Cacimba de Aluá e Waldonys fazem show no Kukukaya
Impossível ficar parado. O fim de semana no Kukukaya tem arrasta-pé para todos os gostos; desde o forró doce do grupo Cacimba de Aluá até o virtuosismo de Waldonys. Os shows acontecem nos dias 3 e 4, respectivamente, a partir das 22h.
O Cacimba de Aluá, produzido pelo menestrel Dílson Pinheiro, traz no nome a bebida típica do Ceará servida, sobretudo, em tempos de festas juninas. Traz também um forró apaixonado, seja pelas canções do repertório ou pelo jeito cearense de ser. O Cacimba de Aluá é formado por músicos que amam o que fazem. Não à toa, o repertório é um garimpo nas terras férteis do cancioneiro popular. “Para isso, mergulhamos nas cacimbas musicais adoçadas por verdadeiras poesias do sertão nordestino, trazendo à luz dos salões e aos nossos ouvidos o puro forró, misturando, com sabedoria, o passado e o presente, num verdadeiro presente musical”, diz Dílson Pinheiro, cantor, compositor, cordelista, carnavalesco e exímio contador de ”causos”, mas que no Cacimba atua como produtor. Cacimba de Aluá é, portanto, um grupo que prima pela qualidade musical; que toca o forró do mais puro sabor.
Se existe uma frase que define o nome Waldonys, ela é a conhecida “Tal Pai, tal Filho”. Mas entre esta, “garoto atrevido”, dita por Luiz Gonzaga, e “sanfoneiro voador”, título que reúne duas de suas paixões atuais, muitos acordes foram dados. E é essa trajetória polifônica que o sanfoneiro leva para os palcos do Kukukaya no próximo dia 4, a partir das 22h. A história de Waldonys com a música começou cedo. Ainda pequeno, vendo seu pai, Eurides, tocar, percebeu a paixão pelo acordeom e aprendeu a dedilhar o instrumento com apenas 11 anos. Logo revelou seu um dom para a música. Aos 14, teve seu talento reconhecido por Dominguinhos, que o convidou para gravar o CD “Choro Chorado”. Gravar com Dominguinhos foi apenas o começo. Aos 15, gravou com Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, o disco “Fruta Madura”, quando foi carinhosamente chamado de “Garoto Atrevido” por Seu Lua. Ainda nesse período, gravou com Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Marisa Monte, além de representar o Brasil nos Estados Unidos, México, Cuba e países da Europa.
De lá para cá, Waldonys já gravou dez discos e dois DVDs pelas gravadoras RGE, Continental, Velas, Kuarup e WE Produções. Todos no estilo inconfundível do artista: técnica aliada à genialidade e ao virtuosismo. E consolidou seu nome junto a importantes cantores e compositores da MPB, como o próprio Gonzagão, Dominguinhos, Gilberto Gil, Fagner, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Hermeto Pascoal, Renato Borghetti, Ricardo Chaves, Guilherme Arantes, Ivete Sangalo, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto e outros. Com a ousadia que lhe é peculiar, não restringiu sua carreira aos palcos brasileiros: fez plateias na Europa, Estados Unidos e Cuba, após apresentações marcadas pela multiplicidade de seu repertório, abrangendo músicas eruditas e populares.
Programação:
DIA 3
Ze de Manu
Cacimba de Alua
Bob Araujo
DIA 4
Edilson de Salitre
Waldonys
Bob Araujo
Serviço
Shows de Cacimba de Aluá e Waldonys, dias 3 e 4, respectivamente, no Kukukaya (Av. Pontes Vieira, 55, Dionísio Torres). Mais informações: 3227.5661.
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