FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO
MAR
Geral: de segunda a quinta, das
8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça
a domingo, a partir das 14h.
Cinema do Dragão-Fundação Joaquim
Nabuco: de terça a domingo, das 14h às 22h.
Museus: de terça a sexta, das 9h
às 19h (acesso até as 18h30); sábado, domingo e feriados das 14h às 21h (acesso
até as 20h30). Gratuito.
Multigaleria: de terça a domingo,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
OBS.: Às segundas-feiras, o
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus,
Multigaleria e bilheterias.
► [FESTIVAL] 10ª BIENAL DA UNE –
FEIRA DA REINVENÇÃO
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura, em Fortaleza, recebe a partir do próximo domingo (29) a décima edição
da Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE). Considerada o maior festival
estudantil da América Latina, a Bienal promoverá uma maratona de atividades
artísticas, debates com personalidades de diversas áreas, oficinas, visitas
guiadas a comunidades e projetos da cidade, além de uma grande “culturata”,
passeata cultural da UNE pelas ruas de Fortaleza no encerramento do evento.
A Bienal apresenta mais de 100
atrações, abertas também à população de Fortaleza, todas com entrada gratuita
(mediante a lotação), nos diferentes espaços do Dragão. O festival tem, como
objetivo, apresentar uma mostra da produção realizada atualmente dentro das
universidades brasileiras, assim como reunir convidados de destaque na política
e na cultura, que possam multiplicar os olhares sobre as principais questões
que envolvem a juventude brasileira.
FEIRA DA REINVENÇÃO
O tema desta edição da Bienal é
“Feira da Reinvenção”, uma homenagem à resistência criativa e reinventiva do
povo brasileiro, a partir da imagem da diversidade das feiras populares
nordestinas e da cultura cearense. O evento é realizado pelo Circuito
Universitário de Cultura e Arte da UNE (Cuca). Antes de Fortaleza, a Bienal já
passou em outras edições por Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.
Veja a programação completa da
Bienal em anexo ou no site www.bienaldaune.org.br.
MÚSICA
As noites do festival no Dragão
do Mar apresentarão à população local artistas de gêneros variados. A abertura
(29) terá a estreia do projeto Elas Cantam Belchior, com cantoras da cidade
homenageando o compositor em novas versões de seu repertório. Em seguida,
apresenta-se a banda Selvagens à Procura de Lei. No dia 30, as atrações são os
artistas da mostra convidada da Bienal, seguidos da cantora paraense Gaby
Amarantos. Para encerrar, a última noite (31) apresenta Erivan, Gueto Roots e o
rapper paulista Emicida.
DEBATES
Os Encontros da Bienal reúnem
alguns personagens que estão no centro do debate público do país. Entre eles
estão nomes da política como ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), a
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes
(PDT) e a ex-deputada federal Luciana Genro (Psol-RS). Na área da cultura, os
debates trazem nomes como o ex-ministro da pasta Juca Ferreira e o músico Tico
Santa Cruz.
NAVALHA NA CARNE E AULA DE JOSÉ
CELSO MARTINEZ
Uma das peças ícones da
dramaturgia brasileira, Navalha na Carne, será apresentada na Bienal da UNE, no
dia 31, com encenação do celebrado Teatro Oficina (SP), liderado pelo ator e
diretor José Celso Martinez. José Celso também participa do festival, na mesma
data, apresentando uma aula magna, aberta ao público, com o tema da Bienal.
OFICINAS E VISITAS GUIADAS
As oficinas da Bienal promovem
pequenos cursos nas áreas da arte e da comunicação. Já a programação do Lado C
levará estudantes de todo o Brasil para conhecer comunidades e projetos da
região metropolitana de Fortaleza, promovendo o intercâmbio dessas iniciativas
com jovens de lugares e realidades diferentes.
PASSEATA CULTURAL EM FORTALEZA
O encerramento da Bienal é
marcado pela “culturata”, uma passeata cultural da UNE que mistura festa e
protesto, levando os estudantes a protestar contra os ataques à democracia e a
política de retrocessos no país. O cortejo percorrerá a Praia de Iracema e será
acompanhado de atrações culturais da cidade, no formato diverso de um bloco de
carnaval.
SOBRE A BIENAL DA UNE
A Bienal é a principal atividade
cultural da UNE, a União Nacional dos Estudantes, que está completando 80 anos
em defesa da educação pública, da democracia e da juventude. A UNE é referência
entre as organizações da sociedade brasileira e representa mais de sete milhões
de universitários de todo o país. A relação entre a UNE e a Cultura é antiga e
passou pelo lendário CPC (Centro Popular de Cultura) na década de 1960. Com a
ditadura militar, a perseguição, tortura e morte de estudantes, o trabalho foi
interrompido, mas retomado em 1999 com a proposta das Bienais.
SOBRE O DRAGÃO DO MAR
O Centro Dragão do Mar, casa da
Bienal, está entre os maiores e mais destacados espaços culturais do Brasil,
com 30 mil metros quadrados e atrações como o Museu da Cultura Cearense, o
Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Planetário Rubens de Azevedo, Teatro
Dragão do Mar, Salas do Cinema do Dragão - Fundação Joaquim Nabuco, Anfiteatro
Sérgio Mota, Espaço Rogaciano Leite Filho, Biblioteca Leonilson, Auditório,
Multigalerias e espaços para exposições itinerantes e Parque Verde.
10ª BIENAL DA UNE: APOIOS E
PATROCINÍOS
Lei de incentivo à cultura
Apoio: UBES, ANPG, OCLAE, SESC,
Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará, Escola Porto
Iracema das Artes, Governo do Ceará: Gabinete do Governador; Secretaria da
Ciência, Tecnologia e Educação Superior e Coordenadoria Especial de Politicas
Públicas de Juventude.
Patrocínio: Qualicorp, Prefeitura
de Fortaleza: Secretaria Municipal de Cultura, Dragão do Mar Centro de Arte e
Cultura – Instituto Dragão do Mar, Secretaria de Cultura do Governo do Estado
do Ceará.
Realização: UNE, CUCA da UNE,
Ministério da Cultura do Governo Federal.
