Coberturas – Artes – Lançamentos – Frontstage – Backstage – Tecnologia – Coluna Social – Eventos – Happy Hour – Coquetel – Coffee Break – Palestras – Briefing – Desfiles – Moda – Feiras – Chás – Fotos – Exposições – Assessoria de Imprensa e Comunicação Nacional

sexta-feira, 30 de março de 2018

Dragão do Mar] Programação cultural de 3 a 8 de abril de 2018


 
FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO MAR

Geral: de segunda a quinta, das 8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça a domingo, a partir das 14h.

Cinema do Dragão: de terça a domingo, das 14h às 22h. Ingressos: R$ 14 e R$ 7 (meia). Às terças-feiras, o ingresso tem valor promocional: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

Museus: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

Multigaleria: de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

OBS.: Às segundas-feiras, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus, Multigaleria e bilheterias



► [TEATRO] Espetáculo “Derivações do Pior – Explosão-Expansão do Pra Frente o Pior”
Cia Inquieta

Em abril de 2018, a Inquieta Cia. faz dois anos caminhando com o PIOR. Nesse mês, nesse ano e nesse Brasil, convocamos vocês a explodirmos e expandirmos esse percurso. Agindo com o momento atual, as Derivações são atividades em série que tocam o PIOR, tateando-o. Com ações que expandem o espetáculo de dança-teatro PRA FRENTE O PIOR, acolhem performances, leituras performáticas, debates e diálogos com outras linguagens artísticas.

Sinopse do DERIVAÇÕES DO PIOR:

O que você vai ler agora é o que você vai ler agora. Nós seguimos aniquilados e degradantes. Talvez estejamos cansados de lutar pela utopia da transformação. Fizemos pairar no ambiente uma força melancólica e latente que está nos destruindo. A dinâmica do poder está tirando a nossa rigorosa capacidade de pensar. Estamos em crise, afogando-nos em soluções que afundam a nós mesmos. E queremos abrir diálogos sobre o fim do mundo, quem sabe, cavando nosso próprio fim para nossa insurreição. Por isso, nós, da Inquieta Cia., vamos realizar as ações Derivações do PIOR.

Derivações do PIOR é uma série de ações que expandem o espaço sensível da nossa obra cênica PRA FRENTE O PIOR, estreada em abril de 2016. Estamos contaminados por diferentes linguagens artísticas e trazemos proposições em performances que tratam dos discursos atuais sobre o fim do mundo, sobre o declínio do corpo e dos modos de existir.

Sinopse do PRA FRENTE O PIOR:

Pessoas cavando seu próprio fim serão como pessoas cavando o fim. Passo a passo, um coletivo arranha um percurso adiante. Sempre adiante, desorientam pactos de convivência e, ainda assim, permanecem como grupo, comunidade, tribo, sociedade... Criar, lutar, adiante, sem esperança. Adiante sem acreditar. Adiante como imperativo ético. Um corpo que já não aguenta mais e se mantém, enfim. Adiante. Em fim

Inquieta Cia.

A Inquieta Cia. atua com o objetivo de estilhaçar funções e referências em suas pesquisas e atividades artísticas, interessando-se por criações colaborativas e por circunstâncias que incomodem e mobilizem tanto a arte como o contexto sociocultural em que essa se encontra inserida. Seu repertório é formado pelos espetáculos “Metrópole”; (2012), “Esconderijo dos Gigantes” (2015) e “PRA FRENTE O PIOR” (2016).

Inquieta realiza diversas ações formativas. É propositora do núcleo de formação e criação, “Habitat de Atores – Núcleo para a tua ação”; da primeira edição dessa residência, em 2014, surgiram as montagens “8 Milhões de Habitantes”, “Entre” e “Prometeu”. Em 2016 realizou o projeto “Dramaturgir – Ação de estudos e práticas em dramaturgia”, somando 3 oficinas, 4 leituras dramáticas e 1 conversação sobre dramaturgia contemporânea.

