FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO
MAR
Geral: de segunda a quinta, das
8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça
a domingo, a partir das 14h.
Cinema do Dragão: de terça a
domingo, das 14h às 22h. Ingressos: R$ 14 e R$ 7 (meia). Às terças-feiras, o
ingresso tem valor promocional: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Museus: de terça a sexta, das 9h
às 19h (acesso até as 18h30); sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h
(acesso até as 20h30). Acesso gratuito.
Multigaleria: de terça a domingo,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.
OBS.: Às segundas-feiras, o
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus,
Multigaleria e bilheterias
► [TEATRO] Espetáculo “Derivações
do Pior – Explosão-Expansão do Pra Frente o Pior”
Cia Inquieta
Em abril de 2018, a Inquieta Cia. faz
dois anos caminhando com o PIOR. Nesse mês, nesse ano e nesse Brasil,
convocamos vocês a explodirmos e expandirmos esse percurso. Agindo com o
momento atual, as Derivações são atividades em série que tocam o PIOR,
tateando-o. Com ações que expandem o espetáculo de dança-teatro PRA FRENTE O
PIOR, acolhem performances, leituras performáticas, debates e diálogos com
outras linguagens artísticas.
Sinopse do DERIVAÇÕES DO PIOR:
O que você vai ler agora é o que
você vai ler agora. Nós seguimos aniquilados e degradantes. Talvez estejamos
cansados de lutar pela utopia da transformação. Fizemos pairar no ambiente uma
força melancólica e latente que está nos destruindo. A dinâmica do poder está
tirando a nossa rigorosa capacidade de pensar. Estamos em crise, afogando-nos
em soluções que afundam a nós mesmos. E queremos abrir diálogos sobre o fim do
mundo, quem sabe, cavando nosso próprio fim para nossa insurreição. Por isso,
nós, da Inquieta Cia., vamos realizar as ações Derivações do PIOR.
Derivações do PIOR é uma série de
ações que expandem o espaço sensível da nossa obra cênica PRA FRENTE O PIOR,
estreada em abril de 2016. Estamos contaminados por diferentes linguagens
artísticas e trazemos proposições em performances que tratam dos discursos atuais
sobre o fim do mundo, sobre o declínio do corpo e dos modos de existir.
Sinopse do PRA FRENTE O PIOR:
Pessoas cavando seu próprio fim
serão como pessoas cavando o fim. Passo a passo, um coletivo arranha um
percurso adiante. Sempre adiante, desorientam pactos de convivência e, ainda
assim, permanecem como grupo, comunidade, tribo, sociedade... Criar, lutar,
adiante, sem esperança. Adiante sem acreditar. Adiante como imperativo ético.
Um corpo que já não aguenta mais e se mantém, enfim. Adiante. Em fim
Inquieta Cia.
A Inquieta Cia. atua com o
objetivo de estilhaçar funções e referências em suas pesquisas e atividades
artísticas, interessando-se por criações colaborativas e por circunstâncias que
incomodem e mobilizem tanto a arte como o contexto sociocultural em que essa se
encontra inserida. Seu repertório é formado pelos espetáculos “Metrópole”;
(2012), “Esconderijo dos Gigantes” (2015) e “PRA FRENTE O PIOR” (2016).
Inquieta realiza diversas ações
formativas. É propositora do núcleo de formação e criação, “Habitat de Atores –
Núcleo para a tua ação”; da primeira edição dessa residência, em 2014, surgiram
as montagens “8 Milhões de Habitantes”, “Entre” e “Prometeu”. Em 2016 realizou
o projeto “Dramaturgir – Ação de estudos e práticas em dramaturgia”, somando 3
oficinas, 4 leituras dramáticas e 1 conversação sobre dramaturgia
contemporânea.
// Dias 3, 5, 10, 12, 17, 19 de
abril de 2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e
R$ 10,00 (meia). Classificação etária: Livre.
