A Organização Mundial da Saúde
(OMS) aponta que o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos
de hanseníase. No Ceará, ao longo de 2018, houve 1.700 novos registros da
doença infecciosa. Para combater e prevenir a hanseníase, foi criada a campanha
“Janeiro Roxo”, sendo o dia 27 de janeiro o Dia Mundial da Luta contra
Hanseníase.
A dermatologista Hercilia
Queiroz lembra que a enfermidade é antiga, mas devido à incidência cada vez
mais alta seus índices preocupam as autoridades em saúde no Brasil. “Apesar de
ser uma doença que se manifesta na pele, a doença pode atingir diversas áreas
do corpo e é capaz de causar incapacidades e deformidades no paciente
diagnosticado tardiamente”, destaca a especialista.
A dermatologista ressalta que
manchas com alteração de sensibilidade na pele podem ser discretas e persistir
por anos sem o diagnóstico, se o paciente não buscar atendimento capacitado por
médico ou equipe na Unidade Básica de Saúde. Ainda segundo Hercilia, muitos já
tiveram contato com a bactéria sem nem mesmo saber, o que corrobora a
importância do acompanhamento clínico.
“A transmissão ocorre pela
respiração e contato prolongado com doentes sem tratamento. Há no organismo uma
defesa natural e somente algumas pessoas se tornam suscetíveis à doença. A
Sociedade Brasileira de Dermatologia apoia a causa também buscando informar
sobre a gravidade, além de orientar e contribuir para a redução do preconceito
acerca da hanseníase”, disse a médica.
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