// Dias 3, 5, 10, 12, 17, 19 de abril de 2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Classificação etária: Livre.


► [TEATRO] Espetáculo “Asja Lacis já não me escreve”
Grupo Terceiro Corpo

O Grupo Terceiro Corpo retoma seu segundo espetáculo, inspirado na atriz, diretora e militante de esquerda Asla Lacis, que militou a favor do proletariado e das crianças orfãs de guerra, na Rússia do início do século XX. O escritor argentino Ricardo Piglia fala de Asja Lacis: “Em 1923, em Berlim, Brecht conhece a diretora teatral soviética Asja Lacis, e é ela que o põe em contato com as teorias e experiências da vanguarda soviética”.

Com essas informações, diz a diretora Maria Vitória (Terceiro Corpo), veio o desejo de conhecer mais a biografia e a força dessa mulher. Ricardo Piglia afirma ainda que: “por intermédio de Asja Lacis, Brecht conhece a teoria da ostranenie, elaborada pelos formalistas russos e por ele traduzida como efeito de estranhamento. É notável o deslocamento operado por Brecht para mostrar a origem russa de sua teoria do distanciamento”.

O espetáculo “Asja Lacis já não me escreve” representa a consolidação e o compartilhamento de uma pesquisa que se desenvolve há três anos, movida pela busca de um teatro comprometido com a voz das mulheres e com as questões de nosso tempo, um teatro no qual a encenação é o resultado de laboratórios de investigação e de criação.

A peça teve o apoio do programa de produção e publicação em artes 2016 de Fortaleza – Instituto Bela Vista/ SECULTFOR, e participou do Laboratório de Pesquisa Teatral do Porto Iracema da Artes em 2015, com a consultoria dramatúrgica de Vadin Nikitin e a interlocução artística de Hector Briones. A transcrição dramatúrgica e a direção ficam a cargo de Maria Vitória e no elenco Juliana Carvalho, Marcos Paulo e Nádia Fabrici.

Grupo Terceiro Corpo – Trajetória de pesquisa

O Grupo Terceiro Corpo, formado por Jéssica Teixeira, Juliana Carvalho, Marcos Paulo, Maria Vitória, Nádia Fabrici e Sara Síntique, surgiu de uma vontade latente de pesquisar o trabalho do ator. Desde fevereiro do ano de 2014, o Grupo Terceiro Corpo se reúne sistematicamente e vem dando vida aos laboratórios de criação em torno do trabalho do ator a partir da premissa do solo-coletivo.

A primeira peça escolhida para montagem, Tudo ao Mesmo Tempo Agora, escrita por Maria Vitória, foi agraciado pelo Prêmio de Dramaturgias Femininas e foi a base para o primeiro laboratório de ator desenvolvido pelo Grupo Terceiro Corpo.

A ideia do Solo-coletivo trabalha com o conceito de personagem partilhada, na qual temos apenas uma personagem em cena e mais de um ator para representá-la. A nova empreitada do grupo gira em torno da figura de Asja Lacis. A obscura atriz, diretora teatral e militante de esquerda da primeira metade do século XX, Asja Lacis.

Paixão

Pelo que consta em algumas citações do escritor argentino Ricardo Piglia, Asja foi atriz e diretora de teatro que influenciou de forma significativa o meio teatral, em especial, o alemão Bertolt Brecht. Asja Lacis foi também colaboradora de Meyerhold e de Eisenstein, próxima do grupo de Maiakóvski.

Asja é uma grande paixão de Walter Benjamin, e por intermédio dela Brecht e Benjamin se conhecem. Em fim dos anos 30, Asja Lacis desaparece num campo de concentração stalinista. “Asja Lacis já não me escreve”, registra Brecht em seu diário de janeiro de 1939.