► [TEATRO] Espetáculo “Asja Lacis
já não me escreve”
Grupo Terceiro Corpo
O Grupo Terceiro Corpo retoma seu
segundo espetáculo, inspirado na atriz, diretora e militante de esquerda Asla
Lacis, que militou a favor do proletariado e das crianças orfãs de guerra, na
Rússia do início do século XX. O escritor argentino Ricardo Piglia fala de Asja
Lacis: “Em 1923, em Berlim, Brecht conhece a diretora teatral soviética Asja
Lacis, e é ela que o põe em contato com as teorias e experiências da vanguarda
soviética”.
Com essas informações, diz a
diretora Maria Vitória (Terceiro Corpo), veio o desejo de conhecer mais a
biografia e a força dessa mulher. Ricardo Piglia afirma ainda que: “por
intermédio de Asja Lacis, Brecht conhece a teoria da ostranenie, elaborada
pelos formalistas russos e por ele traduzida como efeito de estranhamento. É notável
o deslocamento operado por Brecht para mostrar a origem russa de sua teoria do
distanciamento”.
O espetáculo “Asja Lacis já não
me escreve” representa a consolidação e o compartilhamento de uma pesquisa que
se desenvolve há três anos, movida pela busca de um teatro comprometido com a
voz das mulheres e com as questões de nosso tempo, um teatro no qual a
encenação é o resultado de laboratórios de investigação e de criação.
A peça teve o apoio do programa
de produção e publicação em artes 2016 de Fortaleza – Instituto Bela Vista/
SECULTFOR, e participou do Laboratório de Pesquisa Teatral do Porto Iracema da
Artes em 2015, com a consultoria dramatúrgica de Vadin Nikitin e a interlocução
artística de Hector Briones. A transcrição dramatúrgica e a direção ficam a
cargo de Maria Vitória e no elenco Juliana Carvalho, Marcos Paulo e Nádia
Fabrici.
Grupo Terceiro Corpo – Trajetória
de pesquisa
O Grupo Terceiro Corpo, formado
por Jéssica Teixeira, Juliana Carvalho, Marcos Paulo, Maria Vitória, Nádia
Fabrici e Sara Síntique, surgiu de uma vontade latente de pesquisar o trabalho
do ator. Desde fevereiro do ano de 2014, o Grupo Terceiro Corpo se reúne
sistematicamente e vem dando vida aos laboratórios de criação em torno do
trabalho do ator a partir da premissa do solo-coletivo.
A primeira peça escolhida para
montagem, Tudo ao Mesmo Tempo Agora, escrita por Maria Vitória, foi agraciado
pelo Prêmio de Dramaturgias Femininas e foi a base para o primeiro laboratório
de ator desenvolvido pelo Grupo Terceiro Corpo.
A ideia do Solo-coletivo trabalha
com o conceito de personagem partilhada, na qual temos apenas uma personagem em
cena e mais de um ator para representá-la. A nova empreitada do grupo gira em
torno da figura de Asja Lacis. A obscura atriz, diretora teatral e militante de
esquerda da primeira metade do século XX, Asja Lacis.
Paixão
Pelo que consta em algumas
citações do escritor argentino Ricardo Piglia, Asja foi atriz e diretora de
teatro que influenciou de forma significativa o meio teatral, em especial, o
alemão Bertolt Brecht. Asja Lacis foi também colaboradora de Meyerhold e de Eisenstein,
próxima do grupo de Maiakóvski.
Asja é uma grande paixão de
Walter Benjamin, e por intermédio dela Brecht e Benjamin se conhecem. Em fim
dos anos 30, Asja Lacis desaparece num campo de concentração stalinista. “Asja
Lacis já não me escreve”, registra Brecht em seu diário de janeiro de 1939.
Sinopse – Asja Lacis já não me
escreve
Asja Lacis foi uma
revolucionária, atriz e diretora de teatro russa. Mulher de muitas faces e à
frente do seu tempo, Asja trabalhou teatro com operários e com crianças órfãs
de guerra. Por intermédio dela, Walter Benjamin e Brecht se conheceram. Em fim
dos anos 30, Asja Lacis desaparece num campo de concentração stalinista e
Brecht registra em seu diário de janeiro de 1939: “Asja Lacis já não me
escreve”. A peça traz às luzes da ribalta a vida dessa mulher que foi eclipsada
pela história do teatro Ocidental.
