular”, diz complementando: “No desvio de uma rua, ou no meio da
praça pública, percebemos a estranha sensação do seu limiar imagético.”
Até chegar ao conjunto de obras a
serem exibidas, ele fez uma extensa pesquisa em todo o país em acervos
particulares e instituições públicas. Reuniu cópias de época e ampliações
únicas em pigmento mineral sobre papel algodão, entre outras, tanto em P&B
quanto em cor e videoprojeções. No Dragão do Mar, a montagem ocupa todo o
primeiro subsolo, com seis diferentes temáticas. Entre elas, o mar, a cidade
das décadas de 1940 a
1960 e a morte – esta, abordada não só do ponto de vista humano, mas também
material, mostrando o abandono de diferentes espaços.
Para citar algumas das obras,
encontra-se neste percurso fotos de ambientes desolados, que denotam as marcas
recentes da passagem de alguém, feitas pelo cearense Márcio Távora em 2011;
Alberto Ferreira retrata em três fotos a construção de Brasília. Rastros de uma
família e suas sutis tradições impressas em detalhes são fotografadas pelo
premiado fotógrafo oriundo do Pará, Luiz Braga. Vê-se ainda o piso que restou
de uma casa destruída no interior do Pernambuco, clicada por Gilvan Barreto em
2011; uma mulher consultando seu relógio, entre outras, diante do cinema na
Cinelândia, no Rio de Janeiro, feita por Kurt Klagsbrunn no final da década de
40. Conte-se aqui também as videoprojeções Vazio, realizada por Alberto Bittar,
em 2012, e Sonoro Diamante Negro, do ano de 2014, de Suely Nascimento.
Há ainda nove obras pertencentes
ao acervo do Itaú Cultural e outras quatro fotos selecionadas pelo curador
durante a pesquisa para a exposição, exibidas em formato de vídeo-projeção.
Elas remontam ao início do movimento modernista na fotografia nacional, nos
anos 1940, de autoria de German Lorca, José Oiticica Filho, Ademar Manarini,
José Yalenti, Julio Agostinelli e de dois estrangeiros residentes no país, o
letão Alexandre Berzin e o austríacoKurt Klagsbrunn. Neste espaço ainda há
trabalhos de Luciano Andrade, nascido em 1950, na Bahia, cujo olhar
contemporâneo dialoga com o dos demais artistas.
Como escreve o curador, são,
enfim, registros das cidades e suas demolições, da perda das paredes do tempo,
de objetos vazios à mercê da poeira do passado; da ausência e morte de entes
queridos por alguém.
Em cartaz até dia 26 de março de
2017, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação: de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e sábados, domingos e feriados, das
14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição "Miolo de Pote:
a cerâmica cearense primitiva e atual" [Salas 3 e 4]
Reúne uma série de peças feitas
de barro, a mostra apresenta o dinamismo e vivacidade desta arte ancestral e
milenar, no Ceará, além de trazer ainda a contribuição de artistas plásticos e
visuais como Bosco Lisboa, Gentil Barreira e Tiago Santana.
Potes, panelas, alguidar, caco de
torrar café, brinquedos. A exposição Miolo de Pote revela um Ceará uno e
múltiplo, similar e diverso, em dia com as heranças indígenas, africanas,
ibéricas. “Primitiva e atual, a arte no barro mantém características próprias em
cada localidade ou região, seja no tipo de material, no desenho, nas técnicas,
seja no resultado final”, define a curadora Dodora Guimarães. Além dela, a
mostra tem ainda a contribuição curatorial da historiadora e diretora de museus
do Centro Dragão do Mar, Valéria Laena.
