Nos últimos dias, a
preocupação com o surto de Coronavírus se espalhando por outros países trouxe
além de imensa preocupação com a saúde global, muita volatilidade aos mercados
financeiros. E é absolutamente natural os investidores se questionarem. Os temores
a respeito de efeitos mais profundos na economia global do que estavam
previstos, levaram as bolsas internacionais a terem quedas bruscas à medida que
as cadeias de suprimento se mostraram mais impactadas do que o esperado. Em
função da aceleração de novos casos confirmados do Covid-19 na Europa,
principalmente na Itália, além de vários casos confirmados em solo brasileiro,
o nível de apreensão em torno dos impactos econômicos do Coronavírus atingiu
nova alta.
Para alguns analistas de
mercado, as primeiras projeções apontam que a economia chinesa reduzirá seu
crescimento econômico de 6% a.a. para 5,1%, em 2020. É difícil, entretanto,
prever os desdobramentos dessa perda de fôlego sobre os parceiros comerciais da
China, já que a situação atual não tem precedente. Para o Brasil, a ameaça do
Coronavírus impacta a economia local por meio de três canais distintos:
Desaceleração da demanda
global;
Falta de insumos utilizados no
processo produtivo;
E a queda no preço
internacional das commodities.
A desaceleração do crescimento
global, intensificada por causa da disseminação do Covid-19, elevam cada vez
mais a probabilidade de mais estímulos monetários por parte dos bancos centrais
dos Estados Unidos e China. No Brasil, é importante monitorarmos também a evolução
das medidas econômicas e políticas por parte do governo para que ao menos, no
cenário local, possamos focar na retomada econômica e possível expansão da
doença no território local. Os próximos dias tendem a continuar voláteis, e com
um cenário de menor crescimento global. Recomendamos maior cautela com ativos
relacionados à economia internacional, como commodities (petróleo, minério de
ferro, papel e celulose) e o setor de transportes, como as companhias de
aviação.
Com esta preocupação, a
palavra da vez é a incerteza. E sobre essas incertezas, são três as principais:
I. A falta de previsibilidade
nos próximos dados de atividade econômica por conta da doença;
II. A dúvida sobre quanto
tempo o surto do Coronavírus vai perdurar;
III. E qual será o impacto no
crescimento econômico no mundo.
Apesar disso, acreditamos que
agora o melhor a se fazer é ter cautela, calma e aguardar mais notícias
concretas sobre a evolução do vírus no Brasil e no mundo. Por isso, é de
extrema importância encaixar a alocação do portfólio dentro da sua realidade, sempre
buscando diversificação e proteções para momentos como estes.
Prof. Me. Antônio Glênio Moura Ferreira
Professor do Curso de Gestão
Financeira da UniAteneu
Mestre em Economia
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