Ficha técnica
Direção e transcriação
dramatúrgica: Maria Vitória.
Elenco: Juliana Carvalho, Marcos
Paulo e Nádia Fabrici.
Figurino: Maria Vitória
Iluminação: Maria Vitória e Rami
Freitas
Realização: Grupo Terceiro Corpo
// Dias 6, 13 e 20 de abril de
2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00
(meia). Classificação etária: 10 anos.
► [TEATRO INFANTIL] Espetáculo
“Guerra de Cup & Cake”
K’Os Coletivo
Conta a história de dois
mestres-cucas experts em doces que lutam por um mesmo objetivo: o prêmio de
maior e melhor confeiteiro da cidade de Mascavo. Um se chama Cup e o outro
Cake. O que eles não esperavam é que nessa briga, eles juntos iriam criar um
doce que passaria a ser conhecido em todo mundo: o Cupcake.
// Dias 7, 8, 14, 15, 21 e 22 de
abril de 2018, às 17h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 12,00 (inteira) e
R$ 6,00 (meia). Classificação etária: Livre.
► [DANÇA] Espetáculo “Dança daí
que eu danço daqui”
Thiago Torres e Janaína Bento
“Dança daí que eu danço daqui” é
um encontro de processos criados simultaneamente e em espaços distintos no ano
de 2017. Dois solos, dois artistas, uma conversa: Janaína Bento com “Essa
Nêga”, elaborado dentro do Curso Técnico em Dança Turma 2016, e Thiago Torres
com “Quantas danças dura um Café?”, elaborado pelo edital de ocupação do
Theatro José de Alencar 2017. Um trabalho cuja poética encontra nos
pertencimentos, nas referências, nas inspirações e nas dificuldades de se dançar
um solo, um ponto de interseção para a criação entre esses artistas.
Sinopse
Com quem e para quem você dança?
É com essa pergunta que os artistas da dança Janaína Bento e Thiago Torres
voltam à cena e dividem o palco para uma conversa em dança. O espetáculo “Dança
daí que eu danço daqui” reúne os trabalhos "Essa Nêga", de Janaína
Bento, e "Quantas danças dura um Café?", de Thiago Torres, dois solos
que se encontram para dançar suas referências e suas inspirações num momento em
que os dois artistas decidem dançar e apresentar as suas dificuldades que é
construir um solo.
// Dias 7 e 8 de abril de 2018,
às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00
(meia). Classificação etária: 18 anos.
► [MÚSICA] Pra Ver a Banda
Criado em 1996, o programa
configura-se como uma das principais ações para a articulação da Rede de Bandas
do Ceará. De 1996 a
2014, com cerca de vinte apresentações anuais, no Espaço Rogaciano Leite Filho,
o Pra Ver a Banda oportunizou às Bandas de Música de todas as regiões do Ceará
um espaço para apresentação. O programa se propõe como espaço de difusão e
fruição da música instrumental e tem como objetivo apoiar, promover e
fortalecer a Rede Estadual de Bandas de Música do Ceará.
// Dias 8 e 22 de abril de 2018,
às 18h, no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito. Classificação etária:
Livre.
//// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR
Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da
parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
De sexta-feira a domingo, das 17h
às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.
Feira da AARTE
Feira de artesanato realizado
pela Associação dos Artesãos e Empreendedores do Ceará.
De quinta-feira a sábado, das 17h
às 21h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.
Planeta Hip Hop
Crews de breaking e outras danças
do hip hop promovem encontro de dançarinos do gênero com DJ tocando ao vivo.
Todos os sábados, às 19h, na
Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.
Brincando e Pintando no Dragão do
Mar
Sob a orientação de monitores,
uma série de jogos, pinturas, brincadeiras e outras atividades são oferecidas
às crianças.