Miolo de Pote reúne, sobretudo,
duas coleções públicas: a do Museu da Cultura Cearense (Instituto Dragão do
Mar), feita entre 1997 e 1998, que cobriu a Região do Cariri, Saboeiro e
Iguatu; e a da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Governo do Estado do
Ceará), adquirida em 2005 e 2006, durante o Projeto Secult Itinerante, que
percorreu todo o Estado. Algumas peças advindas do Projeto Comida e da
exposição O Fabuloso Mundo do Barro, ambos do MCC, enriquecem a mostra que
conta ainda com a participação dos artistas plásticos e visuais Bosco Lisboa,
Gentil Barreira, Liara Leite, Sabyne Cavalcanti, Tiago Santana, Tércio Araripe,
Terry Araújo e Túlio Paracampos.
Instalação de Bosco Lisboa
Em julho, o MCC e o artista Bosco
Lisboa desenvolveram uma oficina gratuita, aberta ao público, cujas peças
produzidas agora são parte de uma instalação inédita, nesta exposição. Nas
aulas ministradas de 19 a
22 de julho, no ateliê da Praça Verde do Dragão do Mar, o artista ensinou as
técnicas para se trabalhar com argila.
Natural de Juazeiro do Norte
(CE), Bosco desenvolveu, por mais de dez anos, uma pesquisa com artesãos do
Sítio Touro e do bairro Tiradentes, tradicionais redutos da cerâmica de sua
cidade natal. Em 1994, passou a moldar o barro tendo em vista sua relação com o
cotidiano. Por seu trabalho, recebeu menção honrosa no Salão dos Novos em 1993,
em Fortaleza. Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se 1ª
Bienal do Cariri (Juazeiro do Norte, 2001), Bienal Naif’s (Sesc Piracicaba,
2004) e Projeto Abolição Tudo É de Barro, no Centro Cultural do Abolição
(Fortaleza, 2005).
Acessibilidade
Essa exposição oferece recursos
acessíveis para proporcionar autonomia ao público. Disponibilizamos: textos em
Braille, textos com letras ampliadas, peças que podem ser tocadas, vídeo de
Libras e mediação especializada
Em cartaz até 31 de março de
2017, no Piso Intermediário do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição "Narrativas e
Alteridade – O outro de nós" [Encontros de Agosto 2016]
A partir do tema “Narrativas e
Alteridade”, o festival Encontros de Agosto 2016 propôs que fotógrafos dos nove
estados do Nordeste fossem além das próprias fronteiras, trazendo e
potencializando imagens de lugares e sujeitos imaginados. O público poderá
contemplar na exposição questões universais a partir das realidades locais,
percebendo aproximações e diferenças.
Esta exposição é composta de
mostras coletivas de fotógrafos cearenses e dos demais estados do Nordeste. “As
narrativas visuais têm como fundamento a alteridade, traduzida e discutida pelo
olhar de 54 fotógrafos, sendo 23 deles cearenses. É uma oportunidade única dos
espectadores verem essa rica produção nordestina em um só local. São mais de
300 fotos”, explica a coordenadora geral do evento, Patricia Veloso.
Os intercâmbios abrem canais de
comunicação para circuitos nacionais e internacionais. Após a exibição no
Ceará, as mostras serão adequadas para uma exposição itinerante. Mais sobre o
Encontros de Agosto: www.encontrosdeagosto.com.
Em cartaz até 31 de março de
2017, no Piso Superior do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição Vaqueiros [Mostra
Permanente]
Em exibição no Museu da Cultura
Cearense desde 1998, a
Exposição Vaqueiros arrebata o público que nela identifica traços de sua
cultura e costumes. A exposição ao longo dos anos enriquece os saberes, instiga
reflexões, desperta emoções. Nela revelam-se inúmeros elementos que
possibilitam rememorar e reconstruir o que se compreende como o universo
sertanejo.
Na exposição, você conhecerá o
vaqueiro como profissional, sertanejo, trabalhador, conhecedor de inúmeras
funções e do meio em que habita, capaz de inúmeros feitos, viajará pelas
humildes manifestações do cotidiano, religiosidade e festividades e
testemunhará particularidades como a habilidade com o artesanato do couro, as
práticas da derrubada e da cria do gado, dentre outras.
No Piso Inferior do Museu da
Cultura Cearense. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as
18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as
20h30). Gratuito.
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