Sinopse – Asja Lacis já não me escreve

Asja Lacis foi uma revolucionária, atriz e diretora de teatro russa. Mulher de muitas faces e à frente do seu tempo, Asja trabalhou teatro com operários e com crianças órfãs de guerra. Por intermédio dela, Walter Benjamin e Brecht se conheceram. Em fim dos anos 30, Asja Lacis desaparece num campo de concentração stalinista e Brecht registra em seu diário de janeiro de 1939: “Asja Lacis já não me escreve”. A peça traz às luzes da ribalta a vida dessa mulher que foi eclipsada pela história do teatro Ocidental.

Ficha técnica
Direção e transcriação dramatúrgica: Maria Vitória.
Elenco: Juliana Carvalho, Marcos Paulo e Nádia Fabrici.
Figurino: Maria Vitória

Iluminação: Maria Vitória e Rami Freitas
Realização: Grupo Terceiro Corpo



// Dias 6, 13 e 20 de abril de 2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Classificação etária: 10 anos.

► [TEATRO INFANTIL] Espetáculo “Guerra de Cup & Cake”
K’Os Coletivo

Conta a história de dois mestres-cucas experts em doces que lutam por um mesmo objetivo: o prêmio de maior e melhor confeiteiro da cidade de Mascavo. Um se chama Cup e o outro Cake. O que eles não esperavam é que nessa briga, eles juntos iriam criar um doce que passaria a ser conhecido em todo mundo: o Cupcake.

// Dias 7, 8, 14, 15, 21 e 22 de abril de 2018, às 17h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Classificação etária: Livre.


► [DANÇA] Espetáculo “Dança daí que eu danço daqui”
Thiago Torres e Janaína Bento


“Dança daí que eu danço daqui” é um encontro de processos criados simultaneamente e em espaços distintos no ano de 2017. Dois solos, dois artistas, uma conversa: Janaína Bento com “Essa Nêga”, elaborado dentro do Curso Técnico em Dança Turma 2016, e Thiago Torres com “Quantas danças dura um Café?”, elaborado pelo edital de ocupação do Theatro José de Alencar 2017. Um trabalho cuja poética encontra nos pertencimentos, nas referências, nas inspirações e nas dificuldades de se dançar um solo, um ponto de interseção para a criação entre esses artistas.

Sinopse

Com quem e para quem você dança? É com essa pergunta que os artistas da dança Janaína Bento e Thiago Torres voltam à cena e dividem o palco para uma conversa em dança. O espetáculo “Dança daí que eu danço daqui” reúne os trabalhos "Essa Nêga", de Janaína Bento, e "Quantas danças dura um Café?", de Thiago Torres, dois solos que se encontram para dançar suas referências e suas inspirações num momento em que os dois artistas decidem dançar e apresentar as suas dificuldades que é construir um solo.

// Dias 7 e 8 de abril de 2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Classificação etária: 18 anos.


► [MÚSICA] Pra Ver a Banda

Criado em 1996, o programa configura-se como uma das principais ações para a articulação da Rede de Bandas do Ceará. De 1996 a 2014, com cerca de vinte apresentações anuais, no Espaço Rogaciano Leite Filho, o Pra Ver a Banda oportunizou às Bandas de Música de todas as regiões do Ceará um espaço para apresentação. O programa se propõe como espaço de difusão e fruição da música instrumental e tem como objetivo apoiar, promover e fortalecer a Rede Estadual de Bandas de Música do Ceará.

// Dias 8 e 22 de abril de 2018, às 18h, no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.


//// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR

Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
De sexta-feira a domingo, das 17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.

Feira da AARTE
Feira de artesanato realizado pela Associação dos Artesãos e Empreendedores do Ceará.
De quinta-feira a sábado, das 17h às 21h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.

Planeta Hip Hop
Crews de breaking e outras danças do hip hop promovem encontro de dançarinos do gênero com DJ tocando ao vivo.
Todos os sábados, às 19h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.

Brincando e Pintando no Dragão do Mar
Sob a orientação de monitores, uma série de jogos, pinturas, brincadeiras e outras atividades são oferecidas às crianças.
Todos os domingos, das 16h às 19h, na Praça Verde. Acesso gratuito.

Fuxico no Dragão
Feirinha dominical com expositores de produtos criativos em moda, design e gastronomia.
Todos os domingos, das 16h às 20h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.


//// VISITE NOSSAS EXPOSIÇÕES

► Exposição “Luciano Carneiro: O Olho e o Mundo”

Parceria entre o Instituto Dragão do Mar (IDM) e o Instituto Moreira Salles (IMS) traz a Fortaleza exposição inédita sobre o cearense Luciano Carneiro, fotojornalista com uma das mais expressivas produções do Brasil. Intitulada “Luciano Carneiro: O Olho e o Mundo”, a mostra está em cartaz até dia 13 de maio de 2018, no Museu da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. São cerca de 300 fotografias registradas entre o fim da década de 1940 e ao longo da década de 1950, período em que o fotojornalista atuou na revista O Cruzeiro. Sob curadoria de Sergio Burgi, coordenador de Fotografia do IMS, a mostra pretende difundir a visão de um talento ainda pouco conhecido na história da fotografia brasileira e permite um denso recorte do início do moderno fotojornalismo no país.



Luciano Carneiro foi um dos jornalistas mais atuantes de seu tempo. Em uma curta carreira, interrompida por sua morte aos 33 anos em um acidente aéreo, logo se destacou entre os principais nomes de O Cruzeiro. Trabalhou na revista entre 1948 e 1959, inicialmente como repórter e, no ano seguinte, escrevendo e fotografando. Nesse período, a publicação fez uma consistente inflexão em direção a um fotojornalismo mais humanista e engajado. Essa mudança foi concretizada por fotógrafos como José Medeiros, Flávio Damm, Luiz Carlos Barreto, Henri Ballot, Eugênio Silva e o próprio Carneiro, que passaram a integrar a equipe da revista, trazendo para as fotorreportagens maior ênfase na objetividade e no caráter documental e jornalístico.

Graças à enorme estrutura dos Diários Associados, grupo do qual a revista fazia parte, fundado por Assis Chateaubrinand, Carneiro pôde fazer séries de reportagens em quatro continentes, incluindo a cobertura da Guerra da Coreia, em 1951, sendo um dos únicos repórteres sul-americanos a cobrir o conflito. Com seu espírito aventureiro e com um brevê de paraquedista que possuía, saltou, ao lado do exército americano, sobre as linhas inimigas durante a guerra.

Carneiro documentou, em 1955, o trabalho humanista do dr. Albert Schweitzer na África – premiado três anos antes com o Nobel da Paz. Acompanhou a entrada de Fidel Castro e seus companheiros vitoriosos em Havana, em janeiro de 1959, e realizou ainda reportagens no Japão, na Rússia e no Egito de Gamal Abdel Nasser, presidente daquele país de 1954 até 1970.

No Brasil, realizou matérias sobre jangadeiros, posseiros, a seca no Nordeste, a herança do cangaço, as lutas estudantis e ainda diversas matérias reunidas na seção “Do arquivo de um correspondente estrangeiro” na revista O Cruzeiro, da qual era titular e onde expressava livremente suas opiniões. Ali, revelava influências da fotografia humanista do pós-guerra praticada por fotógrafos como Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, Robert Doisneau e W. Eugene Smith. Era um contraponto à coluna de duas páginas de David Nasser, expoente de uma escola de jornalismo de viés sensacionalista, a qual Carneiro se opunha frontalmente.

Ao lado de Rachel de Queiroz, Luiz Carlos Barreto e Indalécio Wanderley, foi parte do elenco de jornalistas, fotógrafos e intelectuais cearenses que ajudaram a construir este grande veículo de comunicação de abrangência nacional e internacional que foi a revista O Cruzeiro. O Instituto Moreira Salles vem ao longo dos últimos anos dedicando-se à pesquisa sobre o fotojornalismo no Brasil, principalmente a partir da produção dos fotógrafos que atuaram na revista.