Todos os domingos, das 16h às
19h, na Praça Verde. Acesso gratuito.
Fuxico no Dragão
Feirinha dominical com
expositores de produtos criativos em moda, design e gastronomia.
Todos os domingos, das 16h às
20h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.
//// VISITE NOSSAS EXPOSIÇÕES
► Exposição “Luciano Carneiro: O
Olho e o Mundo”
Parceria entre o Instituto Dragão
do Mar (IDM) e o Instituto Moreira Salles (IMS) traz a Fortaleza exposição
inédita sobre o cearense Luciano Carneiro, fotojornalista com uma das mais
expressivas produções do Brasil. Intitulada “Luciano Carneiro: O Olho e o
Mundo”, a mostra está em cartaz até dia 13 de maio de 2018, no Museu da Cultura
Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. São cerca de 300
fotografias registradas entre o fim da década de 1940 e ao longo da década de
1950, período em que o fotojornalista atuou na revista O Cruzeiro. Sob
curadoria de Sergio Burgi, coordenador de Fotografia do IMS, a mostra pretende
difundir a visão de um talento ainda pouco conhecido na história da fotografia
brasileira e permite um denso recorte do início do moderno fotojornalismo no
país.
Luciano Carneiro foi um dos
jornalistas mais atuantes de seu tempo. Em uma curta carreira, interrompida por
sua morte aos 33 anos em um acidente aéreo, logo se destacou entre os
principais nomes de O Cruzeiro. Trabalhou na revista entre 1948 e 1959,
inicialmente como repórter e, no ano seguinte, escrevendo e fotografando. Nesse
período, a publicação fez uma consistente inflexão em direção a um
fotojornalismo mais humanista e engajado. Essa mudança foi concretizada por
fotógrafos como José Medeiros, Flávio Damm, Luiz Carlos Barreto, Henri Ballot,
Eugênio Silva e o próprio Carneiro, que passaram a integrar a equipe da
revista, trazendo para as fotorreportagens maior ênfase na objetividade e no
caráter documental e jornalístico.
Graças à enorme estrutura dos
Diários Associados, grupo do qual a revista fazia parte, fundado por Assis
Chateaubrinand, Carneiro pôde fazer séries de reportagens em quatro
continentes, incluindo a cobertura da Guerra da Coreia, em 1951, sendo um dos
únicos repórteres sul-americanos a cobrir o conflito. Com seu espírito
aventureiro e com um brevê de paraquedista que possuía, saltou, ao lado do
exército americano, sobre as linhas inimigas durante a guerra.
Carneiro documentou, em 1955, o
trabalho humanista do dr. Albert Schweitzer na África – premiado três anos
antes com o Nobel da Paz. Acompanhou a entrada de Fidel Castro e seus
companheiros vitoriosos em Havana, em janeiro de 1959, e realizou ainda
reportagens no Japão, na Rússia e no Egito de Gamal Abdel Nasser, presidente
daquele país de 1954 até 1970.
No Brasil, realizou matérias
sobre jangadeiros, posseiros, a seca no Nordeste, a herança do cangaço, as
lutas estudantis e ainda diversas matérias reunidas na seção “Do arquivo de um
correspondente estrangeiro” na revista O Cruzeiro, da qual era titular e onde
expressava livremente suas opiniões. Ali, revelava influências da fotografia
humanista do pós-guerra praticada por fotógrafos como Henri Cartier-Bresson,
Robert Capa, Robert Doisneau e W. Eugene Smith. Era um contraponto à coluna de
duas páginas de David Nasser, expoente de uma escola de jornalismo de viés
sensacionalista, a qual Carneiro se opunha frontalmente.
Ao lado de Rachel de Queiroz,
Luiz Carlos Barreto e Indalécio Wanderley, foi parte do elenco de jornalistas,
fotógrafos e intelectuais cearenses que ajudaram a construir este grande
veículo de comunicação de abrangência nacional e internacional que foi a
revista O Cruzeiro. O Instituto Moreira Salles vem ao longo dos últimos anos
dedicando-se à pesquisa sobre o fotojornalismo no Brasil, principalmente a
partir da produção dos fotógrafos que atuaram na revista.