Programação
Dia 1 de fevereiro | Quarta
10h às 13h – Assembleia do CUCA
da UNE
Local: Auditório Espaço Mix
Dragão do Mar (ao lado do Planetário)
14h às 17h – Culturata
De 29 de janeiro de 2017 a 1º de fevereiro de
2017, em vários espaços do Centro Dragão do Mar, Sesc e Escola Porto Iracema
das Artes. Atividades gratuitas sujeitas à lotação do espaço. Estudantes inscritos
terão preferência de acesso. Mais informações: www.bienaldaune.org.br.
► [ASTRONOMIA] SESSÃO NOITE DAS
ESTRELAS
Todos os meses, sempre nas noites
de Quarto Crescente Lunar, o planetário disponibiliza telescópios ao público em
geral para observação astronômica de Crateras da Lua, Planetas, Nebulosas etc.
Dias 2 e 3 de fevereiro de 2017,
das 19h às 21h, em frente ao Planetário. Acesso gratuito. Em caso de céu
nublado, a atividade poderá ser interrompida ou cancelada.
► [TEATRO] TRANS-OHNO
COLETIVO ARTÍSTICO AS TRAVESTIDAS
Trans-Ohno investiga a travestilidade
no teatro e na dança, transitando entre referências filosóficas do Butoh,
sobretudo, na sensibilidade e poesia de Kazuo Ohno, que possui um grande traço
de travestilidade em suas composições cênicas. Os performers percorrem
trajetórias pessoais de (trans)formação, (re)descoberta e (des)construção para
a montagem de um espetáculo polifônico, envolvendo as linguagens do teatro, da
dança, da música e do audiovisual, levantando questões sobre o universo trans e
a violência/marginalização da temática em questão.
Sobre o grupo
AS TRAVESTIDAS é resultante de
uma pesquisa iniciada, em 2002, pelo ator e diretor Silvero Pereira, sobre o
universo das travestis e transformistas. O primeiro passo desse processo está
na construção do solo UMA FLOR DE DAMA. Em junho de 2008, estreou CABARÉ DA
DAMA, o segundo substrato dessa investigação e, na sequência, os espetáculos
ENGENHARIA ERÓTICA: FÁBRICA DE TRAVESTIS e YES, NÓS TEMOS BANANA. Hoje, o
Coletivo conta em seu repertório com os espetáculos: CABARÉ DAS TRAVESTIDAS,
QUEM TEM MEDO DE TRAVESTI, BR-TRANS, TRÊS TRAVESTIS, ANDROGINISMO e TRANS-OHNO.
Dia 4 de fevereiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo. Classificação indicativa: 14 anos. Duração:
60min.
► [DANÇA] BAR BARO
PARACURU CIA DE DANÇA
Bar baro é uma investigação do
comportamento e das relações humanas. Coloca em cena a liberdade e o
aprisionamento que está inserido em um contexto onde o homem eficiente impõe-se
o homem sensível.
Sobre o grupo
Criada em 2000 por um grupo de
jovens da cidade e dirigida pelo bailarino Flávio Sampaio, a Paracuru Companhia
de Dança busca compor seus trabalhos com ideias cênicas que traduzam as
relações interpessoais dos jovens e adolescentes, levando em conta a cultura e
as referências estéticas de seus integrantes como forma de manter sua
personalidade artística.
A Paracuru Cia de Dança
apresenta-se regularmente em diversos estados brasileiros e em festivais na
Europa e África.
Ficha Técnica
Direção Artística: Flávio Sampaio
| Coreografia: Airton Rodrigues | Figurinos: Marina Carleial |Iluminação:
Eduardo Teixeira | Bailarinos: Jamersom Renan, Joab Tafarel, Natanny Dheinny,
Priscila Castro, Romário Santiago, Rochele Conde e Walef Rocha.
Dia 5 de fevereiro de 2017, às
17h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo. Classificação indicativa: Livre. Duração: 40
minutos.
► [TEATRO] URUBUS
PAVILHÃO DA MAGNÓLIA E CIA PRISMA
DE ARTES
URUBUS é uma criação teatral no
espaço urbano, uma montagem colaborativa do grupo cearense Pavilhão da
Magnólia, tendo como grupo convidado a Cia Prisma de Artes a partir do texto “O
Palácio dos Urubus”, de Ricardo Meireles com direção de Hector Briones,
coordenador do grupo de pesquisa Laboratório de Poéticas Cênicas e Audiovisuais
(LPCA) do ICA-UFC. O projeto foi contemplado no IX Edital Incentivo às Artes da
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e pelo Prêmio Funarte Artes na Rua
2014.
Num processo de dois anos, os
grupos mergulharam no universo trazido por Ricardo Meireles, experimentando
dessa poético-política, para se apropriar dos espaços públicos a partir do
conceito de arte pública e do ator-performer a fim de fomentar a pesquisa dos
grupos reafirmando o seu fazer teatral. Optando por reprocessar aquela história
ao nosso tempo e claro sem estar indiferente ao período em que vivemos e nos
últimos acontecimentos políticos.
A montagem de “Urubus” traz para
a praça uma corte, em três locais diferentes, são três cenas que o público pode
escolher o que ver, as cenas abordam respectivamente:
Estulticia 1: Violência
Estulticia 2: Corrupção
Estulticia 3: Meio Ambiente.
Logo após, o público poderá
seguir até o centro na praça, onde estará a “instalação-urubu”e a última cena.
Release
Transpirado do texto O Palácio
dos Urubus, de Ricardo Meirelles, devorando sua problemática poético-política,
assumimos aqui uma ação para nosso tempo, uma espécie de agitprop da
perplexidade. O que pensar da nossa cidade, da nossa política? Quem são hoje os
urubus? Quem são as carniças? E os urubus-carniça? O que pensar da democracia,
esse governo bastardo do povo? Salvemos a democracia, essa anarquia ativa para
reorganizar o tempo, para combater o ódio. Esta peça quer pensar o insidioso e
estúpido ódio atual. Sejam bem-vindos à corte real! Mas saibam de uma vez que:
O REI MORREU!!!
