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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Saúde] Janeiro Roxo alerta para combate à hanseníase; Ceará registrou 1.700 novos casos


A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase. No Ceará, ao longo de 2018, houve 1.700 novos registros da doença infecciosa. Para combater e prevenir a hanseníase, foi criada a campanha “Janeiro Roxo”, sendo o dia 27 de janeiro o Dia Mundial da Luta contra Hanseníase. 

A dermatologista Hercilia Queiroz lembra que a enfermidade é antiga, mas devido à incidência cada vez mais alta seus índices preocupam as autoridades em saúde no Brasil. “Apesar de ser uma doença que se manifesta na pele, a doença pode atingir diversas áreas do corpo e é capaz de causar incapacidades e deformidades no paciente diagnosticado tardiamente”, destaca a especialista.

A dermatologista ressalta que manchas com alteração de sensibilidade na pele podem ser discretas e persistir por anos sem o diagnóstico, se o paciente não buscar atendimento capacitado por médico ou equipe na Unidade Básica de Saúde. Ainda segundo Hercilia, muitos já tiveram contato com a bactéria sem nem mesmo saber, o que corrobora a importância do acompanhamento clínico.

“A transmissão ocorre pela respiração e contato prolongado com doentes sem tratamento. Há no organismo uma defesa natural e somente algumas pessoas se tornam suscetíveis à doença. A Sociedade Brasileira de Dermatologia apoia a causa também buscando informar sobre a gravidade, além de orientar e contribuir para a redução do preconceito acerca da hanseníase”, disse a médica.

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