Apesar de sua evidente
relevância, a produção fotográfica de Luciano Carneiro não foi ainda
devidamente referenciada e pesquisada. Esta exposição é o primeiro passo mais
abrangente nesta direção, com o objetivo de resgatar este importante legado,
situando devidamente e definitivamente a obra de Luciano Carneiro no âmbito da
fotografia e das artes visuais no Brasil. O conjunto de imagens apresentado
corresponde integralmente à coleção de originais cedida ao IMS por sua família,
em que se destacam as reportagens que realizou no exterior como correspondente
da revista.
Além das fotografias originais,
serão exibidos materiais de época, como revistas e fac-símiles de matérias.
Outros destaques são: um vídeo sobre a importância da revista O Cruzeiro do
ponto de vista de fotógrafos, com depoimentos de Luiz Carlos Barreto e Flávio
Damm, que trabalharam na revista, e Walter Firmo e Evandro Teixeira, que nela
encontraram a mais forte inspiração no início da carreira; e um
minidocumentário produzido para a montagem original da exposição sobre Luciano
Carneiro, com entrevistas de Ziraldo e Luciano Carneiro Filho, entre outros.
Sobre o fotógrafo
José Luciano Mota Carneiro
(Fortaleza, 1926-Rio de Janeiro, 1959), filho de Antônio Magalhães Carneiro e
Maria Carmélia Mota Carneiro, nasceu no dia 9 de outubro. Iniciou sua carreira
como jornalista nos jornais Correio do Ceará e O Unitário, periódicos integrantes
dos Diários Associados. Começou a fotografar nesse mesmo período e, em 1948,
passou a integrar a equipe da revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro, como
repórter. Suas fotos passariam a ilustrar as reportagens um ano depois.
Luciano Carneiro morreu
tragicamente, no dia 22 de dezembro de 1959, em um acidente de avião próximo à
cidade do Rio de Janeiro, quando retornava de um trabalho singelo em Brasília:
fotografar o primeiro baile de debutantes da nova capital, então às vésperas da
inauguração.
Dos destroços do avião, foram
resgatadas suas máquinas fotográficas e os filmes com as fotos. A revista o
homenageou publicando o que seria sua última matéria, no dia 16 de janeiro de
1960, sem título nem textos, apenas imagens – em uma delas, aparece o próprio
fotógrafo refletido em um espelho. Antecedendo as imagens do acidente, na
edição de 9 de janeiro, que anunciava o falecimento, foram publicadas duas
páginas escritas por David Nasser lamentando a perda do colega. No texto,
Nasser ressalta as diferenças entre o jornalismo praticado por ambos e, ao
mesmo tempo, reconhece e enaltece sua objetividade e seu humanismo. Na edição
de 16 de janeiro, foi Rachel de Queiroz quem publicou sua homenagem.
// Em cartaz até 13 de maio de
2018, no piso superior do Museu da Cultura Cearense. Visitação: de terça a
sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e
feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30). Acesso gratuito.
► Exposição "Vaqueiros"
Exposição lúdica, de caráter
didático, percorre o universo do vaqueiro a partir da ocupação do território
cearense pela pecuária até a atualidade. Utiliza cenografia, imagens e objetos
ligados ao cotidiano do vaqueiro.
// Exposição de longa duração, no
piso inferior do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a domingo, das
9h às 19h (acesso até as 18h30) e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às
21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO
CEARÁ
► Exposição /Simultâneos/
A exposição /Simultâneos/ é um
bloco composto por cinco pequenas mostras. O maranhense Thiago Martins de Melo
apresenta um conjunto poético que convida o público a discutir o colonialismo
por meio da metanarrativa. Com o filme de animação "Barbara
Balaclava" (2016), o artista apresenta a trajetória de uma mártir anônima
desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura
policial até sua experiência como "encantada" encontrando a si mesma
em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama.
Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta
anticolonialista.