FICHA TÉCNICA
A partir da obra “O Palácio dos
Urubus” de Ricardo Meirelles
Direção: Héctor Briones
Dramaturgia: Criação coletiva
Colaboração dramatúrgica:
Orlângelo Leal e Luisete Carvalho
Figurino: Joaquim Sotero
Adereços: Beethoven Cavalcante
Direção Musical: Orlângelo Leal
Fotos: Sol Coêlho e Carol Veras
Edição de vídeos: Diego Souza
Design Gráfico: Carol Veras
Elenco: Bethoven Cavalcante,
Denise Costa, Edivaldo Batista, Eliel Carvalho, Gabi Gomes, Gal Saldanha, Jota
Júnior Santos, Luisete Carvalho, Nelson Albuquerque, Raimundo Moreira,
Silvianne Lima e Wallace Rios
Coordenação de Produção:
Silvianne Lima
Produção Executiva: Luisla
Carvalho
Assistentes de produção: Fred
Joca e Lorenna Aletéia
Parceria: Cia Prisma das Artes
Realização: Pavilhão da Magnólia
Sobre o grupo Pavilhão da
Magnólia
Surgido em 2005, o Pavilhão da
Magnólia é um dos expoentes grupos de teatro de Fortaleza, com uma prática
voltada para ações que movimentam a cena cultural da cidade, desenvolvendo uma
pesquisa de linguagem que realiza articulações com profissionais instigados
pelas diversas possibilidades cênicas que as artes podem proporcionar. Com
produções para o palco e a rua, para o público adulto e o infantil, o Pavilhão
produziu espetáculos como: “A revolta das coisas” (2005), “O pássaro azul”
(2008), “Pétalas” (2009-2016), “Festa” (2012) e “Baldio” (2015) e “Ogroleto”
(2016).
Além dos espetáculos, festivais e
atividades formativas, o coletivo tem em seu histórico a revitalização de dois
espaços culturais na Capital: o Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno (TU)
e Teatro Carlos Câmara (TCC), este último com o projeto “Centro em Cartaz”. Com
11 anos de estrada, o grupo Pavilhão da Magnólia passa a sediar um espaço na
região central da cidade de Fortaleza numa parceria com três grupos
importantes: Grupo Expressões Humanas, Grupo Teatro de Caretas e Cia Prisma de
Artes. Uma sede que abrigará um série de ações culturais públicas e que irá
potencializar seu entorno, tornando-se num espaço de fruição, fomento e
formação, sendo um centro teatral da cidade.
Dia 9 de fevereiro de 2017, às
19h, na Praça Almirante Saldanha. Acesso gratuito. Classificação Livre.
Site:
www.pavilhaodamagnolia.com.br
Facebook:
https://www.facebook.com/pavilhaodamagnolia
Instagram: @pavilhaodamagnolia
► [PRÉ-CARNAVAL DO DRAGÃO DO MAR]
BLOCO CHÃO DA PRAÇA (às
quintas-feiras)
Pelo quinto ano consecutivo, o
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura realiza uma das mais quentes festas de
Pré-Carnaval de Fortaleza: o Bloco Chão da Praça. A noite inicia com os vinis
carnavalescos do DJ Alan Morais e segue o baile sob o comando da alegria e das
canções dançantes da banda Os Transacionais. O repertório une o Brasil das
décadas passadas através de frevo, galopes, afoxés, marchinhas e cirandas. É
uma verdadeira peregrinação carnavalesca que vai de Olinda a Salvador, passando
pelos bailes cariocas e pelas praias do Ceará.
Desde 2013, quando estreou no
Dragão do Mar, o Bloco Chão da Praça tem conquistado cada vez mais o público de
Fortaleza e turistas. Tanto que, em 2016, a festa migrou do Espaço Rogaciano Leite
Filho para a Praça Verde, passando a receber mais de 5 mil foliões a cada
quinta-feira, com um pico de mais de 7 mil pessoas na última noite da edição
2016.
Dias 9, 16 e 23 de fevereiro de
2017, às 19h, na Praça Almirante Saldanha. Acesso gratuito.
BLOCO IRACEMA BODE BEAT (aos
domingos)
A brincadeira e folia do Carnaval
ganham um teor tipicamente cearense com o Bloco Iracema Bode Beat, que, neste
ano, pela primeira vez, integrará o Pré-Carnaval do Dragão do Mar. O encontro
de Iracema com o Bode Ioiô é um convite a segurar a alegria pelo chifre e fazer
da transgressão um ato de amor. Com os brincantes do bloco encarnando o Bode
Ioiô e a travestida Yasmin Shirran dando vida à índia Iracema, o Iracema Bode
Beat bota o bloco na rua para escancarar. De um lado, uma Iracema que remete à
diversidade sexual; do outro, um Bode que representa a própria cultura
nordestina.
Formado por músicos oriundos da
Assaré Big Band (jazz) e mestres da cena da percussão cearense, o cortejo do
bloco – Rolê de Iracema com seu Bode – reúne 12 músicos, além de atrações de
linguagens artísticas diversas, como o circo do grupo As 10 Graças de
Palhaçaria. A concentração será às 15h, no Café Couture (Rua dos Tabajaras, 554
– Praia de Iracema), com início do aquecimento da banda do bloco às 16h. A
partir das 17h, o cortejo parte rumo à Praça Verde do Dragão do Mar, onde a
festa continua com atrações convidadas até as 21h.
Dias 12, 19 e 26 de fevereiro de 2017, a partir das 15h, no
Café Couture; e partir das 18h20, na Praça Verde. Cortejo entre esses pontos,
às 17h. Acesso gratuito.
BAILINHO INFANTIL DE CARNAVAL
Um dos mais tradicionais
bailinhos infantis da cidade, o Bailinho Infantil do Dragão do Mar recebe os
pequenos com muito confete, serpentina, brincadeiras e um repertório animado de
canções infantis de Carnaval. Gratuita, a programação começa às 16h, com
atividades de pintura do Brincando e Pintando no Dragão, e segue, a partir das
17h, com atrações musicais e teatrais especialmente selecionados para a
criançada.
Dia 19 de fevereiro de 2017, das
16h às 19h, na Praça Verde. Acesso gratuito.
► [DANÇA] NADA COMO QUANDO COMEÇOU
NO BARRACO DA CONSTÂNCIA TEM!
O espaço como campo de
desdobramentos de ações cotidianas, possibilitando a geração de sentidos
múltiplos de entendimento do outro. Entradas e saídas. Corpos passantes de um
mundo estranho de descobrimentos. A invenção de novos lugares, com passos
precisos e olhares desviantes. Trabalho desenvolvido com os encenadores Andréa
Bardawil, Fran Teixeira, Ricardo Guilherme e Robson Levy, no Laboratório de
Pesquisa Teatral da Escola Porto Iracema das Artes (2014).
Sobre o grupo
No barraco da constância tem! é
um coletivo sempre em estado de modificação. Movidos pela vontade de exercitar
a coletividade e a colaboração, esse encontro de artistas é a criação e a
constante reelaboração de espaços possíveis: lugares onde possa haver a
desconstrução de fronteiras e a transversalidade entre as linguagens e os
gêneros. Aqui, a violência do encontro é a medida do que se inventa. E o que se
inventa é um exercício político diário que envolve investigação, porosidade,
intuição e desejo. Comprometidos e engajados com as fricções entre realidades,
visamos continuar experimentando tentativas de liberdade que emergem de uma
certa urgência em fazer aquilo que nos cabe.
Ficha Técnica
Direção, interpretação, maquiagem
e figurino: Ariel Volkova, Honório Félix, Tayana Tavares e William Pereira
Monte | Dramaturgia: Ariel Volkova, Honório Félix, Tayana Tavares e William Pereira Monte, a partir das
encenações de Andréa Bardawil, Fran Teixeira, Ricardo Guilherme e Robson Levy |
Texto: Andréa Bardawil, Ariel Volkova, Fran Teixeira, Hakim Bey, Honório Félix,
Ricardo Guilherme, Robson Levy, Tayana Tavares, Virgilio Piñera, Waly Salomão e
William Pereira Monte | Cenário: Virgínia Pitta | Cenotecnia: Fernando Casari |
Assistência de cenotecnia: Edite Flavia de Sousa | Iluminação: Paulo Victor
Aires | Música: Ariel Volkova, Honório Félix e Wladimir Cavalcante | Arranjo e
mixagem: Wladimir Cavalcante | Produção: Ariel Volkova, Honório Félix, Paulo
Victor Aires e William Pereira Monte | Orientação e interlocução: Gyl Giffony
Dia 9 de fevereiro de 2017, às
20h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo. Classificação indicativa: 18 anos. Duração: 60
min.
► [DANÇA] DEVORAÇÃO
CIA DA ARTE ANDANÇAS
Não queremos esquecer que
suportar o desassossego tem a ver com superar a indiferença, a anestesia de um
mundo de excessos vazios, a paralisia dos corpos dóceis. Pontas de
experiências, distantes e distintas, nos territórios mais diversos, nos falam
de uma mesma capacidade de reinvenção: re-existir. Numa Fortaleza tão frágil,
esse trabalho é uma pergunta: Como permanecer fortes? Projeto contemplado com o
Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014.
Sobre o grupo
A Companhia da Arte Andanças
iniciou seus trabalhos em 1991, completando 25 anos existência em 2016, com o
projeto Devoração. Ao longo desse tempo, desenvolveu vários espetáculos e projetos,
transitando por vários espaços de Fortaleza e do Brasil, sendo um dos grupos
fundadores do espaço Alpendre - Casa de Arte, Pesquisa e Produção, onde residiu
por 13 anos.
Ficha Técnica
Direção e composição
coreográfica: Andréa Bardawil | Intérpretes-criadores: Sâmia Bittencourt,
Aspásia Mariana e Wellington Gadelha | Assistência de produção e acompanhamento
de ensaios: Luisa Bessa | Figurino: Ruth Aragão | Design Gráfico: Diogo Braga
Dia 10 de fevereiro de 2017, às
19h, no Teatro das Marias. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h antes
na bilheteria do Teatro das Marias. Classificação indicativa: 14 anos.
► [TEATRO] OS TAMBORETES
GHIL BRANDÃO E JOCA ANDRADE
Encontramos em Ionesco, com seu
“teatro do absurdo”, a pólvora que nos acendeu a vontade de estar no palco.
Suas Cadeiras nos serviram de trampolim para montarmos os Tamboretes. Nos
aventuramos numa paródia paradoxal para tratar de assuntos que consideramos
emergenciais.
Nossa dramaturgia é concebida a
partir de elementos do conceito de rapsódia, em que os limites entre o ator e a
máscara são demarcados pela imbricação entre narrar e dramatizar.
Trazemos à cena, a vida de
Benzinho e Raimunda, que vivem juntos há mais de um século. A memória da cidade
de Fortaleza atravessa suas experiências mantendo-os afetados pelo passado, o
presente e o futuro. Moram isolados no alto de um edifício e sobrevivem como
recicladores. Benzinho há muito tempo se sente sufocado por tudo que enfrenta e
motivado por Raimunda, des-organizam uma conferência para expressarem suas
urgências.
Eis que chega o tão esperado dia
da conferência e os convidados começam a chegar de todos os lugares. Eles
ocupam as mais diversas funções e classes sociais. Raimunda e Benzinho
aproveitam a ocasião para tecerem críticas às relações de poder. Em seus
pronunciamentos, inconformados pelos absurdos humanos, colocam ao avesso o cotidiano,
revirando memórias e questionando escolhas e valores.
Sobre os artistas
Ghil Brandão tem formação em
Teatro pelo Curso de Arte Dramática da UFC, graduação em Letras, e doutorado em
Artes. Professor da Universidade Federal do Ceará, do Curso de Teatro-Licenciatura
do Instituto de Cultura e Arte-ICA.
Joca Andrade tem formação técnica
em teatro, graduação em pedagogia, especialização em metodologia do ensino da
arte. Membro criador e professor do Curso Princípios Básicos de Teatro do
Theatro José de Alencar.
Klístenes Braga tem formação em
teatro pelo Curso Princípios Básicos de Teatro do Centro de Pesquisas em Artes
Cênicas do Ceará, graduado em administração com habilitação em marketing e
mestrado em linguística aplicada. Atua
principalmente em produção teatral.
Ficha técnica
Texto: Joca Andrade com
colaboração de Ghil Brandão | Elenco: Joca Andrade e Ghil Brandão | Direção
colaborativa com ensaios para convidados | Cenografia, Figurino e Sonoplastia:
Joca Andrade e Ghil Brandão | Iluminação: O Grupo | Operação de luz e som:
Fabrício Souza e Klístenes Braga | Fotos: Toni Benvenuti, Galba Nogueira e Fran
Amaral | Arte gráfica: Fabrício Vieira
Dia 11 de fevereiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo, na bilheteria do Teatro. Classificação
indicativa: 14 anos. Duração: 60 min.