Apesar de sua evidente relevância, a produção fotográfica de Luciano Carneiro não foi ainda devidamente referenciada e pesquisada. Esta exposição é o primeiro passo mais abrangente nesta direção, com o objetivo de resgatar este importante legado, situando devidamente e definitivamente a obra de Luciano Carneiro no âmbito da fotografia e das artes visuais no Brasil. O conjunto de imagens apresentado corresponde integralmente à coleção de originais cedida ao IMS por sua família, em que se destacam as reportagens que realizou no exterior como correspondente da revista.



Além das fotografias originais, serão exibidos materiais de época, como revistas e fac-símiles de matérias. Outros destaques são: um vídeo sobre a importância da revista O Cruzeiro do ponto de vista de fotógrafos, com depoimentos de Luiz Carlos Barreto e Flávio Damm, que trabalharam na revista, e Walter Firmo e Evandro Teixeira, que nela encontraram a mais forte inspiração no início da carreira; e um minidocumentário produzido para a montagem original da exposição sobre Luciano Carneiro, com entrevistas de Ziraldo e Luciano Carneiro Filho, entre outros.

Sobre o fotógrafo

José Luciano Mota Carneiro (Fortaleza, 1926-Rio de Janeiro, 1959), filho de Antônio Magalhães Carneiro e Maria Carmélia Mota Carneiro, nasceu no dia 9 de outubro. Iniciou sua carreira como jornalista nos jornais Correio do Ceará e O Unitário, periódicos integrantes dos Diários Associados. Começou a fotografar nesse mesmo período e, em 1948, passou a integrar a equipe da revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro, como repórter. Suas fotos passariam a ilustrar as reportagens um ano depois.

Luciano Carneiro morreu tragicamente, no dia 22 de dezembro de 1959, em um acidente de avião próximo à cidade do Rio de Janeiro, quando retornava de um trabalho singelo em Brasília: fotografar o primeiro baile de debutantes da nova capital, então às vésperas da inauguração.

Dos destroços do avião, foram resgatadas suas máquinas fotográficas e os filmes com as fotos. A revista o homenageou publicando o que seria sua última matéria, no dia 16 de janeiro de 1960, sem título nem textos, apenas imagens – em uma delas, aparece o próprio fotógrafo refletido em um espelho. Antecedendo as imagens do acidente, na edição de 9 de janeiro, que anunciava o falecimento, foram publicadas duas páginas escritas por David Nasser lamentando a perda do colega. No texto, Nasser ressalta as diferenças entre o jornalismo praticado por ambos e, ao mesmo tempo, reconhece e enaltece sua objetividade e seu humanismo. Na edição de 16 de janeiro, foi Rachel de Queiroz quem publicou sua homenagem.

// Em cartaz até 13 de maio de 2018, no piso superior do Museu da Cultura Cearense. Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30). Acesso gratuito.


► Exposição "Vaqueiros"

Exposição lúdica, de caráter didático, percorre o universo do vaqueiro a partir da ocupação do território cearense pela pecuária até a atualidade. Utiliza cenografia, imagens e objetos ligados ao cotidiano do vaqueiro.

// Exposição de longa duração, no piso inferior do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a domingo, das 9h às 19h (acesso até as 18h30) e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.


MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO CEARÁ

► Exposição /Simultâneos/

A exposição /Simultâneos/ é um bloco composto por cinco pequenas mostras. O maranhense Thiago Martins de Melo apresenta um conjunto poético que convida o público a discutir o colonialismo por meio da metanarrativa. Com o filme de animação "Barbara Balaclava" (2016), o artista apresenta a trajetória de uma mártir anônima desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial até sua experiência como "encantada" encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.