/Simultâneos/ traz ainda
"Montar uma Ruína", de Lis Paim. A artista visual baiana radicada em
Fortaleza exibe, pela primeira vez, seu arquivo audiovisual constituído a
partir da edificação em ruína do Alagoas Iate Clube – o Alagoinha, um antigo
clube modernista localizado dentro do mar da orla de Ponta Verde, na cidade de
Maceió (AL). Alvo de peculiares ocupações transitórias e de ameaças constantes
de desaparecimento desde o momento da sua desapropriação e abandono pelos
vários governos em Alagoas, a imagem do Alagoinha na paisagem urbana é a de um
apêndice; uma aresta consentida e mal aparada de Maceió: um lugar de limbo.
Em outra sala, o MAC-CE apresenta
fragmentos de álbuns de família da cidade de Várzea Alegre/CE, a partir de um
conjunto de imagens produzidas pelo "Studio Saraiva" e pela artista
"Telma Saraiva", que evidencia a sofisticação de pensar, executar e
reinventar a fotografia na metade do século passado no Cariri cearense
(Crato/CE), ao inovar, à época, com o uso da fotopintura, detalhamento de
fotografias a partir de pintura com tintas, o que a projetou nacionalmente.
Na Sala Experimental, a curadora
Carolina Vieira elege algumas obras do Acervo MAC e da Pinacoteca do Estado do
Ceará, e aproxima de um recorte de artistas, homens e mulheres que apresentam,
de alguma maneira, a energia feminina ao exibir imagens que remetem às noções
de trama, memória, conexão e rede de apoio, muito comum ao universo da mulher.
O trabalho manual aparece em obras que envolve tapeçaria, desenhos, instalação
e pinturas. Como recepção do visitante esta sala apresenta duas obras bastante
significativas, uma imagem de nossa senhora do Euzébio Sloccowick e uma gravura
de Nossa Senhora dos Escribas do Francisco de Almeida. Elas são o ponto de
partida para pensar organização das demais obras da sala.
Além das quatro minimostras que
permeiam, de alguma forma, o universo feminino, /Simultâneos/ apresenta ainda a
instalação "Você Gostaria de participar de uma experiência artística?
Circulação & repouso", de Ricardo Basbaum, que convida o público à
participação. O artista paulista propõe o envolvimento do outro como participante
em um conjunto de protocolos indicativos dos efeitos, condições e
possibilidades da arte contemporânea. O projeto se inicia com o oferecimento de
um objeto de aço pintado (125 x 80 x 18 cm ) para ser levado para casa pelo
participante (indivíduo, grupo ou coletivo), que terá um certo período de tempo
(em torno de um mês) para realizar com ele uma experiência artística.
// Em cartaz até 29 de abril de
2018, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Visitação de terça a
sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e
feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30). Acesso gratuito.
MULTIGALERIA
► Exposição "Mulher
Vírgula!"
Com curadoria de Cecília Bedê, a
mostra coletiva que se propõe como espaço de debate para além da temática do
feminino, rebatendo esteriótipos e quebrando padrões. Dezenove artistas que
materializam em diversas linguagens artísticas embates frontais a partir de
suas presenças na arte, no trabalho, na política, na maternidade, na rua, no
corpo e na cultura. Integram o coletivo Aline Albuquerque (instalação), Clara
Capelo (fotografia), Fernanda Meireles (instalação com lambes), Aspásia
Mariana, Beatriz Gurgel, Dhiovana Barroso, Elisa de Azevedo, Emi Teixeira,
Marissa Moana, Micinete, Renata Cidrack, Shéryda Lopes, Flávia Memória
(instalação), Ingra Rabelo (desenho/intervenção), Julia Debasse (pintura), Lia
de Paula (fotografia), Marina de Botas (desenho), Simone Barreto (desenho) e
Virgínia Pinho (vídeo).
// Em cartaz até dia 8 de abril
de 2018, na Multigaleria. Visitação: de terça a domingo, das 14h às 21h (com
acesso até 20h30). Acesso gratuito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário