Prof. Evaldo Lopes
Já vivenciamos outros casos de
pandemia, como a pandemia da Gripe Espanhola (1918-1919), onde aproximadamente
um terço da população do planeta foi infectada pelo vírus. Milhões de
infectados não resistiram à doença. Outras pandemias ocorreram em 1957, 1968 e
2009. Porém, nenhuma até então tão grave quanto à Gripe Espanhola. Desde então,
as políticas públicas e os avanços tecnológicos voltados para o controle e a
prevenção das doenças infectocontagiosas melhoraram as campanhas de vacinação e
imunização, reduzindo os processos infecciosos por gripe.
Porém, um novo vírus foi
descoberto na China e muitos casos de Pneumonia de forma desconhecida, sendo
transmitida de pessoa a pessoa. Então, foi detectado o vírus e denominado de
Coronavírus (Covid-19). O mundo agora passa a viver uma nova pandemia com
sintomas muito semelhantes às gripes anteriores, só que este quadro viral
apresenta um dos sintomas mais preocupantes, a Insuficiência Respiratória.
Estes casos, inicialmente, estão restritos às pessoas adultas e idosas. Mas,
provavelmente, as crianças de pouca idade, os idosos e os pacientes com outras
doenças crônicas e de baixa imunidade podem apresentar manifestações mais
graves.
Então, como o vírus se tornou
uma pandemia e o Brasil infectado, o fisioterapeuta, como profissional atuante
em unidades de urgência e emergências, em unidades de tratamento intensivo e
leitos de recuperação, tem um papel primordial, seja no fortalecimento e
melhoria da capacidade respiratória ou nos atendimentos aos pacientes já
hospitalizados. Falar em tratamento fisioterapêutico para os pacientes
infectados, remota às experiências com os outros Coronavírus (H1N1, Sars-CoV
e Mers-CoV). Os casos de Pneumonia por Coronavírus mostram comprometimentos
pulmonares semelhantes aos surtos anteriores (febre, fadiga, tosse seca e
sintomas de infecção do trato respiratório superior).
Neste momento, quando os
pacientes apresentam dispneia e, em casos graves, progredindo para síndrome do
desconforto respiratório agudo, o fisioterapeuta atuará com suporte
ventilatório, além da utilização das técnicas de higiene brônquica e
reexpansão pulmonar, nos casos hipersecretivos e hipoventilação ou
atelectasias. Exercícios precoces durante todo o período de internação para
a musculatura dos membros ou para os músculos da ventilação deverão ser
realizados para manter ou melhorar a capacidade funcional física e
respiratória, no intuito de minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de
vida do paciente.
Existem várias instruções
estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a atuação do
fisioterapeuta com o paciente em terapia intensiva, mas cabe ao profissional
estar atento e auxiliar no processo de monitoração em conformidade com os
demais profissionais de saúde com as precauções padrão, e prover mecanismos
de melhoria do processo de controle de infecção, conforme necessário.
Portanto, lembre-se dos conselhos simples dado à população em 1918 para evitar
o contágio: Lave as suas mãos regularmente; cubra a sua boca e nariz ao
espirrar; e um conselho atual, fique em casa.
Fonte: Ministério da Saúde do
Brasil; Organização Mundial da Saúde (OMS); Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC); e Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Prof. Me. Evaldo Lopes Júnior
Coordenador do Curso de
Fisioterapia da UniAteneu
Fisioterapeuta, especialista
em Saúde do Idoso e mestre em Ciências Fisiológicas
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Fisioterapia da UniAteneu. Acesse: http://uniateneu.edu.br/
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