► [DANÇA] BJ DANÇA ROSAS
GRUPO DE DANÇA SILVANA MARQUES
BJ Dança Rosas é inspirado na
obra da coreógrafa e bailarina belga, Anne Teresa De Keersmaek. Rosas é a
companhia de dança e também a estrutura de produção construída em torno da
coreógrafa. O ímpeto nessa máquina do corpo é moderado por uma série de
“movimentos cotidianos muito familiares”, a abstração então se transforma em
uma série de pequenas narrativas concretas que o espectador reconhece e pelas
quais é movido.
Sobre o grupo
Em busca por expansão da Dança na
Comunidade do Grande Bom Jardim, Silvana Marques, conhecedora da problemática
do bairro, inicia seu grupo de dança motivada pela falta e pouco acesso ao
ensino da dança que a localidade tem. O grupo nasce em 2014 da necessidade em ocupar
o tempo livre da juventude, direcionando-a para uma atividade lúdica, prazerosa
e de gosto popular. Cria um importante espaço de formação em arte, estimula a
participação e o protagonismo da juventude nos eventos de caráter artístico e
cultural.
Dia 12 de fevereiro de 2017, às
17h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo, na bilheteria do Teatro. Classificação Livre.
Duração: 35 min.
► [TEATRO] IMAGINÁRIO CRIADOR
TRUPE MOTIM DE TEATRO
A gente sempre espera que uma
história seja que nem bicho: tenha cabeça, corpo e rabo. Mas eu conheço uma
porção de bichos que não tem rabo. Como, por exemplo, as baratas. E de barata
eu entendo, porque brinquei por muito tempo com elas. Cheguei a criar uma. E
assim como ela, fiz nos ferros velhos, cemitérios do tempo virarem ouro.
Sobre o grupo
A Trupe Motim de Teatro da cidade
de Quixeré, um dos menores municípios do vale do Jaguaribe é um dos poucos
grupos do interior que se pauta por uma linha de pesquisa e experimentações
estéticas em ruas e espaços não convencionais como ruínas abandonadas e galpões
de feira que resultaram em performances como "Dinheiro Vivo" e
"Mercado Da Carne"; e espetáculos como "Rabisco de uma Quase
Existência", "Animus", "Zoo Ilógico", e obras
audiovisuais, curta-metragens: "Criação de Porcos",
"Gaiola" e "Anhamun - O Cordel Mágico Dos Encouraçados". O
novo trabalho da Trupe é o espetáculo "Imaginário Criador", resultado
do laboratório de pesquisa teatral da Escola Porto Iracema das Artes. A Trupe
Motim é um oásis neste deserto do fazer teatral, suas obras inquietantes,
provocativas e visualmente belo traz uma reflexão e uma contribuição para o
fazer teatral da região, suscitando debates a cerca dos processos criativos,
oficinas e demonstrações técnicas.
Ficha Técnica
Interlocução artística: Luciano
Wieser | Dramaturgia: Henrique Oliveira, Jéssica Teixeira, Luciano Wieser |
Direção: Jéssica Teixeira | Direção de arte: Henrique Oliveira | Direção
musical e sonoplastia: Rami Freitas | Elenco: Diego Anderson, Henrique Oliveira
| Figurino: Antônio Manoel (Toinho), Henrique Oliveira | Cenotecnia: Antônio
Manoel (Toinho), Diego Anderson, Geovânio Ribeiro, Henrique Oliveira, Marcelo
Papel | Soldador: Nêgo | Produção: Jéssica Teixeira | Realização: Trupe Motim e
Cia Carcará
Dia 16 de fevereiro de 2017, às
19h, na Praça Almirante Saldanha. Acesso gratuito. Classificação Livre.
Duração: 50 min.
► [DANÇA] ZOOM
LUIZ OTÁVIO QUEIROZ
Sinopse do espetáculo
Uma aproximação deste tempo.
Deste corpo.
O agora, a esta distância, o
quanto conseguir reparar.
Sobre o artista
Luiz Otávio Queiroz nasceu em
Fortaleza (CE). É bailarino, ator, coreógrafo, professor e produtor cultural.
Começou seus estudos em arte no ano de 2006 no Curso de Cinema e Vídeo na Casa
Amarela. Formado em Artes Cênicas – CEFET e pelo Curso Técnico em Dança – Turma
II, em 2010. Foi ator, diretor e coreógrafo do grupo Teatro Vitrine entre os
anos de 2006 e 2013. Durante esses anos, já participou de cursos com
professores renomados como Carlos Simioni (LUME) e Tadashi Endo (MAMU BUTOH
CENTRE). Desde 2012 é integrante da Cia. Dita.
Ficha Técnica
Direção artística, concepção, criação
e dança: Luiz Otávio Queiroz | Trilha: Ayrton Pessoa Bob | Iluminação: Walter
Façanha | Designer gráfico: Andrei Bessa | Fotos: Grá Dias e Gustavo Pedrosa
Dia 16 de fevereiro de 2017, às
20h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo, na bilheteria do Teatro. Classificação
indicativa: 16 anos.
► [DANÇA] FELIZES PARA SEMPRE
CLARISSA COSTA E JHON MORAIS
Como nos apresentamos diante da
sensação de felicidade eterna ao conhecer o amor de nossas vidas? E como nos
mostramos depois que o eterno acaba? Os intérpretes Clarissa Costa e Jhon
Morais, movidos por questões relacionais do amor, com pitadas de ironia e bom
humor, passeiam por entre técnicas de danças de salão, gestos e vocabulários da
Língua Brasileira de Sinais. Por uma tentativa de ir do céu ao inferno em uma
dança.
Sobre o grupo
Os bailarinos Clarissa Costa e
Jhon Morais, mesmo despontando de percursos diferenciados na dança, se afinam
diariamente pesquisando modos de compor cena a partir de técnicas de danças
rito-sociais e demais possibilidades de contato físico desenvolvidas dentro da
Omì Cia de Dança, grupo no qual trabalham juntos desde 2010, sob a direção de
Éder Soares. E, desde 2014, são estudantes de LIBRAS (Língua Brasileira de
Sinais), fazendo desta, ferramenta de comunicação e criação em dança.
