Prof. Uilton Luiz
Apurar diariamente os números
de uma empresa não se trata mais de um mero capricho ou muito menos de uma
obsessão, mas da garantia de sobrevivência no mercado. Isto tornou-se,
definitivamente, em uma ferramenta de gestão. O controle dos números da empresa
em um mundo já globalizado, no qual as margens de lucro são cada vez menores e
o sucesso empresarial depende da tomada de decisões corretas e,
necessariamente, lastreadas em levantamentos de dados pretéritos, permite ao gestor
planejar o futuro de curto e longo prazo da sua empresa.
Quando os resultados de uma
operação não são medidos, dificilmente, ela é gerida com eficiência e com
informações relevantes sobre as falhas surgidas, suas possíveis causas e o que
pode ser feito para mitigá-las. Do exposto, só nos resta fazer uma pergunta:
como deve ser feito este acompanhamento? Fácil. Inicia-se com a identificação
dos indicadores a serem medidos: seja o tempo de entrega dos produtos, lead
time, os níveis de estoque, o volume de vendas etc. Ou seja, fica ao critério
do empresário ou do controlador escolher os números. Depois, cria-se mecanismos
que transformem dados em informações e estas últimas, em conhecimento, da mesma
forma como se utiliza um termômetro.
Ao se verificar a temperatura
corporal de um determinado indivíduo, constatando-se 38º graus, temos um dado,
mas sabe-se que 37,5º graus é a temperatura normal do corpo humano. Agora,
temos uma informação, ou seja, a temperatura do indivíduo está alta.
Compulsando-se os livros de Medicina, verifica-se que 38º graus de temperatura
define o que os médicos chamam de febre. Assim, foi gerado o conhecimento. Da
mesma forma, acontece nas empresas, seja no estabelecimento de novas
estratégias ou no aperfeiçoamento dos processos logísticos. A dinâmica deve ser
a mesma, por meio de séries históricas de dados, levantadas e consolidadas em
tabelas e gráficos, gera-se o conhecimento.
Ferramentas importantes podem
ser usadas nestes processos, como exemplo, temos a Estatística, cada vez mais
presente nos escritórios. É mola mestre na definição de metodologias de
acompanhamento dos números e da fixação de tendências. Ela permite o desenvolvimento
de modelos de gestão que serão aplicados nas diversas atividades da empresa.
Métodos matemáticos, como os mínimos quadrados ou as distribuições de
frequências, permitem no primeiro que a partir de gráficos de dispersão o
gestor dê um norte às curvas de desempenho e estabeleçam equações para inferir
resultados futuros; e, no segundo, não menos importante, que se calculem as
probabilidades de certos eventos ocorrerem em determinado momento.
A contabilidade e as suas
técnicas ganham enorme importância neste processo, à medida que indicadores
como ponto de equilíbrio, índices de liquidez, endividamento, rentabilidade e
outros são calculados. E a ciência econômica que tem dado a sua decisiva
contribuição, quando permite que se calcule a elasticidade da demanda e outros
indicadores. É com a junção de metodologias testadas e com o uso de ferramentas
que o gestor pode construir o seu modelo de gestão que permita a consolidação,
em um único ambiente, das principais informações da empresa. São elas que permitem
ao empresário tomar as decisões corretas. É como um Enterprise Resource
Planning (ERP), baseado no trinômio: consolidação – análise – decisão. É
inegável a importância do levantamento e o tratamento dos números da empresa,
permitindo assim que o gestor corrija rumos e conduza a empresa ao sucesso.
Prof. Uilton Luiz Soares Feitosa
Professor do Curso de
Logística da UniAteneu
Economista e especialista em
Gestão Pública e Negociação
Saiba mais sobre o Curso de
Logística da UniAteneu. Acesse: http://uniateneu.edu.br/
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