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terça-feira, 24 de março de 2020

ARTIGO DE OPINIÃO] As inteligências múltiplas e a aprendizagem


 
Atualmente, observamos as instituições educacionais focarem as suas atenções em instrumentalizar o ensino para alcançar a qualidade. Entretanto, os resultados parecem não condizer com a quantidade de investimentos. Procura-se de todas as formas melhorar a apresentação dos conteúdos, a dinâmica das aulas, os materiais didáticos etc., e nesse entremeio se perde de foco o estudante. Professores imersos em uma gama de atividades periféricas buscam, muitas vezes sem sucesso, conciliar as inúmeras tarefas, e em meio a todas essas expectativas, mais uma vez o educando fica em segundo plano.

É preciso que professores e gestores tenham sempre em mente que o êxito da aprendizagem reside no próprio educando e que os mecanismos periféricos são auxiliares nesse processo. Nesse sentido, podemos considerar, dentre muitos aspectos relacionados à aquisição de conhecimentos, o conceito de inteligências múltiplas. O conceito de inteligências múltiplas foi desenvolvido nos anos 1980, a partir de estudos realizados por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, e tinha como objetivo identificar as diferentes habilidades do indivíduo.

Essa percepção de inteligência ampliou o conceito difundido pelo pesquisador Alfred Binet (1857-1911), que considerava as áreas de conhecimentos relacionadas à Matemática e à Linguagem identificadas pela medida dos testes de QI (quociente de inteligência). O conceito inicial de Binet passa então por uma complexificação de processos, que extrapolam a linguística e a lógico-matemática, sem deixar de considerá-las. Gardner passa a dar visibilidade às inteligências espacial, pictória, musical, corporal-sinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal. Segundo o autor, essas habilidades já estariam presentes no cérebro de todos os indivíduos. Entretanto, algumas seriam mais afloradas que as outras.

A escola, enquanto espaço formal de ensino, deve orientar seus esforços para conhecer mais de perto as habilidades latentes em seus educandos a partir da diversificação de suas práticas pedagógicas envolvendo atividades e avaliações diferenciadas.  Sabemos que os processos de mudanças na concepção e execução de ações pedagógicas ainda são bastante lentos com relação aos estudos que já vem sendo produzidos nesta área, mas por outro lado, os professores podem e devem iniciar essas mudanças buscando alternativas mais atrativas que não se reduzam à produção de atividades escritas.

Nesse ponto, a formação continuada – aprofundamento nas pesquisas sobre inteligências múltiplas – por parte das pedagogas e pedagogos em exercício, é fundamental para impulsionar a visibilidade dessas inteligências e ampliar a diversidade de propostas para o desenvolvimento da aprendizagem e o reconhecimento dessas habilidades.

Profª. Ma. Hele Guerreiro
Professora do Curso de Pedagogia da UniAteneu
Mestra em Educação


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