Ficha técnica
BAILARINOS: Clarissa Costa (CE) e
Jhon Morais (CE) | ILUMINAÇÃO: Ivna Ferreira (CE) | FIGURINOS: Maria Eufrásio
(CE) | DIREÇÃO GERAL: Clarissa Costa (CE)
Dia 17 de fevereiro de 2017, às
19h, no Teatro das Marias. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h antes
do início do espetáculo, na bilheteria do Teatro. Classificação indicativa:
Livre. Duração: 35 min.
► [TEATRO] ASJA LACIS JÁ NÃO ME
ESCREVE
GRUPO TERCEIRO CORPO
O espetáculo gira em torno da
figura de Asja Lacis, colaboradora de Meyerhold e de Eisenstein, próxima do
grupo de Maiakóvski. Asja é a amante de Walter Benjamin. Por intermédio dela,
Brecht e Benjamin se conhecem. No final dos anos 30, Asja Lacis desaparece num
campo de concentração stalinista. “Asja Lacis já não me escreve” registrou
Brecht no seu diário em janeiro de 1939, sugerindo que Asja teria sido levada
para um campo de concentração stalinista.
Sobre o grupo
O Grupo Terceiro Corpo estreou em
2014 com a peça “Tudo ao Mesmo Tempo Agora", na qual desenvolve uma
pesquisa de solo-coletivo: quatro atrizes representam a mesma personagem. O
espetáculo cria interfaces entre dança, gastronomia e teatro. O segundo projeto
do grupo, “Asja Lacis já não me escreve”, participou do Laboratório de Pesquisa
Teatral da Escola Porto Iracema em 2016, realizando a continuidade da pesquisa
de solo-coletivo a partir da ideia de uma personagem (Asja Lacis) partilhada
entre duas atrizes e um ator.
Dia 18 de fevereiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito, com retirada de ingressos 2h
antes do início do espetáculo, na bilheteria do Teatro. Duração: 60 min.
// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR
Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da
parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
Sempre de sexta a domingo, das
17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.
Planeta Hip Hop
Grupos promovem exibições de
dança e música hip hop.
Todos os sábados, às 19h, na
Arena Dragão do Mar. Gratuito.
Brincando e Pintando no Dragão do
Mar
Brincadeiras e atividades
infantis orientadas por monitores animam a criançada na Praça Verde.
Todos os domingos, das 16h às
19h, na Praça Verde. Gratuito.
Fuxico no Dragão
Atrações artísticas e uma
feirinha com vinte expositores de produtos criativos em design, moda e
gastronomia agitam as tardes de domingo.
Todos os domingos, das 16h às
20h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.
// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura informa que o Planetário Rubens de Azevedo passa por manutenção
corretiva. Está, portanto, temporariamente fechado para atendimento ao público.
// EXPOSIÇÕES
► Raimundo Cela – Um mestre
brasileiro
Curadoria: Denise Mattar
O advento do Modernismo no
Brasil, em 1922, e sua implantação, até o final dos anos 1940, foram
responsáveis pela depreciação dos artistas formados em bases acadêmicas. Nessa
zona de esquecimento permaneceram, por décadas, excelentes pintores como Eliseu
Visconti, Lucílio Albuquerque e Antônio Parreiras. Se isso ocorreu com pintores
do eixo Rio-São Paulo, o que dizer de um artista de origem acadêmica que optou
por viver e pintar sua terra natal, o Ceará? Essa miopia, finalmente, começa a
ser desconsiderada pela crítica, abrindo espaço para a descoberta de grandes
talentos esquecidos, como o pintor Raimundo Cela, cuja itinerância Raimundo
Cela – Um mestre brasileiro chega no dia 17 de janeiro ao Centro Dragão do Mar
de Arte e Cultura, depois de passar pelo Museu de Arte Brasileira da Fundação
Armando Álvares Penteado – MAB FAAP e pelo Museu Nacional de Belas Artes
(MNBA), no Rio de Janeiro. A mostra, com curadoria de Denise Mattar, tem
idealização da Galeria Almeida e Dale e patrocínio da MINALBA.
A retrospectiva, sucesso de
público nas duas capitais, cumprindo sua missão de apresentar aos paulistanos e
cariocas a obra do artista, abarca sua trajetória a partir de momentos-chave: o
prêmio da Escola Nacional de Belas Artes, a viagem à Europa, o retorno a
Camocim, a mudança para Fortaleza e a volta ao Rio de Janeiro. Desenhos,
gravuras, aquarelas e pinturas, de todas essas fases, permitem compreender o
seu processo criativo.
Segundo a curadora da mostra,
Denise Mattar, Raimundo Cela é um dos principais criadores da visualidade
cearense, ao destacar em sua obra pescadores e jangadeiros e a intensa luz das
praias cearenses e as nuvens rosadas do céu equatorial. “Cela descartou a
representação do nordestino como o sertanejo miserável e faminto, para mostrar
o trabalhador forte e decidido do litoral. Suas composições, minuciosamente
construídas, são plenas de ritmo e emoção. Elas reúnem a precisão do engenheiro
à sensibilidade do artista, o épico ao cotidiano, a precisão do desenho à
energia da cor”, afirma.
A exposição reúne obras do Museu
de Arte da Universidade Federal do Ceará, do Instituto Dragão do Mar, do
Palácio da Abolição, do Palácio Iracema, em Fortaleza, e do próprio Museu
Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, além de 15 coleções particulares de
Fortaleza, Rio e São Paulo. Em contribuição à preservação da memória do artista
e de sua obra, o projeto realizou o restauro de quatro obras que serão exibidas
ao público pela primeira vez: Rendeira (1931, óleo sobre madeira, 32 x 40,5 cm ); Cabeça de
vaqueiro (1931, óleo sobre madeira, 38 x 46 cm ) e Cabeça de Jangadeiro (1933, óleo sobre
madeira, 38 x 46 cm )
e Catequese (Óleo sobre tela 190 x 200 cm ).
A mostra abre com desenhos e
óleos de seus primeiros trabalhos, marcados pela influência do academicismo, ou
seja, obras determinadas pelo perfeito domínio da técnica clássica, na
composição de telas figurativas, evocações à Antiguidade Clássica e à paisagem
brasileira. Nesse setor, destaca-se, entre outras, o Último diálogo de Sócrates
(1917), obra premiada pela Escola Nacional de Belas Artes com uma viagem ao
exterior.
Por causa da Primeira Guerra, a
viagem acontece apenas em 1920, justamente o princípio dos anos loucos da
capital francesa, onde Cela dedica-se aos estudos da gravura em metal, dando
uma nova perspectiva à sua obra, não apenas na técnica, como também na
temática. Ao longo dos anos em que permanece na Europa, como o público verá na
exposição, seus desenhos, óleos e gravuras retratam cenas da paisagem francesa,
como na tela Paisagem de Saint-Agrève (1921), e da realidade parisiense e de
seus tipos, em estudos de nus e nos desenhos Ferreiro e Funileiro (1921).
Seus trabalhos despertam atenção
da crítica parisiense e ele tem obras selecionadas para o Salon des Artistes
Français. Nesse momento o artista sofre um AVC que o impede de pintar.
Retornando ao Brasil, reside em Camocim e fica sete anos sem pintar. Volta a
fazê-lo em 1929 e já realizando a temática que será a sua marca.
Um dos grandes destaques da
exposição e da obra de Cela, o painel Abolição (1938), estará reproduzido em
suas dimensões originais. Primeiro estado brasileiro a abolir a escravatura, em
25 de Março de 1884, o Ceará, terra-natal de Cela, encomenda a ele, em 1938, um
painel que simbolize o momento histórico tão marcante para o Ceará e para o
Brasil.
Raimundo Cela, sendo um moderno,
nunca foi um modernista. O valor da arte de Raimundo Cela deve-se ao fato de
ter sido concebida à margem das escolas, de não ter sido contaminada pelos
modismos passageiros.
Nas palavras de Cláudio Valério
Teixeira (artista plástico, restaurador e crítico de arte): “Na obra de Cela
nada é inocência, tudo é fruto de planejamento, economia e técnica. Mas tudo é
também movimento, força, agilidade e graça. Sua arte não procura simplesmente
imitar as coisas representadas, é de uma beleza solene, meio melancólica, mas
luminosa”.
O pintor, após um período em
Fortaleza, retornou ao Rio de Janeiro em 1945. Tornou-se professor de gravura
em metal da Escola Nacional de Belas Artes, cargo que ocuparia até a sua morte,
em 1954. Nesta última fase da carreira, Cela foi duas vezes premiado com a
medalha de ouro do Salão Nacional de Belas Artes.
Em cartaz até dia 26 de março de
2017, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE. Visitação: de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados,
das 14h às 21h (acesso até das 20h30). Gratuito.
► A Arte da Lembrança – A Saudade
na Fotografia Brasileira
A partir de 18 de janeiro
(quarta-feira), o Itaú Cultural e o Museu de Arte Contemporânea do Ceará –
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abrem para visitação a exposição A Arte
da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira. Dois dias antes
(segunda-feira 16, às 19h), é realizada uma mesa com o curador da mostra
Diógenes Moura e o fotógrafo cearense Tiago Santana sobre os 10 anos de
pesquisa que culminaram nessa exposição e o trabalho do fotógrafo, voltado para
a arte e a religiosidade.
Em cartaz até 26 de março, A Arte
da Lembrança perfaz um percurso iconográfico deste sentimento pessoal e
universal, a saudade, registrado nos trabalhos em exibição em um arco de 80
anos, a partir da década de 1930, nos estados da Bahia, Pará, Pernambuco, Rio
de Janeiro e São Paulo. A mostra reúne 123 imagens de 36 artistas brasileiros,
ou residentes no país, em variados estilos e linguagens. São nomes de
representatividade na produção fotográfica do Brasil, como Alcir Lacerda,
Alberto Ferreira, Irene Almeida, Luiz Braga, Gilvan Barreto, Paula Sampaio e o
cearense Márcio Távora.
Além da curadoria de Moura, a
exposição tem pesquisa de Samuel de Jesus e projeto expográfico de Henrique
Idoeta Soares e Érica Pedrosa, do Núcleo de Produção do Itaú Cultural. Ela
chega a Fortaleza, seguindo uma itinerância iniciada em São Paulo, com
passagens posteriores por Belém e Salvador.
“A Arte da Lembrança convida o
espectador a iniciar um percurso singular em um espaço de associação de ideias
onde se juntam as experiências sensíveis que detemos do mundo”, observa o
curador. Pernambucano, poeta, fotógrafo e ex-curador de fotografia da
Pinacoteca do Estado de São Paulo, ele ganhou, em 2014 o prêmio da Associação
Paulista de Críticos de Arte (APCA) pela exposição Retumbante Natureza
Humanizada, realizada no Sesc Pinheiros com fotos de Luiz Braga, um dos
participantes desta mostra.
Para Moura, a tradução de saudade
vibra nas imagens selecionadas para esta exposição. “Nos rostos anônimos
oferecidos ao passante curioso, dispostos no cenário improvisado de um
fotógrafo popular”, diz complementando: “No desvio de uma rua, ou no meio da
praça pública, percebemos a estranha sensação do seu limiar imagético.”
Até chegar ao conjunto de obras a
serem exibidas, ele fez uma extensa pesquisa em todo o país em acervos
particulares e instituições públicas. Reuniu cópias de época e ampliações
únicas em pigmento mineral sobre papel algodão, entre outras, tanto em P&B
quanto em cor e videoprojeções. No Dragão do Mar, a montagem ocupa todo o
primeiro subsolo, com seis diferentes temáticas. Entre elas, o mar, a cidade
das décadas de 1940 a
1960 e a morte – esta, abordada não só do ponto de vista humano, mas também
material, mostrando o abandono de diferentes espaços.
Para citar algumas das obras,
encontra-se neste percurso fotos de ambientes desolados, que denotam as marcas
recentes da passagem de alguém, feitas pelo cearense Márcio Távora em 2011;
Alberto Ferreira retrata em três fotos a construção de Brasília. Rastros de uma
família e suas sutis tradições impressas em detalhes são fotografadas pelo
premiado fotógrafo oriundo do Pará, Luiz Braga. Vê-se ainda o piso que restou
de uma casa destruída no interior do Pernambuco, clicada por Gilvan Barreto em
2011; uma mulher consultando seu relógio, entre outras, diante do cinema na
Cinelândia, no Rio de Janeiro, feita por Kurt Klagsbrunn no final da década de
40. Conte-se aqui também as videoprojeções Vazio, realizada por Alberto Bittar,
em 2012, e Sonoro Diamante Negro, do ano de 2014, de Suely Nascimento.
Há ainda nove obras pertencentes
ao acervo do Itaú Cultural e outras quatro fotos selecionadas pelo curador
durante a pesquisa para a exposição, exibidas em formato de vídeo-projeção.
Elas remontam ao início do movimento modernista na fotografia nacional, nos
anos 1940, de autoria de German Lorca, José Oiticica Filho, Ademar Manarini,
José Yalenti, Julio Agostinelli e de dois estrangeiros residentes no país, o
letão Alexandre Berzin e o austríacoKurt Klagsbrunn. Neste espaço ainda há
trabalhos de Luciano Andrade, nascido em 1950, na Bahia, cujo olhar
contemporâneo dialoga com o dos demais artistas.
Como escreve o curador, são,
enfim, registros das cidades e suas demolições, da perda das paredes do tempo,
de objetos vazios à mercê da poeira do passado; da ausência e morte de entes
queridos por alguém.
Em cartaz até dia 26 de março de
2017, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação: de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e sábados, domingos e feriados, das
14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição "Miolo de Pote:
a cerâmica cearense primitiva e atual" [Salas 3 e 4]
Reúne uma série de peças feitas
de barro, a mostra apresenta o dinamismo e vivacidade desta arte ancestral e
milenar, no Ceará, além de trazer ainda a contribuição de artistas plásticos e
visuais como Bosco Lisboa, Gentil Barreira e Tiago Santana.
Potes, panelas, alguidar, caco de
torrar café, brinquedos. A exposição Miolo de Pote revela um Ceará uno e
múltiplo, similar e diverso, em dia com as heranças indígenas, africanas,
ibéricas. “Primitiva e atual, a arte no barro mantém características próprias
em cada localidade ou região, seja no tipo de material, no desenho, nas
técnicas, seja no resultado final”, define a curadora Dodora Guimarães. Além
dela, a mostra tem ainda a contribuição curatorial da historiadora e diretora
de museus do Centro Dragão do Mar, Valéria Laena.
Miolo de Pote reúne, sobretudo,
duas coleções públicas: a do Museu da Cultura Cearense (Instituto Dragão do
Mar), feita entre 1997 e 1998, que cobriu a Região do Cariri, Saboeiro e
Iguatu; e a da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Governo do Estado do
Ceará), adquirida em 2005 e 2006, durante o Projeto Secult Itinerante, que
percorreu todo o Estado. Algumas peças advindas do Projeto Comida e da
exposição O Fabuloso Mundo do Barro, ambos do MCC, enriquecem a mostra que
conta ainda com a participação dos artistas plásticos e visuais Bosco Lisboa,
Gentil Barreira, Liara Leite, Sabyne Cavalcanti, Tiago Santana, Tércio Araripe,
Terry Araújo e Túlio Paracampos.
Instalação de Bosco Lisboa
Em julho, o MCC e o artista Bosco
Lisboa desenvolveram uma oficina gratuita, aberta ao público, cujas peças
produzidas agora são parte de uma instalação inédita, nesta exposição. Nas
aulas ministradas de 19 a
22 de julho, no ateliê da Praça Verde do Dragão do Mar, o artista ensinou as
técnicas para se trabalhar com argila.
Natural de Juazeiro do Norte
(CE), Bosco desenvolveu, por mais de dez anos, uma pesquisa com artesãos do
Sítio Touro e do bairro Tiradentes, tradicionais redutos da cerâmica de sua
cidade natal. Em 1994, passou a moldar o barro tendo em vista sua relação com o
cotidiano. Por seu trabalho, recebeu menção honrosa no Salão dos Novos em 1993,
em Fortaleza. Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se 1ª
Bienal do Cariri (Juazeiro do Norte, 2001), Bienal Naif’s (Sesc Piracicaba,
2004) e Projeto Abolição Tudo É de Barro, no Centro Cultural do Abolição
(Fortaleza, 2005).
Acessibilidade
Essa exposição oferece recursos
acessíveis para proporcionar autonomia ao público. Disponibilizamos: textos em
Braille, textos com letras ampliadas, peças que podem ser tocadas, vídeo de
Libras e mediação especializada
Em cartaz até 31 de março de
2017, no Piso Intermediário do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição "Narrativas e
Alteridade – O outro de nós" [Encontros de Agosto 2016]
A partir do tema “Narrativas e
Alteridade”, o festival Encontros de Agosto 2016 propôs que fotógrafos dos nove
estados do Nordeste fossem além das próprias fronteiras, trazendo e
potencializando imagens de lugares e sujeitos imaginados. O público poderá contemplar
na exposição questões universais a partir das realidades locais, percebendo
aproximações e diferenças.
Esta exposição é composta de
mostras coletivas de fotógrafos cearenses e dos demais estados do Nordeste. “As
narrativas visuais têm como fundamento a alteridade, traduzida e discutida pelo
olhar de 54 fotógrafos, sendo 23 deles cearenses. É uma oportunidade única dos
espectadores verem essa rica produção nordestina em um só local. São mais de
300 fotos”, explica a coordenadora geral do evento, Patricia Veloso.
Os intercâmbios abrem canais de
comunicação para circuitos nacionais e internacionais. Após a exibição no
Ceará, as mostras serão adequadas para uma exposição itinerante. Mais sobre o
Encontros de Agosto: www.encontrosdeagosto.com.
Em cartaz até 31 de março de
2017, no Piso Superior do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a
sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição Vaqueiros [Mostra
Permanente]
Em exibição no Museu da Cultura
Cearense desde 1998, a
Exposição Vaqueiros arrebata o público que nela identifica traços de sua
cultura e costumes. A exposição ao longo dos anos enriquece os saberes, instiga
reflexões, desperta emoções. Nela revelam-se inúmeros elementos que
possibilitam rememorar e reconstruir o que se compreende como o universo
sertanejo.
Na exposição, você conhecerá o
vaqueiro como profissional, sertanejo, trabalhador, conhecedor de inúmeras
funções e do meio em que habita, capaz de inúmeros feitos, viajará pelas
humildes manifestações do cotidiano, religiosidade e festividades e
testemunhará particularidades como a habilidade com o artesanato do couro, as
práticas da derrubada e da cria do gado, dentre outras.
No Piso Inferior do Museu da
Cultura Cearense. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as
18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as
20h30). Gratuito.
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