/Simultâneos/ traz ainda "Montar uma Ruína", de Lis Paim. A artista visual baiana radicada em Fortaleza exibe, pela primeira vez, seu arquivo audiovisual constituído a partir da edificação em ruína do Alagoas Iate Clube – o Alagoinha, um antigo clube modernista localizado dentro do mar da orla de Ponta Verde, na cidade de Maceió (AL). Alvo de peculiares ocupações transitórias e de ameaças constantes de desaparecimento desde o momento da sua desapropriação e abandono pelos vários governos em Alagoas, a imagem do Alagoinha na paisagem urbana é a de um apêndice; uma aresta consentida e mal aparada de Maceió: um lugar de limbo.

Em outra sala, o MAC-CE apresenta fragmentos de álbuns de família da cidade de Várzea Alegre/CE, a partir de um conjunto de imagens produzidas pelo "Studio Saraiva" e pela artista "Telma Saraiva", que evidencia a sofisticação de pensar, executar e reinventar a fotografia na metade do século passado no Cariri cearense (Crato/CE), ao inovar, à época, com o uso da fotopintura, detalhamento de fotografias a partir de pintura com tintas, o que a projetou nacionalmente.

Na Sala Experimental, a curadora Carolina Vieira elege algumas obras do Acervo MAC e da Pinacoteca do Estado do Ceará, e aproxima de um recorte de artistas, homens e mulheres que apresentam, de alguma maneira, a energia feminina ao exibir imagens que remetem às noções de trama, memória, conexão e rede de apoio, muito comum ao universo da mulher. O trabalho manual aparece em obras que envolve tapeçaria, desenhos, instalação e pinturas. Como recepção do visitante esta sala apresenta duas obras bastante significativas, uma imagem de nossa senhora do Euzébio Sloccowick e uma gravura de Nossa Senhora dos Escribas do Francisco de Almeida. Elas são o ponto de partida para pensar organização das demais obras da sala.

Além das quatro minimostras que permeiam, de alguma forma, o universo feminino, /Simultâneos/ apresenta ainda a instalação "Você Gostaria de participar de uma experiência artística? Circulação & repouso", de Ricardo Basbaum, que convida o público à participação. O artista paulista propõe o envolvimento do outro como participante em um conjunto de protocolos indicativos dos efeitos, condições e possibilidades da arte contemporânea. O projeto se inicia com o oferecimento de um objeto de aço pintado (125 x 80 x 18 cm) para ser levado para casa pelo participante (indivíduo, grupo ou coletivo), que terá um certo período de tempo (em torno de um mês) para realizar com ele uma experiência artística.
// Em cartaz até 29 de abril de 2018, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

MULTIGALERIA

► Exposição "Mulher Vírgula!"

Com curadoria de Cecília Bedê, a mostra coletiva que se propõe como espaço de debate para além da temática do feminino, rebatendo esteriótipos e quebrando padrões. Dezenove artistas que materializam em diversas linguagens artísticas embates frontais a partir de suas presenças na arte, no trabalho, na política, na maternidade, na rua, no corpo e na cultura. Integram o coletivo Aline Albuquerque (instalação), Clara Capelo (fotografia), Fernanda Meireles (instalação com lambes), Aspásia Mariana, Beatriz Gurgel, Dhiovana Barroso, Elisa de Azevedo, Emi Teixeira, Marissa Moana, Micinete, Renata Cidrack, Shéryda Lopes, Flávia Memória (instalação), Ingra Rabelo (desenho/intervenção), Julia Debasse (pintura), Lia de Paula (fotografia), Marina de Botas (desenho), Simone Barreto (desenho) e Virgínia Pinho (vídeo).

// Em cartaz até dia 8 de abril de 2018, na Multigaleria. Visitação: de terça a domingo, das 14h às 21h (com acesso até 20h30). Acesso gratuito.


Nenhum comentário: